Quanto mais eu repenso e mais convicção eu tenho acerca desta necessidade humana: preservar a psique através de toda e qualquer 'realidade' ficcionada; manutenção da 'alma' por representação, com outorga de mandato a divinizada superioridade. Todavia, ou por isso mesmo, somos nós mesmos os 'mandantes' do deus 'mandatário'.
(Caos Markus)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
TERÇA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2010: "CONSENSO REGENTE"
O materialismo histórico se vincula às filosofias burguesas da História, projetando uma identidade coletiva compatível com as estruturas universalistas do 'eu', em conformidade com o 'internacionalismo de uma só pátria', característico do socialismo.
A comparação entre o 'eu' e a evolução social ruma a ideias morais, de um lado, e a jurídicas, de outro.
Com efeito,Direito e Moral servem à regulamentação consensual de conflitos, institucionalizando a regência da "conciliação". Neste contexto, se prestam à conservação de valores, contra a "ameaça" da intersubjetividade entre indivíduos por si mesmos capacitados à linguagem e à ação próprias. É quando, suprimido o antagonismo, impõe-se a "harmonia" da submissão -individual e coletiva- às superestruturas do Estado, cravadas nesse mesmo direitom nessa mesma moral.
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 13 DE DEZEMBRO DE 2010: "ACLAMAÇÃO X PARTICIPAÇÃO"
Instituídas as "garantias sociais" do Estado (por exemplos, contra o desemprego, a fome, a mortalidade precoce), a 'família' perde, paulatinamente, suas funções tradicionais, notadamente, a de educar os filhos e, consequentemente, determinar o seu comportamento. Um efeito aparente do fenômeno a que se pode chamar de 'desprivatização'.
Neste quadro, no lugar do 'público pensador de cultura', surge o 'público consumidor de cultura'. E a discussão, o debate, tornam-se bem de consumo. Para isso, emergem as técnicas de jornalismo de massa, com o objetivo de distrair e não raciocinar. Pois, seduzem e impedem a emancipação.
O público, então, é chamado a aclamar, e não a participar do processo político.
Eis instaurada a moderna "garantia social": o espetáculo!
(Caos Markus)
DOMINGO, 12 DE DEZEMBRO DE 2010: "SUPRESSÃO E DESTRUIÇÃO"
A esfera pública perde a força do princípio que deveria norteá-la, qual seja, o da 'publicidade crítica, ao passo em que adquire mais amplitude, maior abrangência, esvaziando o setor privado. Porque essa esfera pública, burguesa, desenvolve-se no campo das tensões entre o Estado e a sociedade, de maneira a integrar, ela mesma, o segmento privado.
Não é outra a abordagem no neoliberalismo, onde a política intervencionista (já então revestidada de sofisticado aparato de dissimulação) assume -de forma sugestivamente imperceptível, indiretamente, mas nem por isso sem grande vigor- características típicas a um 'neofeudalismo'.
Transformada, notam-se a transferência de competências públicas a instituições privadas, a substituição do 'poder público' pelo 'poder social', e a estatização progressiva da sociedade. Por efeito, suprime-se a separação entre Estado e sociedade, face, ainda, a destruição da sua base, ou seja, a da esfera pública burguesa.
(Caos Markus)
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
SÁBADO, 11 DE DEZEMBRO DE 2010: "INFERIÇÃO"
SEXTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2010: "LEI CAPITAL"
A atividade de legislar é uma prática burguesa que expressa duplo grau de subordinação do indivíduo e da coletividade. Porque regulamenta a organização da sociedade civil nas condições da 'divisão social', e determina o direito dos "cidadãos" nas circunstâncias favoráveis à luta de classes.
O capital, guarnecido pela lei, combate de duas maneiras quem se lhe opõe: por meio da 'troca' e da 'negociação' ("conciliação"), em situações ditas normais de funcionamento dessa mesma sociedade; e através do Estado, em contextos de crise.
Assim, ninguém mais, ninguém menos, o capitalismo é sempre o vitorioso em qualquer sufrágio, pois garante a si próprio na coligação com o Estado.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 9 DE DEZEMBRO DE 2010: "DUAL"
Deus é uma indispensável invenção da psique ( enquanto personificação da alma), necessária à preservação da primariedade que, inconscientes, ficcionamos, a fim de à morte atribuir utopia, distanciando-nos da consciência utópica, só possível na realidade da vida.
A existência humana confirma-se romântica -atributo a nos permitir, pela reciprocidade de reconhecimento, co-existência ambígua, paradoxalmente confirmada na dualidade.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2010: "VIAGEM DE VOLTA"
Eu estou assustado.
A ambiguidade, minha companhia, divide-me:
sou abismo em mim mesmo -as dúvidas do inexorável.
Tudo ilógico e absurdo, não decifro os códigos
da alma itinerante (viagem nos tempos de 'estar').
Resgatar o tempo e recuperá-lo, no instante em que
ele tragou a felicidade, isso é impossível. A utopia!
Viver é perigoso quando pretérito e futuro
estão presentes, lado a lado, dia-a-dia.
Procurar o Deus perdido é confrontação com o absoluto:
o caos permanente, o sofrimento latente
na perene trama do desenlace fatal.
Voltar às origens quando não se sabe o caminho
é viajar às cegas, mais andarilho que peregrino,
mais instinto que razão.
Voltar: ideia futurista.
(Caos Markus)
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