REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 10 de agosto de 2013
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
SEXTA-FEIRA, 16 DE AGOSTO DE 2013: "REALIDADES CONDICIONADAS"
REALIDADES CONDICIONADAS
O agir de cada um de nós nada mais representa do que efeitos expressos e aparentes de formulações bem mais profundas de concepções e de percepções que fazemos a respeito de nossa realidade.
O mundo percebido condiciona a maneira como cada um se comporta. A assimilação individual da realidade condiciona significativamente a forma da ação e do procedimento pessoal.
Como argumentamos, negociamos, administramos conflitos ou resolvemos nossas divergências, nos relacionamos uns com os outros ou interagimos, tudo isto é decisivamente influenciado pelos nossos condicionamentos
comportamentais.
As ações individualizadas não estão livres,independentes, mas são, sim, orientadas pela consciência, através do discernimento e concepção da realidade de cada sujeito. Para modificar-se um comportamento é preciso especial atenção, em primeiro lugar às suas causas condicionantes, decorrentes do processo de pensar, sentir e agir.O discernimento controla significativamente a forma de comportamento.
As imagens projetadas da realidade regulam a lógica de argumentação, as escolhas nas decisões e o procedimento em cada circunstância. As apreensões diversificam-se na pluralidade de cognições, mesmo entre os sujeitos que têm igual nível educacional e cultural, além da mesma trajetória existencial.
Os indivíduos compreendem diferentemente, a partir de suas próprias experiências, de suas estruturas mentais, de suas noções e visões de mundo, de como idealizam a natureza humana nas mais variadas situações em sociedade. Muito além do nível consciente, a dimensão inconsciente (e, muitas vezes, até mesmo a subconsciente) revela contextualizações antes interiorizadas, em conformidade às reações pessoais nas múltiplas relações interativas. As conjeturas decidem a variedade de atuações.
Se for desejado, efetivamente, a mudança de um
comportamento considerado imperfeito, será regra primeira a alteração das causas originárias desse comportamento, e de igual forma, a revisão das convicções, dos conceitos, a teoria, e a estrutura de pensar e sentir até então influentes nas atitudes, objetos dessa pretendida transformação.
Toda esta exposição, caracterizada, ou segmentada, não é separada na realidade vivencial, cotidianamente. Porque tais acepções subordinam-se a três amplas mensurações, quais sejam, a 'normativa', a 'cognitiva' e a 'volitiva'. A normativa (dimensão vulgarmente conhecida enquanto mentalidade, e tecnicamente como caráter) está relacionada aos valores, às crenças, às idiossincrasias pessoais, às opções éticas, ao 'dever ser', definindo, pela condicionante atuando na estruturação do pensamento, o processo de lógica e de argumentação prevalecente.
Já a medida cognitiva refere-se aos conhecimentos, às informações, ao sabido pela pessoa. Por isso se diz: 'as pessoas valem não só pelo que sabem, mas pelo que fazem com o que sabem', isto é, em conformidade com o seu comportamento.
A terceira dimensão, a volitiva, correlaciona-se às necessidades, aos desejos, às aspirações subjetivas, quer dizer, à sua vontade de cada um. Nessas três dimensões, permanentemente interagindo entre si, estão submetidas estas ou aquelas distintas mas padronizadas atuações, identificadas na denominação 'comportamento'. Interdisciplinares, esclarecem porque o indivíduo argumenta numa determinada linha ou noutra, negocia de uma determinada forma ou de outra, estabelece canais de negociação e de intermediação em função das teorias, científicas ou não, fundamentadas ou não, válidas ou não, que condicionam as suas formas de ver a realidade e de assim se comportar.
Não importa a comprovação ou o reconhecimento de suas concepções acerca da natureza humana: os seus conceitos, inconscientemente, determinam o seu desempenho. As teorias que cada um possui são as suas verdades, responsáveis na fixação da sua singular clareza e motivadoras do controle das suas próprias observações e co-respectivas respostas face a realidade.
(Caos Markus)
O agir de cada um de nós nada mais representa do que efeitos expressos e aparentes de formulações bem mais profundas de concepções e de percepções que fazemos a respeito de nossa realidade.
O mundo percebido condiciona a maneira como cada um se comporta. A assimilação individual da realidade condiciona significativamente a forma da ação e do procedimento pessoal.
Como argumentamos, negociamos, administramos conflitos ou resolvemos nossas divergências, nos relacionamos uns com os outros ou interagimos, tudo isto é decisivamente influenciado pelos nossos condicionamentos
comportamentais.
As ações individualizadas não estão livres,independentes, mas são, sim, orientadas pela consciência, através do discernimento e concepção da realidade de cada sujeito. Para modificar-se um comportamento é preciso especial atenção, em primeiro lugar às suas causas condicionantes, decorrentes do processo de pensar, sentir e agir.O discernimento controla significativamente a forma de comportamento.
As imagens projetadas da realidade regulam a lógica de argumentação, as escolhas nas decisões e o procedimento em cada circunstância. As apreensões diversificam-se na pluralidade de cognições, mesmo entre os sujeitos que têm igual nível educacional e cultural, além da mesma trajetória existencial.
Os indivíduos compreendem diferentemente, a partir de suas próprias experiências, de suas estruturas mentais, de suas noções e visões de mundo, de como idealizam a natureza humana nas mais variadas situações em sociedade. Muito além do nível consciente, a dimensão inconsciente (e, muitas vezes, até mesmo a subconsciente) revela contextualizações antes interiorizadas, em conformidade às reações pessoais nas múltiplas relações interativas. As conjeturas decidem a variedade de atuações.
