A burguesia, não satifeita apenas com o aparato repressivo tradicional, reuniu um verdadeiro exército paralelo, formado por companhias de vigilância privada e, ainda, as tropas paramilitares de jagunços, tanto na cidade como no campo.
Hoje, para quem se pretenda revolucionário, o objetivo é o de minar essa estratégia armada, isto é, destruir esse conjunto do aparato repressivo burguês. Para tanto, os trabalhadores terão que se armar.
Em um avançado momento, a luta de classes se transforma em uma luta 'militar', na medida em que a burguesia irá recorrer às forças armadas no intuito de retomar o seu controle. É nesse estágio que o aparato militar burguês se vê em crise, frente o armamento dos contigentes de trabalhadores e outros segmentos sublevados que, juntos, buscam a vitória revolucionária.
É indispensável observar que essa disposição nada tem a ver com a visão pequeno-burguesa de 'ações guerrilheiras' de uma vanguarda saída do proletariado e, despreparada, presa fácil da repressão pela burguesia.
A sonhada 'revolução' só será possível se as massas populares compreenderem a essencial necessidade de auto-defesa, sublevando-se contra os máximos dirigentes reformistas, reacionários ou revisionistas, para então neutralizar o aparato militar burguês.
Esse segmentos revolucionários contróem sua experiência, a partir das lutas, a fim de confirmarem a necessidade de possuir seus próprios meios e adequados instrumentos de resistência.
Dos piquetes promovidos nas greves do proletariado, garantidores da luta contra os traidores e os seguranças das empresas, eis que essa experiência se consolida. Porque com o improviso se faz o aprendizado futuro do desmantelamento das forças burguesas de repressão.
É imprescindível que se defenda as liberdades democráticas no interior das forças armadas da burguesia. E isso se faz mediante o ataque ao princípio pelo qual se impõe o controle burguês autoritário -o da 'hierarquia'.
Uma vez democratizadas essa forças, garantindo-se inclusive o direito de sindicalização atuante dos militares, impõe-se o dever de salvaguardar o acesso de todos os trabalhadores e de suas organizações, à formulação da políticas de segurança e conhecimento da doutrina militar.
Um governo dos trabalhadores socialistas deve representar a vitória de sua revolução, apoiada na mobilização e nos organismos de luta do proletariado, nas entidades estudantis, no trabalho dos intelectuais honestos, e de todo o povo.
O poder desse povo não pode ser admitido tão-somente como mera expressão institucional, governamental. É poder que deve ser a realidade do conjunto dos movimentos revolucionários.
(Caos Markus)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 7 de abril de 2012
QUARTA-FEIRA, 9 DE MAIO DE 2012: "IGREJA DARWINISTA"
A Igreja Católica é, por conveniência, criacionista; e, por superveniência, darwinista. Senão, vejamos.
Intransigente, ao defender a instituição 'Família', nos moldes tradicionais e ortodoxos, ela nada mais faz que imprimir status de dogma à 'consanguinidade', pretendendo preservá-lo através dos elos da sucessão genealógica entre ascendentes e descendentes.
Na esteira dos estudos darwinianos, é notório, felinos convivem entre si, equinos também interagem com os da mesma espécie, e assim por diante, em toda a fauna.
Todavia, raça é uma sub-espécie, ou seja, compreendem os animais da mesma espécie que apresentam raças diferentes, como acontece com os cães. Existem raças caninas que são tão diferentes a ponto de não ser possível um cruzamento de forma natural.
Geneticamente, porém, não há sub-espécies no gênero humano. O conceito de raças branca, amarela e negra é errôneo e ultrapassado. Hoje, a definição de 'raças humanas' é mais antropológica, obervada sob o aspecto da origem, apenas.
A concepção de 'humanos consanguíneos', defendida pela Catolicismo na sua apologia à família institucional, tão-somente representa o contrário, ou seja, por absoluta contradição aos estudos formulados por Charles Darwim, confirma o seu prevalecimento, acima da teoria criacionista.
Trata-se, então, de modelo cultural agregador de patrimônios; não conseguindo ocultar seu real objetivo -o de evitar a "dissipação" dos bens que sempre alimentaram a Igreja.
Não por menos, os axiomas desses cânones têm acentuada cumplicidade com as máximas do capitalismo, quer no pretérito (sob as diversas denominações, do mercantilismo ao monetarismo), quer no presente, sob a chancela de 'neoliberalismo'.
(Caos Markus)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE MAIO DE 2012:"SIMILITUDES"
Consumar ou Consolidar.
Vínculo ou União.
Agregarou Acrescer.
Instituição ou Constituição.
Padronizarou Fomentar.
Delírio ou Lucidez.
Eu não sou o amo de palavras cativas. E não sou escravo das palavras imperativas.
Eu não as escolho, elas não me procuram. Não há conluio entre nós.
Apego-me a pegadas de pensamento já ausente, seguindo a sua trilha marcada com vocábulos.
