REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 15 de janeiro de 2011
QUARTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2011: "SANHA"
Parnaso emerge dos subterrâneos em expressão de vanguarda intimista?
Sim ao plausível, que refeito é a probabilidade do imaginado possível.
Seccionada a psique, íntegra a alma é autopsiada viva: o 'anima' redivivo!
Eis a sanha (façanha?) de Pablo Emmanuel em 'Os Interins do Intimo de Um Incubo Insone'.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2011: "NOBREZA"
A vida, órfã, nasce para adoção.
Não é piedade nem determinação o que a leva ao materno acolhimento.
Incapacitada a subsistir, a vida jaz então na sua única eternidade possível.
E transformada em seu próprio epitáfio, ostenta da inscrição inconcebível nobreza:
"Vieste ao meu encontro. Tua partida será, para todo o sempre, saudosa lembrança desta que te criou, eu, a morte."
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2011: "SUPERVENIÊNCIAS"
"O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro."
(Mário Quintana)
E o futuro! O pressentimento de Quintana era mais que isso, nem premonição nem profecia, o bardo parece ter escavado, qual um arqueólogo, sítios de camadas sobrepostas. O inaudito, porém, é que escavou superveniências do tempo. E, 'de volta ao futuro', prognosticou o que agora mais se vê: macacos!
Caos Markus
DOMINGO, 6 DE FEVEREIRO DE 2011: "CONJUGAÇÃO"
O quão difícil é crer em qualquer mero indício de mudança. O 'humano' tem sido substantivo precedido de um outro substantivo, o 'ser'. Essa imprescíndível humildade, como pressuposto de respeito, é dependente de um verbo no infinitivo, o 'ser', a confirmar, então, a humana idade. E, em qualquer tempo, não se tem visto essa conjugação verbal.
(Caos Markus)
SÁBADO, 5 DE FEVEREIRO DE 2011: "IMPÉRIO"
A cada novo instante, mais submissos todos estamos, em severa subordinação à nossa surpreendente insignificância diante daquela que ainda hoje nos é de toda incompreensível -a mente humana. Buscando reduzir o assombro, projetamo-nos como deuses onipotentes, onipresentes e oniscientes, não percebendo que todo querer não é outra coisa senão a procura de compensação, um esforço visando sufocar o sentimento de inferioridade. E a sombra dessa projeção indica tão-somente o nosso reduzido tamanho e a nossa incapacidade para uma reflexão mais séria sobre a existência da humanidade e o seu destino a partir do livre arbítrio e suas nefastas conseqüências.
Vivemos, sim, sob o império da insanidade, refugiados no asilo da tragédia universal.
(Caos Markus)
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
SEXTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2011: "PROSAICO"
QUINTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2011: "RELEVÂNCIA"
No tempo, espaço agora é -de medieval idade- razão à praça, em escárnio ao suplício, espetáculo ignóbil para intensificar o riso amorfo das ignaras gentes.
Ao tempo dos largos limites da ágora, a opinião não era pública, de maneira a educar no individual um pensar antecedente a intenção gestual. A tortura da sinonímia entre publicização e publicidade coletiviza unanimidades, alternando e alterando rotas por atalhos onde convexo é apenas efeito de força centrípeta, quando côncavo justifica poder centrífugo.
Então, relevos e reentrâncias esculpem a dízima, periodicamente, servilismo do dízimo múltiplo divisor comum, sob brasão comunitário.
Ora! Hora.
(Caos Markus)
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
QUARTA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO DE 2011: "O DONO DO VENTO"
Você não enxerga o vento, mas vê a poeira que ele levanta,
vê as folhas da árvore que ele balança.
Assim como as folhas, o seu corpinho também é mexido
por um tipo de vento.
Esse vento sopra suave na sua infância;
sopra forte na sua juventude;
e sopra vagaroso quando você já está velhinho.
às vezes, o Dono do Vento resolve levá-lo para um outro lugar.
Quando isso acontece, ficamos parecidos com a poeira e com a folha
arrancada da árvore.
Dizem, nessas horas, que a folha morreu, que a poeira sumiu.
Não foi nada disso;
foi o Dono do Vento que mudou a nossa alma de lugar.
(Caos Markus)
Assinar:
Postagens (Atom)