Se for desejado, efetivamente, a mudança de um
comportamento considerado imperfeito, será regra primeira a alteração das causas originárias desse comportamento, e de igual forma, a revisão das convicções, dos conceitos, a teoria, e a estrutura de pensar e sentir até então influentes nas atitudes, objetos dessa pretendida transformação.
Toda esta exposição, caracterizada, ou segmentada, não é separada na realidade vivencial, cotidianamente. Porque tais acepções subordinam-se a três amplas mensurações, quais sejam, a 'normativa', a 'cognitiva' e a 'volitiva'. A normativa (dimensão vulgarmente conhecida enquanto mentalidade, e tecnicamente como caráter) está relacionada aos valores, às crenças, às idiossincrasias pessoais, às opções éticas, ao 'dever ser', definindo, pela condicionante atuando na estruturação do pensamento, o processo de lógica e de argumentação prevalecente.
Já a medida cognitiva refere-se aos conhecimentos, às informações, ao sabido pela pessoa. Por isso se diz: 'as pessoas valem não só pelo que sabem, mas pelo que fazem com o que sabem', isto é, em conformidade com o seu comportamento.
A terceira dimensão, a volitiva, correlaciona-se às necessidades, aos desejos, às aspirações subjetivas, quer dizer, à sua vontade de cada um. Nessas três dimensões, permanentemente interagindo entre si, estão submetidas estas ou aquelas distintas mas padronizadas atuações, identificadas na denominação 'comportamento'. Interdisciplinares, esclarecem porque o indivíduo argumenta numa determinada linha ou noutra, negocia de uma determinada forma ou de outra, estabelece canais de negociação e de intermediação em função das teorias, científicas ou não, fundamentadas ou não, válidas ou não, que condicionam as suas formas de ver a realidade e de assim se comportar.
Não importa a comprovação ou o reconhecimento de suas concepções acerca da natureza humana: os seus conceitos, inconscientemente, determinam o seu desempenho. As teorias que cada um possui são as suas verdades, responsáveis na fixação da sua singular clareza e motivadoras do controle das suas próprias observações e co-respectivas respostas face a realidade.
(Caos Markus)
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
QUINTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 20132: "O HÁBITO DE VIVER"
O HÁBITO DE VIVER
Acerca do entendimento humano, a inferência constituinte do ‘conhecimento causal’ é resultado da ação do ‘princípio do hábito’. A questão deste conhecimento, o ‘causal’, afirmando a superioridade do ‘instinto natural’ como fundamento produtor do saber é assim esclarecida: o sujeito detentor da experiência de que dois objetos aparecem regularmente conjugados, um seguindo-se ao outro, possui o entendimento da apresentação de uma tendência a supor conexão entre tais objetos, de maneira a conceber o primeiro como ‘causa’ e o segundo como ‘efeito’. Assim, diante da observação do primeiro (a ‘causa’), evidencia-se à mente a ideia de seu correlato (o ‘efeito’). Por consequência, é possível o raciocínio sobre diversas ‘regularidades causais’ inferidas acerca do mundo. Essa expectativa, o passo da conjunção de objetos ou eventos para a ‘conexão causal’, é produzido por um ‘primado’, ou ‘instinto da natureza humana’, caracterizado como um ‘hábito’. Por isto, está mais de acordo com a costumeira ‘sabedoria da natureza’ que uma atividade mental tão necessária seja garantida por meio de algum instinto ou tendência mecânica, capaz de mostrar-se infalível em suas operações. A ‘natureza humana’ é, pois, dotada de disposições e instintos, todos de utilidade para a sobrevivência do ser humano. Ou, pode-se afirmar, o ser humano preserva-se vivo na terra, desde sua remota ancestralidade até seus descendentes mais longínquos, por ‘força do hábito’. A esse instinto, natural (a nos oferecer a possibilidade de predizer as suas próprias regularidades) chamamos ‘sabedoria da natureza’. Mas em que sentido devemos tomar aqui a palavra ‘sabedoria’? Qual será esse peculiar procedimento da natureza, pelo qual se supõe ter sido ela capaz de nos oferecer tal instinto, o qual nos permite inferir ‘efeitos semelhantes de causas semelhantes’ e prognosticar acontecimentos futuros, conseguindo assim sobreviver no mundo em que habitamos? O sentido da expressão "sabedoria da natureza" está diretamente ligado à noção de ‘ordem natural’. É preciso identificar quais as forças regentes da natureza, quando então elas serão legitimadas enquanto conceito de ‘sabedoria’. Considerada a ‘natureza humana’ como uma pequena parte da natureza em geral, hipoteticamente ela está submetida às mesmas regularidades.Todas essas noções podem, afinal, de modo legítimo, ser transpostas para a discussão a respeito do ‘hábito’, e assim fornecer uma explicação de sua presença e de seu sucesso como mecanismo produtor do saber.
