Não sou amo de palavras cativas. Não sou escravo de palavras imperativas. Eu não as escolho, elas não me procuram. Não há conluio entre nós.
Apego-me a pegadas de pensamento ausente, seguindo trilha marcada a cada termo recolhido, num fragmento reconhecido.
Vocábulos são cifras cunhando signos de códigos remanescentes. Não as notas de uma canção, mas as notações da recomposição.
Não há delírio em tudo que não se vê. Muito não se vê porque consumado o vínculo, agregado à instituição padronizada, constituído por acréscimo no fomento à união .
Se a demência é presa da sua própria aceitação, a sanidade só quer da razão alcançar rastros dos ritos de passagem.
(Marcus Moreira Machado)