A cada termo recolhido, um fragmento reconhecido.
Diferente de aprisionar-me, palavras são cifras cunhando signos de códigos remanescentes. Não as notas de inédita composição, mas sim notações de recomposição.
Definitivamente, não há 'delírio' em tudo o que não se vê. Muitas são as vezes que não se vê porque , 'consumado' o 'vínculo', 'agrega-se' à 'instituição' 'padronizada'. Então, nem de fato se antevê.
'Constituídos' por 'acréscimo'no 'fomento' à 'união', a 'lucidez' é tentada ao 'delírio' da "proximidade" que "autentica" relações.
Contudo, se o "objeto" de ambos (delírio e lucidez) pode ser o mesmo, outros são os "objetivos": o 'delírio' não sabe que é presa da sua própria aceitação; a 'lucidez' só quer da razão alcançar as pegadas, reencontrando ritos de passagem.
(Caos Markus)
DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012:"ALHURES"
Em sua complexidade, apoiando-se uns nos outros, nossos cérebros são construções jamais acabadas, ou, 'construções universais'. Este infinito situa-nos dentro da criação.
O quê falar desta nova forma de infinito, se o ilimitado cosmo, pois, nos supera pelas suas dimensões? Se o 'nada' nos causa grande temor pelo seu 'vazio', ?
Em direção a quê e a quem nos conduz?
Na Antiguidade e na Idade Média, os homens se consideravam reis e o centro da criação; minimizavam extremamente o infinito sideral e relegavam à ignorância os mundos exteriores.
Escapava-se-lhes ao conhecimento a escala de grandezas na comparação da terra e dos astros.
Via de consequência, percebiam a si mesmos no limite da sua típica ilusão.
Já com o darwinismo, foram vistos como filhos dos símios, desprovidos de interesse, efeito do acaso, sem outro objetivo na terra, senão a igual finalidade dos demais exemplares do reino animal. Inversamente, uma outra incompreensão, resultante da soma de excessivo materialismo com 'simplicidade' inoportuna.
Hoje, o ser humano (fundamento e fonte da reflexão) pode colocar-se no centro de qualquer coisa.
Será, todavia, situando-se no universalmente ordenado, alhures, que este homem estará de fato construindo o infinito.
(Caos Markus)
SÁBADO, 5 DE MAIO DE 2012: "PARTES"
SEXTA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2012: "HISTÓRIA SEM FORMATOS"
Não se conhecerá o passado tal qual ele de fato possa ter sido, apenas buscando como fonte sua articulação histórica. Essa é atitude a traduzir-se muito mais em apropriação de uma reminiscência, da maneira como ela se destaca no momento de uma ameaça.
Função e objetivo do materialismo histórico é, pois, a de fixar uma imagem do passado (como ela se apresenta, no instante do perigo), correlacionando-a ao sujeito histórico, por faltar-lhe a consciência disso.
O perigo ameaça não somente a existência da tradição, mas também os que a recepcionam, em passivo acatamento, através de seus co-respectivos princípios e dogmas. A ambos, o mesmo risco: entregar-se às classes dominantes, como seu instrumento.
Em cada época é preciso arrancar a tradição ao conformismo, que dela pretende apoderar-se. Pois, as intervenções messiânicas não surgem somente como salvação, mas ainda como as única capacitadas à vitoria na luta contra o mal que supostamente combatem.
O dom de despertar do passado a centelha da esperança, este é privilégio exclusivo do historiador, se convencido de que igualmente os mortos não estarão em segurança com o triunfo do mal, mesmo quando esse inimigo tenha por vezes sucessivas triunfado.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2012: "O VERAZ HIPOTÉTICO"
Exagerar as 'diferenças' e 'semelhanças' sobre as quais se baseia a classificação das coisas, isso é uma tendência natural do espírito humano, voltada à suposição de que as coisas, se chamadas por 'nomes' diferentes, serão absolutamente diversas, enquanto as denominadas por 'nomes' iguais' terão, reciprocamente, total identidade.
Tal comportamento causa males e injustiças incontáveis. Assim, por exemplo, na questão de 'raça' e 'nacionalidade', um europeu olhará ordinariamente para um asiático, considerando-o, muitas vezes, quase como se fosse um animal diferente. Mas estará, em todas as circunstâncias, disposto a considerar um outro europeu como necessariamente tão virtuoso quanto ele próprio. Parece-lhe 'natural', pois, tomar partido pelos europeus contra os asiáticos.
Não há (e todos sabemos disto), aceitemos ou não, veracidade em hipótese baseada na pretendida 'diferença' entre oposição dos nomes.
O valor dos nomes e dos termos está (sempre!) dissociado da realidade. Mesmo ante qualquer insistência na procura de supostas 'diferenças', restará incontestavelmente comprovado: 'nome' não é 'identidade'.
(Caos Markus)
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