(Caos Markus)
Acerca do entendimento humano, a inferência constituinte do ‘conhecimento causal’ é resultado da ação do ‘princípio do hábito’. A questão deste conhecimento, o ‘causal’, afirmando a superioridade do ‘instinto natural’ como fundamento produtor do saber é assim esclarecida: o sujeito detentor da experiência de que dois objetos aparecem regularmente conjugados, um seguindo-se ao outro, possui o entendimento da apresentação de uma tendência a supor conexão entre tais objetos, de maneira a conceber o primeiro como ‘causa’ e o segundo como ‘efeito’. Assim, diante da observação do primeiro (a ‘causa’), evidencia-se à mente a ideia de seu correlato (o ‘efeito’). Por consequência, é possível o raciocínio sobre diversas ‘regularidades causais’ inferidas acerca do mundo. Essa expectativa, o passo da conjunção de objetos ou eventos para a ‘conexão causal’, é produzido por um ‘primado’, ou ‘instinto da natureza humana’, caracterizado como um ‘hábito’. Por isto, está mais de acordo com a costumeira ‘sabedoria da natureza’ que uma atividade mental tão necessária seja garantida por meio de algum instinto ou tendência mecânica, capaz de mostrar-se infalível em suas operações. A ‘natureza humana’ é, pois, dotada de disposições e instintos, todos de utilidade para a sobrevivência do ser humano. Ou, pode-se afirmar, o ser humano preserva-se vivo na terra, desde sua remota ancestralidade até seus descendentes mais longínquos, por ‘força do hábito’. A esse instinto, natural (a nos oferecer a possibilidade de predizer as suas próprias regularidades) chamamos ‘sabedoria da natureza’. Mas em que sentido devemos tomar aqui a palavra ‘sabedoria’? Qual será esse peculiar procedimento da natureza, pelo qual se supõe ter sido ela capaz de nos oferecer tal instinto, o qual nos permite inferir ‘efeitos semelhantes de causas semelhantes’ e prognosticar acontecimentos futuros, conseguindo assim sobreviver no mundo em que habitamos? O sentido da expressão "sabedoria da natureza" está diretamente ligado à noção de ‘ordem natural’. É preciso identificar quais as forças regentes da natureza, quando então elas serão legitimadas enquanto conceito de ‘sabedoria’. Considerada a ‘natureza humana’ como uma pequena parte da natureza em geral, hipoteticamente ela está submetida às mesmas regularidades.Todas essas noções podem, afinal, de modo legítimo, ser transpostas para a discussão a respeito do ‘hábito’, e assim fornecer uma explicação de sua presença e de seu sucesso como mecanismo produtor do saber.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2013: "PERCURSO NA PERSPECTIVA DO SABER"
Na sociedade atual, vive-se um vertiginoso, onipresente e multi-direcionado movimento de informação, tornando impossível atingir a meta do conhecimento mais amplo. Embora se saiba cada vez mais, limita-se a capacidade no maior alcance de um assunto determinado.
Hoje, a natureza dinâmica da consciência provoca a necessidade de se desenvolverem capacidades suscetíveis de transferência, pelo estímulo das habilidades aptas a tornarem os indivíduos adaptáveis a circunstâncias novas e frequentemente sujeitas a transformações.
As instituições de educação podem desempenhar um papel importante no processamento da criatividade. A prática pedagógica do professor, a concepção dos currículos, a existência de recursos, a atenção à dimensão contextual são, pois, variáveis relevantes no progresso da criatividade potencial dos educandos.
Não há dúvidas, a preferência dos alunos é pelo aprendizado criativo, explorando, manipulando, questionando, experimentando, testando e modificando ideias, ou seja, exercendo um 'inquérito científico' sobre o seu ambiente, entendendo-se por 'inquirir' a atitude voltada à pesquisa, à investigação pela coleta de informações.
O estímulo à valorização das inovações destaca-se neste cenário onde as pessoas só aprendem à medida da percepção da contraprestação compensadora.
Num ensino inventivo, os aprendizes estão preparados e dispostos a conceituar e a inverter, reverter, recombinar disposições aparentemente inflexíveis, imprimindo outros arranjos
a ideias pré-concebidas, exaurindo-as até fazerem adquirirem sentidos até então ainda não admitidos em sua plausibilidade , recusando a memorizar e repetir o conteúdo sistematizado na exclusividade.
Não há suficiência no estágio sempre preliminar de aquisição, por indivíduos em geral e pelos alunos particularmente, de excessivo conhecimento.
Porque não se prescinde a sua instrução para exercitar o uso desse conhecimento.
O novo caminho haverá de ser o da 'perspectiva do domínio absoluto do conhecimento' como um dado adquirido, no percurso para 'a perspectiva do saber como resultado de um esforço dinâmico, producente.
O mal denominado "bom aluno" deixará de ser aquele o eficaz reprodutor do facilmente assimilável.
Os especialistas em currículo, quando indagados a respeito dos aspectos correspondentes à melhor forma de incentivo à evolução de programas criativos, são taxtivos: a base de conhecimentos, o sistema de planejamento, os atributos individuais, o clima, a rede de trabalho, a liderança e o apoio.
Ocorre, todavia, de o professor estar na posse de um conjunto de conhecimentos falsos sobre criatividade, sendo bastante comum acreditar na sua existência restrita a atividades artísticas, cabendo, pois, ao professor de artes o seu desenvolvimento. Equivocadamente, também crê nessa característica como vocação de certo número de indivíduos, não raramente defendendo-a como uma questão de tudo ou nada, isto é, a pessoa é vista como portadora ou não de um dom. Escapa-lhe a compreensão da criatividade observada em progressiva gradação. E por isso mesmo, esse professor é incrédulo quanto ao aprimoramento através da prática e do treino, convicto da sua realidade apenas quando circunscrita a fatores intrapessoais, subestimando então a inegável contribuição possível por meio de condições favoráveis, somente disponibilizadas pela escola e pela sociedade, mediante intervenções dirigidas a mudanças estruturais dessas instituições.
A escola, todavia, continua a negligenciar as capacidades criativas dos aprendizes, limitando o desenvolvimento pessoal, impondo a todos as crianças um só modelo cultural e intelectual, sem ter em conta a diversidade dos talentos individuais.
