REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
SEGUNDA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2013: HINO BRASILIANO"
Filho de fidalgo lusitanos, Brasil, ainda em tenra idade demonstrou o seu virtuosismo em solo para violino sem cordas, a uma platéia seleta de franceses, holandeses e espanhóis, através de audições permanentes a partir do século XVI. O som magistral do seu instrumento, em perfeitas harmonias de sucessivos sustenidos, se fez ouvir em todo os continentes quando, já na juventude, entoou o cântico dos cânticos, o hino de louvor à ordem e ao progresso, tudo sob os auspícios de seu diligente tutor inglês.
Como acontece com os gênios, Brasil, ambicioso, sempre gastou mais do que podia pagar, o que lhe valeu a fama de perdulário. Pai dedicado, quis perpetuar em seus filhos a sua própria vocação, ensinando-lhes com peculiar didática a máxima de que é dando que se recebe, e de que bom mesmo é viver na flauta.
Inteligente e sensível, era pessoa de ótimo relacionamento, desfazendo-se facilmente dos bens da família se disso dependesse o sustento de suas nações irmãs, mais recentemente; não conseguiu suportar a crise econômica mundial que tem abalado seriamente a saúde financeira dos seus inúmeros amigos estrangeiros, submetendo-se, então, estoicamente a elevadas taxas de juros, na condição de fiador da formidável hipoteca internacional do século XX.
Deitado eternamente em berço esplendido, Brasil está sendo velado no Palácio da Alvorada, aberto à visitação pública pelas inúmeras CPIs promovidas em moções de pesar, depois de devidamente embalsamado por exímios taxidermistas da política nacional. É incontável o número de flores enviadas ao local, representadas por raros exemplares exótica flora amazônica. Observa-se, também a presença de muitos chefes-de-estado, todos eles já agraciados com a amabilidade típica do caráter de Brasil.
Via, satélite, o mundo chora a perda daquele que soube incomparavelmente dividir as suas riquezas minerais e agropecuárias em prol de obras assistenciais, praticando o bem sem ver a quem, na inquebrantável crença dos espíritos elevados. Todos, em uníssono, já falam de Brasil com saudades, rendendo-lhe sinceras homenagens pelo verdadeiro altruísmo que pontificou a sua existência.
Comenta-se que a notícia do passamento de tão ilustre personalidade provocou até mesmo uma quebra na Bolsa de Valores, atingindo o dólar americano cotação nunca vista antes; no paralelo de Greenwich, o câmbio teria estourado em latitude e longitude insuperáveis.
O féretro, em cortejo, percorrerá todas as alamedas cívicas do país, ocasião em que o povo unido jamais será vencido. E, na Academia de Letras, o morto será homenageado postumamente, sendo certa a publicação por congratulados “brasilianits” de uma Novíssima Enciclopédia ( com verbetes e índices remissivo), a facilitar o estudo da natureza intrínseca desse fenômeno que desígnios supremos e forças ocultas privarem de um harmonioso convívio com seus congêneres e similares.
(Caos Markus)
DOMINGO, 27 DE JANEIRO DE 2013: "CHACINAS E PORCOS"
Conhecedores da origem do mundo e do homem, narrada no primeiro livro da Bíblia, e certos de que o ser humano não principiou a sua existência sob a rude e primária forma de um porco, colocamos em dúvida a veracidade dos extermínios ora verificados pelo país afora como expressões de verdadeiras chacinas. Nem mesmo em sentido figurado, já que o vocábulo 'chacina' é derivado da palavra 'chacim', ou seja, 'porco'.
O que se nos parece é figurar nesses movimento assoladores a mais completa ruína, só verificada na mais pura tradução dos genocídios. Pois, não está o Brasil mergulhado na desintegração de suas instituições, quer sejam elas políticas, sociais, culturais e outras tantas?
