A partir da semântica, através da identificação pelo étimo; no resgate da acepção original dos vocábulos; infere-se, não raro, o quê ensaios e teses muitas vezes afirmariam senão depois de superada a inicial premissa de suas anteriores teorias. Nesse contexto, por exemplo, não será simples ilação constatar-se a proximidade (pelo conteúdo essencial) entre "democracia" e "catolicismo". Ora, se desnecessário esclarecimento sobre a expressão política do primeiro termo, convém, no entanto, melhor entendimento do teor do segundo. Afinal, por 'católico' deve-se compreender o 'universal'. Assim, nota-se que há em comum nas duas significações um igual sentido, propugnando ambas por conceitos de efetiva similitude -sempre na promoção da "igualdade" entre os homens, quer pela "vontade consciente da maioria", quer pela amplitude na abrangência característica da 'universalidade'. O que equivale dizer que "catolicismo" e "democracia" co-existem por meio de intersecção. A adoção de 'instrumentos' a fim de se professar um credo baseado na confirmação de "preceitos democráticos" -como é o caso dos meios de comunicação, ou seja, a mídia em geral- impõe como prática mais imediata a 'lisura', se de fato a pretensão for a de criar hábitos condizentes com exclusivo fim, qual seja, o de propagar doutrina e dogma religiosos. Entretanto, comumente, o que se confirma é o conluio com quem faz da 'comunicação' odioso meio de mal disfarçada "chantagem". Pois, não obstante se dizendo religiosos, querem o "reino de César"; e de 'católico' somente incentivam o sentido do "universal" voltado às sua egocêntricas ambições pessoais.
(Caos Markus)