É indispensável, via de consequência, repensar o sistema educacional, inserindo, no mesmo, uma plataforma para a criatividade, com base no cultivo de habilidades relacionadas ao pensamento independente e ao fortalecimento de atributos de personalidade favoráveis à expressão autônoma. Para isso, é também fundamental imunizar o aluno contra as patologias que minam a sua energia criadora (o medo do fracasso, o comodismo e a apatia). E, ainda, cultivar as sementes dessa criatividade inatas em todo o ser humano, através de um ambiente rico em estímulos e desafios, pela prática de valorizar o trabalho do indivíduo e do
grupo, reconhecendo suas potencialidades, respeitando as diferenças e oferecendo oportunidades para a produção e fertilização de ideias.
(Caos Markus)
Hoje, a natureza dinâmica da consciência provoca a necessidade de se desenvolverem capacidades suscetíveis de transferência, pelo estímulo das habilidades aptas a tornarem os indivíduos adaptáveis a circunstâncias novas e frequentemente sujeitas a transformações.
As instituições de educação podem desempenhar um papel importante no processamento da criatividade. A prática pedagógica do professor, a concepção dos currículos, a existência de recursos, a atenção à dimensão contextual são, pois, variáveis relevantes no progresso da criatividade potencial dos educandos.
Não há dúvidas, a preferência dos alunos é pelo aprendizado criativo, explorando, manipulando, questionando, experimentando, testando e modificando ideias, ou seja, exercendo um 'inquérito científico' sobre o seu ambiente, entendendo-se por 'inquirir' a atitude voltada à pesquisa, à investigação pela coleta de informações.
O estímulo à valorização das inovações destaca-se neste cenário onde as pessoas só aprendem à medida da percepção da contraprestação compensadora.
Num ensino inventivo, os aprendizes estão preparados e dispostos a conceituar e a inverter, reverter, recombinar disposições aparentemente inflexíveis, imprimindo outros arranjos
a ideias pré-concebidas, exaurindo-as até fazerem adquirirem sentidos até então ainda não admitidos em sua plausibilidade , recusando a memorizar e repetir o conteúdo sistematizado na exclusividade.
Não há suficiência no estágio sempre preliminar de aquisição, por indivíduos em geral e pelos alunos particularmente, de excessivo conhecimento.
Porque não se prescinde a sua instrução para exercitar o uso desse conhecimento.
O novo caminho haverá de ser o da 'perspectiva do domínio absoluto do conhecimento' como um dado adquirido, no percurso para 'a perspectiva do saber como resultado de um esforço dinâmico, producente.
O mal denominado "bom aluno" deixará de ser aquele o eficaz reprodutor do facilmente assimilável.
Os especialistas em currículo, quando indagados a respeito dos aspectos correspondentes à melhor forma de incentivo à evolução de programas criativos, são taxtivos: a base de conhecimentos, o sistema de planejamento, os atributos individuais, o clima, a rede de trabalho, a liderança e o apoio.
Ocorre, todavia, de o professor estar na posse de um conjunto de conhecimentos falsos sobre criatividade, sendo bastante comum acreditar na sua existência restrita a atividades artísticas, cabendo, pois, ao professor de artes o seu desenvolvimento. Equivocadamente, também crê nessa característica como vocação de certo número de indivíduos, não raramente defendendo-a como uma questão de tudo ou nada, isto é, a pessoa é vista como portadora ou não de um dom. Escapa-lhe a compreensão da criatividade observada em progressiva gradação. E por isso mesmo, esse professor é incrédulo quanto ao aprimoramento através da prática e do treino, convicto da sua realidade apenas quando circunscrita a fatores intrapessoais, subestimando então a inegável contribuição possível por meio de condições favoráveis, somente disponibilizadas pela escola e pela sociedade, mediante intervenções dirigidas a mudanças estruturais dessas instituições.
A escola, todavia, continua a negligenciar as capacidades criativas dos aprendizes, limitando o desenvolvimento pessoal, impondo a todos as crianças um só modelo cultural e intelectual, sem ter em conta a diversidade dos talentos individuais.
É indispensável, via de consequência, repensar o sistema educacional, inserindo, no mesmo, uma plataforma para a criatividade, com base no cultivo de habilidades relacionadas ao pensamento independente e ao fortalecimento de atributos de personalidade favoráveis à expressão autônoma. Para isso, é também fundamental imunizar o aluno contra as patologias que minam a sua energia criadora (o medo do fracasso, o comodismo e a apatia). E, ainda, cultivar as sementes dessa criatividade inatas em todo o ser humano, através de um ambiente rico em estímulos e desafios, pela prática de valorizar o trabalho do indivíduo e do
grupo, reconhecendo suas potencialidades, respeitando as diferenças e oferecendo oportunidades para a produção e fertilização de ideias.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013: "O CARÁTER DA INTELIGÊNCIA"
A inteligência deve ser considerada em uma relação contextual, isto é, num contexto do mundo real. Neste sentido, ela está vinculada ao significado da vida cotidiana, na adaptação, modificação e seleção destes contextos, de forma organizada e planejada pelo sujeito. Considerar a inteligência em relação ao 'contexto social', em todo seu dinamismo, impõe a necessidade de ampliação das abordagens respectivamente às suas mensurações. Desta forma, a inteligência entra no mundo real, seja este a escola ou o mundo de trabalho. Assim, ela deixa de ser medida somente em testes, para buscar resposta e solucionar problemas nas diferentes situações da vida cotidiana.
A maioria das pessoas, em suas variadas formações, níveis de conhecimento e classes sociais, demonstra, de maneira implícita ou explícita, a 'inteligência' enquanto um 'valor'. Sendo um 'valor', é algo pensado, refletido e hierarquizado na ordem de valores individuais, ou seja, deve ser cuidado, reconhecido, pois o mundo caminha, se constrói e se destrói pela inteligência dos seres humanos, destacando-se como esta inteligência possa ser a favor ou contra todo o grupo social e contra si própria.