É Guerra Junqueiro, em “O Regimen”, quem adverte: “A ruína bruta e o de menos. Uma parede no chão, levanta-se; um banco sem dinheiro, atulha-se de dinheiro, facilmente. Mas, a ruína moral...! A morte de milhões de almas, milhões de idéias, de consciências...! É pavoroso!”
Tratar a fragilização da economia nacional como causa, a motivar a violência institucionalizada, é faltar com a mais elementar verdade. O estado de indigência em que nos encontramos é sim consequência de um outro aviltamento - o de uma sociedade abjeta, desonrada por um regime corrupto.
A filantropia deu lugar à misantropia: a aversão aos homens e à convivência social é regra num Estado de exceções.
(Caos Markus)
SÁBADO,26 DE JANEIRO DE 2013: "IRRESPONSABILIDADE FELIZ"
Essa falta de consciência da própria personalidade, de que ainda é vítima os paraguaios originários dos guaranis, se comparada com a carência de estímulos, pela morte do ânimo, tão freqüente ainda hoje entre nós latino-americanos, não é de toda particularíssima. Assim como o regime instituído pelos jesuítas catequistas para arrancar a população indígena à "barbárie" reduziu a consciência da própria personalidade dos nativos, tornando-os irresponsáveis que se julgavam felizes, também não é raro, na atualidade, deparamos no continente americano, notadamente no Brasil, novos "selvagens incomparavelmente "mais felizes" sob o jugo de uma nova "catequese" do que sob tirania violenta mais explícita e até do que na liberdade do seu próprio meio.
Seria mesmo lícito admitir o pressuposto da igualdade absoluta e da comunidade de bens, quando parece estar a espécie humana dividida em duas criaturas - aquelas feitas para dirigir e as outras para obedecer? O que já foi denominado "servidão deliciosa" não seria, ainda, um mau hábito entre muitos de nós, acostumados à tutela?
Se assim é, se assim for, a cautela já não é tardia. Hoje vivemos mal sob um "assistencialismo" reducionista, e não damos conta de que um dia, ausente a tutela dos assistencialistas, miseráveis que somos, entregaremos nossos pescoços - e sem protesto algum! - a tiranos mais modernos. Outros caudilhos têm assumido a tarefa de preparação estratégica da submissão fatal; em nome de uma hipotética e desarrazoada "fraternidade" sindicalistas e homens públicos dividem agora o terreno da demagogia, uns e outros procurando o mesmo: homogeneizar o seu rebanho, condenado ao expurgo os que relutam à "pacificação" pretendida, ao que parece, pretendendo cnfirmar que o povo não se sujeita à tirania, não a padece: antes a ela se acomoda e a ama. Não sente o peso do jugo. Não deseja entrar em comunhão com outras nações. Não compreende mesmo que a situação política e econômica que se lhe preparou seja anormal; nem aspira outra.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE2013: "HERÓIS VIVOS"
Nos E. U. A. muitos negros existem, e o francês sabe disso, como também tem ciência de que negros existem em todos os continentes. o que provavelmente o dito 1º Mundo de fato não quer ver é a grande possibilidade do 3º Mundo, muito além de mulatas assanhadas tipo exportação, ou de negros 'desovados' em terrenos baldios daquilo que erroneamente se julga o 'quintal' do pseudo mundo civilizado, aonde a promiscuidade de gente e cachorros grassa, em versão esteriotipada de "Casa Grande e Senzala".
No Brasil há músicos e jogadores de futebol. Muitos deles, negros, são instrumentistas ou atletas que fazem o mais puro delírio do francês, do italiano, do inglês na Europa re-unificada por tudo o que pretensamente têm os europeus em comum, muito menos do que pela verdadeira identidade que guardam entre si - a arrogância como mãe da ignorância.
Talvez o intelectualizado europeu conheça do nosso carnaval somente a nudez, e não o lindo espetáculo de coreografia muitas vezes idealizado por negros que habitam a pobreza dos morros cariocas; não a nobreza da harmonia, para não falar de todo um conjunto de ricas divisões nas frases musicais dos tamborins, agogôs, surdos e ganzás.
