REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2010:"PALEO"
Hordas paleolíticas da política brasileira vagueiam como ratos sob escombros; nômades no percurso das periferias metropolitanas, buscando -em sua evolução cultural- organizar-se em clãs a fim de eliminarem a propriedade privada e as diferenças sociais, em verdadeira comunidade primitiva. Esses pré-históricos ainda não assimilaram as profundas alterações verificadas nas relações humanas, incapazes que são de explicar de maneira racional os fenômenos sociais, criando, pois, seita - singular, estruturada na crença do poder absoluto de um conselho de anciões, a determinar ocupação e produtividade da terra em função de uma futura coletividade.
Qual os pintores da gruta de Altamira, também a tribo petista crê no caráter mágico e utilitário de sua política rupestre; aperfeiçoando a técnica da patrulha ideológica, criou rudimentares instrumentos de caça aos que considera inimigos da sua revolução. Refugiada em suas toscas cavernas, vive da economia de coleta, recolhendo os frutos silvestres da sua intrínseca ordem neandertalista, em esforço contínuo para superar sua instância de hominídeos e não ser definitivamente fossilizada. Já tendo apreendido a utilizar o fogo, quer a arcaica esquerda do PT alcançar sua superioridade intelectual, absorvendo de seus antepassados um lento processo de evolução, a distinguir, pela sua capacidade de raciocínio e de transformação dos meios de produção, uma raça posterior, forjada em ancestralidade comum ao homem e aos símios. Promovendo guerras de conquista, o partido do paleolítico que proteger os territórios por si ocupado, em confirmação maior da teoria darwinista do que da linguagem marxista ou lenilista. Não reconsiderando estudos e avaliações controversas, o PT consagra concepções e formula hipóteses bastante discordantes da sua prática, não conseguindo superar sua vida rústica de beligerante. Desconhecedores da urbanidade e da organização política chamada Estado, muitos petistas têm como sua maior unidade política a união internacional de aldeias esquerdistas, todas ligadas entre si por um juramento de companheirismo, fidelidade e obediência ao deus-socialismo; em troca esses novos bárbaros recebem, como garantia de sobrevivência, a divisão do saque conseguido em sua batalhas.
De um lado a aristocracia formada a partir de “chefes guerreiros”, por outro lado a “igualdade” do subúrbio político coletivo, pertencente a todos os indivíduos da comunidade: eis o Partido dos Trabalhadores.
Julgando os dissidentes com a rigidez do “ordálio” dos bárbaros germânicos, o partido paleolítico dos trabalhadores quer também migrar em busca de melhores pastos para seus rebanhos; e, obviamente, é de forma radical e violenta que procura enfraquecer e desguarnecer as fronteiras das sociedades civilizadas, sob a forte atração da prosperidade alheia.
Não quer a militância petista reconhecer a desagregação do seu sistema comunal, a originar, dentro do próprio partido, uma casta privilegiada e acima da ideologia socialista apregoada. Aocontrário, ora insiste aquela militância em infiltrações ou migrações para o terreno dos supostos adversários capitalistas, ora, desesperadamente, recorre das invasões para garantir a posse do que não lhe pertence; decreta, sempre que lhe convém, a falência das instituições democráticas e, incoerentemente pretende o amparo dos poderes constituídos sempre que a fantasia de vítima da mais-valia possa emprestar-lhe o atributo de um duvidoso heroísmo.
O PT é de fato uma antiga aspiração do ser humano, mas, tão antiga quanto a idade do surgimento do homem na Terra; e como quaisquer afirmações cronológicas a esse respeito devem ser consideradas como números hipotéticos, não seria de todo incorreto afirmar que a esquerda petista só mereça ser analisada sob a ótica da paleontologia, como um raro espécime arqueológico.
Assim como o historiador tem de recorrer aos restos materiais da vida dos homens primitivos para compreender melhor o período da Pré-História, também o cientista político se vê forçado a "escavar" sambaquis ideológicos se quiser identificar uma linguagem mínima a traduzir os vestígios fósseis petistas.
E se é verdade que o conhecimento do passado é caminho necessário para entendimento do presente, nada mais acertado do que tombou o partido paleolítico dos trabalhadores como considerável patrimônio histórico da humanidade, maneira didática de ilustrar as primeiras pegadas da infância política brasileira.
(Marcus Moreira Machado)
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