A inteligência deixa de ser faceta singular do caráter individual, alcançando então um 'bem social', propriedade de todos, devendo o seu uso ser encorajado e desenvolvido o mais plenamente possível.
Aplicar conceitos gerais sobre motivação humana no ambiente escolar não é apropriado sem a consideração das peculiaridades deste ambiente. Com efeito, a motivação influencia sobremaneira o aluno na utilização das suas capacidades, além de refletir na percepção pessoal, causa precípua da atenção pré-estabelecida em direção ao comportamento social, envolvendo multiplicidade de aspectos, do emocional, à aprendizagem e desempenho.
As abordagens sócio-cognitivistas da motivação têm demonstrado a existência de duas orientações motivacionais: a intrínseca e a extrínseca. A motivação intrínseca configura-se como uma tendência natural da pessoa buscar novidades e desafios. O indivíduo realiza determinada atividade pela própria causa, por considerá-la interessante, atraente ou geradora de satisfação. É uma orientação notada pelas características da autonomia do aluno e da auto-regulação de sua aprendizagem. E como toda 'orientação', pressupõe a efetividade de uma motivação externa, responsável pela harmonização dessa dualidade.
Só a partir da visão integrada do ser humano, é possível compreender as chamadas 'manifestações inteligentes', sem olvidar, jamais, a influência do afeto e do meio onde ela se manifestam evidenciam.
Os aspectos cognitivos, criativos e afetivos estarão sempre presentes na produção intelectual de um sujeito dessa complexa, porém não prolixa, relação. E, efeito cuja origem reside nessa prática, será facilmente observado o 'caráter da inteligência' através do ato de criar e transformar a realidade.
(Caos Markus)
A maioria das pessoas, em suas variadas formações, níveis de conhecimento e classes sociais, demonstra, de maneira implícita ou explícita, a 'inteligência' enquanto um 'valor'. Sendo um 'valor', é algo pensado, refletido e hierarquizado na ordem de valores individuais, ou seja, deve ser cuidado, reconhecido, pois o mundo caminha, se constrói e se destrói pela inteligência dos seres humanos, destacando-se como esta inteligência possa ser a favor ou contra todo o grupo social e contra si própria.
A inteligência deixa de ser faceta singular do caráter individual, alcançando então um 'bem social', propriedade de todos, devendo o seu uso ser encorajado e desenvolvido o mais plenamente possível.
Aplicar conceitos gerais sobre motivação humana no ambiente escolar não é apropriado sem a consideração das peculiaridades deste ambiente. Com efeito, a motivação influencia sobremaneira o aluno na utilização das suas capacidades, além de refletir na percepção pessoal, causa precípua da atenção pré-estabelecida em direção ao comportamento social, envolvendo multiplicidade de aspectos, do emocional, à aprendizagem e desempenho.
As abordagens sócio-cognitivistas da motivação têm demonstrado a existência de duas orientações motivacionais: a intrínseca e a extrínseca. A motivação intrínseca configura-se como uma tendência natural da pessoa buscar novidades e desafios. O indivíduo realiza determinada atividade pela própria causa, por considerá-la interessante, atraente ou geradora de satisfação. É uma orientação notada pelas características da autonomia do aluno e da auto-regulação de sua aprendizagem. E como toda 'orientação', pressupõe a efetividade de uma motivação externa, responsável pela harmonização dessa dualidade.
Só a partir da visão integrada do ser humano, é possível compreender as chamadas 'manifestações inteligentes', sem olvidar, jamais, a influência do afeto e do meio onde ela se manifestam evidenciam.
Os aspectos cognitivos, criativos e afetivos estarão sempre presentes na produção intelectual de um sujeito dessa complexa, porém não prolixa, relação. E, efeito cuja origem reside nessa prática, será facilmente observado o 'caráter da inteligência' através do ato de criar e transformar a realidade.
(Caos Markus)
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2013: "A LINGUAGEM EMBLEMÁTICA DO PODER"
A LINGUAGEM EMBLEMÁTICA DO PODER
O comportamento social apresenta uma exigência funcional comum: a troca de informação entre organismos, que permite a regulação recíproca.
Na maioria das espécies, essa permuta se refere a estados motivacionais: para regular o comportamento do outro, o organismo oferece informação do seu estado motivacional, permitindo ao outro prever suas ações (sem nenhuma implicação de consciência), e sobre essa prognose efetuar, então, sua resposta. Esta é a função biológica de qualquer comportamento comunicativo.
Este conceito, e suas implicações no estudo do comportamento social humano, parte de uma reflexão acerca de alguns aspectos do fenômeno 'comportamento social'.
A necessidade de regulação mútua (e daí, a de comunicação) no comportamento social tem sua causa no fato de a co-especificidade não conter um estímulo univalente, porém, ao contrário, dotado de ambiguidade. Há, pois, uma pluralidade de significados potenciais.
Pode ser um companheiro de atividades ou um rival; o parceiro sexual ou um vizinho hostil. Consequentemente, possibilita o despertar de motivações ou emoções contraditórias (medo, raiva agressividade, atração).
Equivale a dizer, a co-especificidade é, frequentemente, fonte de conflito motivacional, ou seja, de presença simultânea de tendências comportamentais incompatíveis ou contraditórias entre si.
Notam-se também 'comportamentos deslocados', isto é, condutas irrelevantes em relação às demais tendências. Funcionam como 'válvulas de escape'. Por efeito, no meio de um embate, o aluno, nervoso na situação de prova, morde a caneta, ou coça a cabeça. A tensão do conflito ainda gera respostas do sistema nervoso autônomo: suor, eriçamento de pelos, enrubescimento ou palidez decorrente de mudanças na circulação periférica.
