A gestão não pode ser vista como uma mera ação de treinamento da liderança.
A capacidade de identificar líderes, preservá-los, recompensá-los e separá-los do 'fazer administrativo diário' de uma instituição, está entre as principais razões de uma organização criar um diferencial marcado pelo êxito. Administradores trabalham com processos fechados e gestores lideram comportamentos e ações. Portanto, uma instituição precisa dos dois, e raramente observa-se uma pessoa cujo perfil possua as características de ambos. O problema está nisso: quando confundimos competência em administrar com competência em liderar. Ou vice-versa.
As diferençasA capacidade de identificar líderes, preservá-los, recompensá-los e separá-los do 'fazer administrativo diário' de uma instituição, está entre as principais razões de uma organização criar um diferencial marcado pelo êxito. Administradores trabalham com processos fechados e gestores lideram comportamentos e ações. Portanto, uma instituição precisa dos dois, e raramente observa-se uma pessoa cujo perfil possua as características de ambos. O problema está nisso: quando confundimos competência em administrar com competência em liderar. Ou vice-versa.
Pode-se afirmar: o administrador competente alimenta os processos, fazendo-os caminhar em uma direção pré-estabelecida. Procura atingir as metas, os resultados esperados pelas pessoas que a ele confiou a tarefa de administrar. Já os gestores compreendem os cenários em que estão inseridos, enxergam com os olhos da mente e respeitam a visão do futuro como uma ciência. Por consequência, conseguem projetar ações e resultados de maneira a favorecer o empreendimento ao qual estão ligados.
O primeiro planeja estrategicamente; o segundo, em oposição àquele, planeja taticamente.
Bastante delicado é colocar ambos para impulsionar uma organização. E também é vital saber a diferença entre os dois.
Causas da "morte" de um líder
Algumas ações são proibitivas aos verdadeiros gestores, àqueles voltados verdadeiramente à liderança. Entre elas, é de se destacar, um líder nunca pode estar distante das ações dos seus colaboradores. Deve entendê-los muito bem, ser capaz de exercer a empatia.
Dois outros fatores decisivos na "morte" de um líder: não ter capacidade de ação rápida, e a dificuldade em ousar.
Liderança é um dom?
Teoricamente, apenas 30% dos líderes nascem com aptidão para tal. Os outros 70% são resultado de um processo de construção através da vivência, sabendo aproveitar os pontos positivos para avançar e os negativos na reestruturação da própria ação. A capacidade de construir relações é a característica mais importante, seguida da habilidade em buscar soluções à variada gama de problemas, concomitantemente à celeridade nas decisões.
Pouco importa uma inteligência superior ou a vasta concentração de conhecimentos, muitas vezes impostos, através da verticalização hierárquica, aos parceiros de trabalho, ou mesmo aos subordinados, se o administrador, na primeira oportunidade, procura se desfazer do que recebeu como se fosse uma bagagem incômoda. É possível afirmar, por efeito, que a diferença está na personalidade desses gestores líderes, na sua essência. Eles são assertivos, persuasivos, empáticos e flexíveis. Correm riscos. São sociáveis, demonstrando um nível saudável de ceticismo e estão abertos a novas idéias. Administradores são seguidos porque são chefes; líderes são seguidos porque acreditam neles.