A meta da vanguarda brasileira ainda será por muito tempo livrar-se da retaguarda estrangeira. Pois a nossa brasilidade está assentada em princípios e valores que são frutos da nossa riquíssima miscegenação racial, a fazer de homens rudes verdadeiros heróis vivos, o que de fato é condição rara e preciosa.
(Caos Markus)
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
QUINTA-FEIRA, 24 DE JANEIRO DE 2013: "NEO NEON"
Essa de dizer que a culpa da sua alienação é o resquício da ditadura, as consequências nefastas do regime autoritário... sinceramente não pega mais. É tão cafona quanto a própria palavra cafona. É o mesmo que o sujeito dizer que bebe porque o pai dele morreu alcoólatra; não dá pra aguentar! Até quando você vai continuar assim, meio "peter-pan", pondo a culpa num pobre coitado que no lugar de mão tem um gancho?!
Num dia você abre a boca a chorar pela morte do seu ídolo, passa uma semana e você faz piadinha. Tudo bem, não que você tenha que posar de viúvo o resto de sua vida por tudo de ruim que acontece ao seu redor, mas pelo menos poderia descobrir que tem um "redor" e procurar contestá-lo e modificá-lo. Afinal, você é você mais as suas circunstâncias... Então, por que essa tolice de ser circunstancialmente vítima sempre?! Não ouça o meu conselho, ouça o do Chico: "Ouça um bom conselho, que eu lhe dou de graça/é inútil dormir, que a dor não passa". Acorda!!!
Sabe de uma coisa, moleque, às vezes eu fico pensando nessa história toda de que você é genial porque briga pelos direitos das minorias, e coisa e tal. E penso que você não passa de um panaca, um a mais a tomar parte na imensa maioria impoliticamente correta (isso pra não dizer "burra" mesmo). Não consegue nem tomar conta da própria casa.
Quem não é neonazista tem que ser neon da propaganda punk, do underground dos bueiros culturais?! Por que?!!
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2011: "MINORIAS NA MULTIDÃO"
Muito se fala em nome do futuro, como se com conjugá-lo fosse prece a um deus pagão; pouco se faz pelo presente, que a cada dia é mais página virada na história de um país.
Denunciar, denunciar, denunciar. É o que temos aprendido a fazer, como se realmente fosse a única e boa coisa a fazer. Inspirados numa falsa credibilidade daqueles que têm por ofício a arte da acusação, convivemos com as mais disparatadas idéias sobre a verdade, a ponto de duvidarmos que ela exista. Aliás, fazer com que a mentira esteja sempre em evidência é desprezar os valores positivos que deveriam nortear toda uma sociedade.
Isso tudo é mais ou menos como passar trote. A princípio a vítima se vê confusa, acreditando na brincadeira. Dependendo da ingenuidade, será maior ou menor o tempo que este ou aquele levará para perceber a cilada.
Então, por que não pensar que confundir alguém é, também, um processo de dominação?
Quando a noção de delito já está proscrita, torna-se o conceito de pecado, e vice-versa. Em nenhuma das duas circunstâncias jamais falta quem se arvore em árbitro justo e ponderado, a prescrever a pena ou a penitência para cada caso. E, novamente apropria-se a mente alheia, olvidando-se a análise apropriada na identificação e no reconhecimento das causas da transgressão.
Ao que parece, estamos em um país onde uma minoria desonesta vem sendo desbaratada por maioria escrupulosa, ou, ao contrário, o que de fato existe é uma ínfima parcela honesta resistindo aos ataques desonestos de uma multidão ignorante e prepotente. Ou, ainda, quem sabe, nenhum dos dois casos. E, de resto, o que temos é a própria honestidade relativizada, como se isso verdadeiramente fosse possível.
(Caos Markus)
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