Por sua condição de expressões de estados emocionais (motivacionais) conflitantes, esses comportamentos ofereceram ao processo de evolução 'matéria-prima' à criação de 'sinais', ou procedimentos com valor comunicativo.
No caso de muitos outros sinais, as ocorrências se dão na filogênese (termo utilizado para hipóteses de relações evolutivas de um grupo de organismos, ou seja, determinantes das relações ancestrais da espécie).
Esta é a direta referência ao conceito de ritualização.
A palavra 'ritualização' foi, evidentemente, emprestada da ideia de 'rito', conceito sugerido pelo caráter cerimonial, rígido ou estereotipado, observado nas sequências de comportamentos apresentadas por 'animais sociais' em situações, dentre outras, de cortejamento, e de confronto agonizante.
'Ritualização' está correlacionada ao processo pelo qual certas condutas se modificaram, no decorrer das relações evolutivas da espécie, no sentido de adquirirem valor de 'sinal' ou valor comunicativo, tornando-se 'comportamentos ritualizados'.
O gesto ritualizado adquire uma característica estereotipada, simplificada, uma forma e intensidade típicas, resultando na acentuação de suas propriedades comunicativas e redução de ambiguidade.
Ao mesmo tempo, ao se emancipar dos fatores motivacionais de sua origem, o gesto tende a se ocultar na história de sua construção; deixa de ser reflexo daquela razão, e passa a representá-la. Nesse sentido, pode-se dizer: o comportamento ritualizado é uma forma de representação, um precursor do símbolo na natureza.
Na diliuição do conteúdo ritualístico pela linguagem emblemática da simbologia, a espécie humana, perdendo gradualmente o relacionamento firmado na dualidade, cria mecanismos de ações unilaterais.
Alcançado esse estágio, nasce e consolida-se a exclusividade, o prevalecimento de uma só força. A comunicação dessa força opera-se então pelo reaparecimento de uma certa característica no organismo, nos indivíduos, depois de várias gerações de ausência. Ou seja, manifesta-se através de um atavismo. Neste resgate de atitudes ancestrais, latentes durante longo período, é estabelecida a linguagem do Poder, o monólogo da espécie humana.
(Caos Markus)
O comportamento social apresenta uma exigência funcional comum: a troca de informação entre organismos, que permite a regulação recíproca.
Na maioria das espécies, essa permuta se refere a estados motivacionais: para regular o comportamento do outro, o organismo oferece informação do seu estado motivacional, permitindo ao outro prever suas ações (sem nenhuma implicação de consciência), e sobre essa prognose efetuar, então, sua resposta. Esta é a função biológica de qualquer comportamento comunicativo.
Este conceito, e suas implicações no estudo do comportamento social humano, parte de uma reflexão acerca de alguns aspectos do fenômeno 'comportamento social'.
A necessidade de regulação mútua (e daí, a de comunicação) no comportamento social tem sua causa no fato de a co-especificidade não conter um estímulo univalente, porém, ao contrário, dotado de ambiguidade. Há, pois, uma pluralidade de significados potenciais.
Pode ser um companheiro de atividades ou um rival; o parceiro sexual ou um vizinho hostil. Consequentemente, possibilita o despertar de motivações ou emoções contraditórias (medo, raiva agressividade, atração).
Equivale a dizer, a co-especificidade é, frequentemente, fonte de conflito motivacional, ou seja, de presença simultânea de tendências comportamentais incompatíveis ou contraditórias entre si.
Notam-se também 'comportamentos deslocados', isto é, condutas irrelevantes em relação às demais tendências. Funcionam como 'válvulas de escape'. Por efeito, no meio de um embate, o aluno, nervoso na situação de prova, morde a caneta, ou coça a cabeça. A tensão do conflito ainda gera respostas do sistema nervoso autônomo: suor, eriçamento de pelos, enrubescimento ou palidez decorrente de mudanças na circulação periférica.
Por sua condição de expressões de estados emocionais (motivacionais) conflitantes, esses comportamentos ofereceram ao processo de evolução 'matéria-prima' à criação de 'sinais', ou procedimentos com valor comunicativo.
No caso de muitos outros sinais, as ocorrências se dão na filogênese (termo utilizado para hipóteses de relações evolutivas de um grupo de organismos, ou seja, determinantes das relações ancestrais da espécie).
Esta é a direta referência ao conceito de ritualização.
A palavra 'ritualização' foi, evidentemente, emprestada da ideia de 'rito', conceito sugerido pelo caráter cerimonial, rígido ou estereotipado, observado nas sequências de comportamentos apresentadas por 'animais sociais' em situações, dentre outras, de cortejamento, e de confronto agonizante.
'Ritualização' está correlacionada ao processo pelo qual certas condutas se modificaram, no decorrer das relações evolutivas da espécie, no sentido de adquirirem valor de 'sinal' ou valor comunicativo, tornando-se 'comportamentos ritualizados'.
O gesto ritualizado adquire uma característica estereotipada, simplificada, uma forma e intensidade típicas, resultando na acentuação de suas propriedades comunicativas e redução de ambiguidade.
Ao mesmo tempo, ao se emancipar dos fatores motivacionais de sua origem, o gesto tende a se ocultar na história de sua construção; deixa de ser reflexo daquela razão, e passa a representá-la. Nesse sentido, pode-se dizer: o comportamento ritualizado é uma forma de representação, um precursor do símbolo na natureza.
Na diliuição do conteúdo ritualístico pela linguagem emblemática da simbologia, a espécie humana, perdendo gradualmente o relacionamento firmado na dualidade, cria mecanismos de ações unilaterais.
Alcançado esse estágio, nasce e consolida-se a exclusividade, o prevalecimento de uma só força. A comunicação dessa força opera-se então pelo reaparecimento de uma certa característica no organismo, nos indivíduos, depois de várias gerações de ausência. Ou seja, manifesta-se através de um atavismo. Neste resgate de atitudes ancestrais, latentes durante longo período, é estabelecida a linguagem do Poder, o monólogo da espécie humana.
(Caos Markus)
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
DOMINGO, 11 DE AGOSTO DE 2013: "O APEGO NA PERSPECTIVA EVOLUCIONISTA"
O APEGO NA PERSPECTIVA EVOLUCIONISTA
(DO ‘APEGO’ NA SELEÇÃO DO HOMO-SAPIENS À EDUCAÇÃO NO
PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA)
A perspectiva evolucionista no estudo do comportamento humano apresenta aspectos gerais da evolução humana e suas relações com o desenvolvimento do apego.
Para garantir os cuidados da mãe, e sua consequente sobrevivência, os bebês passam a apresentar mais persistentemente, durante o curso de sua infância até mais ou menos o início da vida adulta, formas características do início de seu desenvolvimento. Isto é conhecido por neotenia (atraso do desenvolvimento responsável pela manutenção -na idade adulta- das características juvenis).
O apego é um tema frequentemente estudado por psicólogos que buscam compreender a importância do vínculo inicial da criança como fator de desenvolvimento saudável e preventivo para diversos problemas de comportamento, como a ‘ansiedade de separação’ ou as ‘desordens de conduta’.
O comportamento de apego mãe–bebê teria surgido para garantir proximidade segura entre adulto e bebê e é provocado pelo bebê desde seus gestos iniciais. É importante deixar claro que a vinculação afetiva não é somente o resultado automático da fisiologia, pois somos seres biologicamente culturais.
O apego garante a proteção do bebê, mas significa também, nesse estágio, a inconstrução do vínculo afetivo.
Investigações minuciosas do comportamento de crianças pequenas têm revelado a presença de adaptações naturais para a interação social e para a formação de vinculações afetivas. Em primeiro lugar, chama a atenção a capacidade de responder preferencialmente a sinais de contato afetuoso do adulto, respondendo com abertura dos olhos e atenção à fala afetuosa de outro ser humano. Há, com o passar dos meses, um processo de estampagem da criança em relação à sua mãe (ou cuidador). Nas primeiras semanas de vida o bebê reconhece a voz e o odor da mãe; com alguns meses já discrimina sua face e passa a preferi-la a qualquer outro ser humano. Embora com 8 meses tendam a aparecer as reações mais típicas de apego à mãe e medo a estranhos, às vezes observa-se isso muito antes, com as crianças reagindo com medo a estranhos e mantendo a mãe como base de segurança.
O apego está intimamente ligado ao investimento parental, e dele não pode ser dissociado, pois é a partir dos sinais emitidos pelo bebê e da resposta dos pais a ele que se forma o vínculo. Não se pode pensar um sem o outro. Nota-se que o bebê age sobre o adulto e este responde ao bebê de uma forma que vai aumentando a vinculação afetiva pelas constantes respostas, pois um dos fatores determinantes para o surgimento e manutenção do comportamento de apego é a rapidez com que o adulto responde ao bebê e a intensidade da interação.
O comportamento de apego, além da função de proteção, propicia ao bebê uma série de interações sociais que colaboram para um desenvolvimento saudável da criança, além de lhe proporcionar oportunidades de treinar seus comportamentos sociais e perceber as suas modificações no meio no qual vive. Assim, é graças a esta proximidade mãe-bebê que este terá oportunidades de ver e explorar o mundo de uma maneira segura, e assim desenvolver seu cérebro, aprender com os outros de sua espécie e sentir-se parte dela e seguro nela a partir do ascendentes.
(Caos Markus)
(DO ‘APEGO’ NA SELEÇÃO DO HOMO-SAPIENS À EDUCAÇÃO NO
PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA)
A perspectiva evolucionista no estudo do comportamento humano apresenta aspectos gerais da evolução humana e suas relações com o desenvolvimento do apego.
Para garantir os cuidados da mãe, e sua consequente sobrevivência, os bebês passam a apresentar mais persistentemente, durante o curso de sua infância até mais ou menos o início da vida adulta, formas características do início de seu desenvolvimento. Isto é conhecido por neotenia (atraso do desenvolvimento responsável pela manutenção -na idade adulta- das características juvenis).
O apego é um tema frequentemente estudado por psicólogos que buscam compreender a importância do vínculo inicial da criança como fator de desenvolvimento saudável e preventivo para diversos problemas de comportamento, como a ‘ansiedade de separação’ ou as ‘desordens de conduta’.
O comportamento de apego mãe–bebê teria surgido para garantir proximidade segura entre adulto e bebê e é provocado pelo bebê desde seus gestos iniciais. É importante deixar claro que a vinculação afetiva não é somente o resultado automático da fisiologia, pois somos seres biologicamente culturais.
O apego garante a proteção do bebê, mas significa também, nesse estágio, a inconstrução do vínculo afetivo.
Investigações minuciosas do comportamento de crianças pequenas têm revelado a presença de adaptações naturais para a interação social e para a formação de vinculações afetivas. Em primeiro lugar, chama a atenção a capacidade de responder preferencialmente a sinais de contato afetuoso do adulto, respondendo com abertura dos olhos e atenção à fala afetuosa de outro ser humano. Há, com o passar dos meses, um processo de estampagem da criança em relação à sua mãe (ou cuidador). Nas primeiras semanas de vida o bebê reconhece a voz e o odor da mãe; com alguns meses já discrimina sua face e passa a preferi-la a qualquer outro ser humano. Embora com 8 meses tendam a aparecer as reações mais típicas de apego à mãe e medo a estranhos, às vezes observa-se isso muito antes, com as crianças reagindo com medo a estranhos e mantendo a mãe como base de segurança.
O apego está intimamente ligado ao investimento parental, e dele não pode ser dissociado, pois é a partir dos sinais emitidos pelo bebê e da resposta dos pais a ele que se forma o vínculo. Não se pode pensar um sem o outro. Nota-se que o bebê age sobre o adulto e este responde ao bebê de uma forma que vai aumentando a vinculação afetiva pelas constantes respostas, pois um dos fatores determinantes para o surgimento e manutenção do comportamento de apego é a rapidez com que o adulto responde ao bebê e a intensidade da interação.
O comportamento de apego, além da função de proteção, propicia ao bebê uma série de interações sociais que colaboram para um desenvolvimento saudável da criança, além de lhe proporcionar oportunidades de treinar seus comportamentos sociais e perceber as suas modificações no meio no qual vive. Assim, é graças a esta proximidade mãe-bebê que este terá oportunidades de ver e explorar o mundo de uma maneira segura, e assim desenvolver seu cérebro, aprender com os outros de sua espécie e sentir-se parte dela e seguro nela a partir do ascendentes.
(Caos Markus)
SÁBADO, 10 DE AGOSTO DE 2013: "DIMENSÕES DO CONTROLE SOCIAL"
DIMENSÕES DO CONTROLE SOCIAL
A 'anomia', considerada fora de qualquer contexto social particular, relaciona-se aos 'problemas de controle social' em 'um determinado sistema social'.
Os valores estão ausentes ou, se surgem, conflitam, e os indivíduos não estão adequadamente socializados às diretrizes culturais. Portanto, a coerção cultural se mostra ineficaz.
Qualquer que seja seu significado particular, a 'anomia' é um estado social de ausência de normas, considerando a relação entre os indivíduos e as forças do controle social.
Emile Durkheim utilizava as taxas de desvio do comportamento e o estado da lei e punição como índices da anomia. Mesmo evitando conceitos psicológicos, acreditava que o egoísmo, a competição insaciável e a ausência de sentido e de objetivos poderiam ser apontadas como as reações prováveis dos indivíduos integrantes de uma sociedade anômica, na qual os obstáculos estão no funcionamento ordenado da sociedade.
Já a 'alienação' representa um problema de legitimidade do controle social, é um problema de poder, expresso no ato da dominação, dimensão ausente na perspectiva da 'anomia'.
A alienação volta-se para a hierarquia do controle dentro do próprio contexto social, onde as condições sociais tornam o indivíduo separado da sociedade, sendo esta uma extensão do próprio indivíduo, personificada na atividade pessoal de cada ator social.
Para Karl Marx, 'alienar-se da sociedade' é, em princípio, 'alienar-se de si mesmo'. A alienação refere-se aos obstáculos existentes no crescimento produtivo dos indivíduos e, consequentemente, às barreiras que impedem a transformação adaptada do sistema social.
Uma 'condição não alienada' diz respeito à harmonia social enquanto resultado espontâneo de indivíduos livres para realizar suas potencialidades, autônomos e
autodeterminantes, sem o controle de forças externas.
Os indivíduos, quando alienados, se tornam impotentes e estranhos às criações de sua própria atividade social.
Como conceitos,'anomia' e 'alienação'são teorias sociais completas, que explicam o comportamento diante de certas condições sociais. Como criticas, implicam no julgamento de uma sociedade a partir de um ideal.
(Caos Markus)
A 'anomia', considerada fora de qualquer contexto social particular, relaciona-se aos 'problemas de controle social' em 'um determinado sistema social'.
Os valores estão ausentes ou, se surgem, conflitam, e os indivíduos não estão adequadamente socializados às diretrizes culturais. Portanto, a coerção cultural se mostra ineficaz.
Qualquer que seja seu significado particular, a 'anomia' é um estado social de ausência de normas, considerando a relação entre os indivíduos e as forças do controle social.
Emile Durkheim utilizava as taxas de desvio do comportamento e o estado da lei e punição como índices da anomia. Mesmo evitando conceitos psicológicos, acreditava que o egoísmo, a competição insaciável e a ausência de sentido e de objetivos poderiam ser apontadas como as reações prováveis dos indivíduos integrantes de uma sociedade anômica, na qual os obstáculos estão no funcionamento ordenado da sociedade.
Já a 'alienação' representa um problema de legitimidade do controle social, é um problema de poder, expresso no ato da dominação, dimensão ausente na perspectiva da 'anomia'.
A alienação volta-se para a hierarquia do controle dentro do próprio contexto social, onde as condições sociais tornam o indivíduo separado da sociedade, sendo esta uma extensão do próprio indivíduo, personificada na atividade pessoal de cada ator social.
Para Karl Marx, 'alienar-se da sociedade' é, em princípio, 'alienar-se de si mesmo'. A alienação refere-se aos obstáculos existentes no crescimento produtivo dos indivíduos e, consequentemente, às barreiras que impedem a transformação adaptada do sistema social.
Uma 'condição não alienada' diz respeito à harmonia social enquanto resultado espontâneo de indivíduos livres para realizar suas potencialidades, autônomos e
autodeterminantes, sem o controle de forças externas.
Os indivíduos, quando alienados, se tornam impotentes e estranhos às criações de sua própria atividade social.
Como conceitos,'anomia' e 'alienação'são teorias sociais completas, que explicam o comportamento diante de certas condições sociais. Como criticas, implicam no julgamento de uma sociedade a partir de um ideal.
(Caos Markus)
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