REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 11 de agosto de 2007
PÁTRIA AMADA, MÃE GENTIL !
Êta caipirada vagabunda, esta a nossa!
Mazaropis jeca-tatus, essa gentinha gente de fome intestina até come "vrido" para não cavar poço, sempre esperando a parte que lhe cabe neste latifúndio. Paus-de-arara, são papagaios na arte de imitar africanos do Zaire, Etiópia, Ruanda... Anda! Anda! Circulando!!
Por que essa cara feia de quem não comeu, não gostou e cospe no prato cheio de repolho com carne tirada do corvo? Por que caçar animal morto?
Hienas, esses zé(s)-ninguém sem eiras nem beiradas? Assim, na marginalidade das margens plácidas?
Ó, céus! Ó, azar! Tudo eu...! Cincoenta e um é melhor idéia, porque aos 50 qualquer ancião vira vagabundo.
Mundo, vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo...! Ora, ora!! Mas é este o meu nome: R A I M U N D O . Assim, com todas as letras maiúsculas desta minha vida minúscula... Seria uma rima pobre, sem alguma solução para os versos ínfimos dessa tragédia grega que contenta troianos acionistas da Indústria de Secos e Molhados. Aliás, por que não, se seca também é 'maçada'? E lenga-lenga, cota única a que tem direito quem não chove nem molha? Coisas do agreste, talvez.
Agressões à parte , certamente. Mas, contudo, entretanto, todavia... Do que falávamos mesmo? Ora, faz mal não. A gente dá a volta por cima e sacode a poeira deste chão de estrelas no horizonte do céu de anil; com ordem e muito progresso na estreita faixa presidencial.
Afinal, cantemos: "-Eu não sou cachorro, não...!". Nem cachorro nem vagabundo. Independente de qualquer coisa, sei não se cão que ladra não morde, porque no passado mordeu demais, na calada da noite dos frios porões que serviram de caserna a alguns especialistas treinados e afiados, de garras na rota do custo Brasil-tortura nunca mais.
Ó! xente! Intestinamente, a farofa enroscou na garganta cortada de outras Canudos, todas saqueadas, dizimadas, folhas mortas de história que o povo conta, tiradas do cordel, na literatura repentista medieval, que é o Brasil de agora.
Ó! cabra da peste! Da dengue, dos mosquitos que dormem na placidez ipiranga das vazias tigelas... ...!
Ó! quantas reticências neste pobre rincão hesitante! Sem lenço e sem documento, sem carteira assinada; Brasil provisório, de dois em dois anos um século de quinhentos anos descobrindo o quê "Holmes" diria "-elementar, meu caro...!". Para, enfim, exultante, num brado retumbante, revidar:
"-É a mãe!!!!".
MARCUS MOREIRA MACHADO
O REGIME
Um regime corrupto só na corrupção subsiste.
Mantem-se na corrupção como alguns bacilos na
porcaria.
O seu ódio ao bem é FUNDAMENTAL E ORGÂNICO.
A filosofia de vida de um tal regime é a filosofia do
porco: devorar! Mas como semelhante
compreensão da vida e do destino do homem é
por demais inconfessável, envolve-se o crime na
mentira, esconde-se a chaga em linhos brancos.
O regime, assim, declara-se bom, justo, forte.
Conta com milhares de HOMENS ARMADOS EM
GUERRA PARA MANTER A PAZ, escudar a lei e
sustentar o direito.
Tudo um engano, uma fraude, hipocrisia
descarada! Que significa então esse regime? O IMPERATIVO DA BESTA, a ditadura do mal. Converte a religião em sacrilégio, o direito em crime, a verdade em burla, a força em tirania. Os seus amigos são os inimigos da alma. Odeia o Espírito, porque o Espirito é bom, é belo, é justo, é verdadeiro. Se o santo, o sábio, ou o poeta não se identificam moralmente com o regime, e protestam, acusam, dizem o que sentem, fazem o quê pensam ... O regime mortifica-os pela fome ou pelo exílio, pelo cárcere ou pela calúnia. Age o regime como ASSASSINO DE DEUS, coveiro de almas! A ruína bruta é o de menos. Uma parede no chão, levanta-se; um banco falido, atulha-se de dinheiro, facilmente. Entretanto, a RUÍNA MORAL...! A morte de milhões de almas, milhões de idéias, de consciências...! É horroroso!! É pavoroso!! (compilação por Marcus Moreira Machado, de obras de Abílio Guerra Junqueiro, em 10 de agosto de 2007)
LEÃO DA METRO
O rato roeu a roupa do rei de... De onde foi mesmo? E foi por isso que o rei ficou nu? Seja lá qual for a razão, verdade é, ao que tudo indica, a ratoeira não funcionou.
Nem adiantaria, então, súditos fingirem admiração pelo manto real, restando-lhes somente a confirmação das ruínas onde o monarca absolutamente padecia.
E tu, duvidas?
Hoje só há lugar para incertezas na cabeça de quem pretende usá-la a fim de sustentar coroa, apoiado fragilmente em cetro carcomido pelos PODRES PODERES. Porque é ido o tempo em que havia tempo para passatempo. Agora, plenipotenciária é a horda conclamando nomadismo ao CAPITAL SEDENTO e insistente em - sedentariamente- permanecer no bolso dos fabricantes dos bolsões da CIGANA MISÉRIA.
Tudo facilmente inteligível, no curto-circuito-raciocínio de todos os chocados com o vertiginoso crescimento crepuscular do capim-gordura. Ora, não é público e notório que o mato, à noite e de dia, imita publicistas -os especializados em políticos, em nome de Deus e da rosa!?
E quem não sabe o valor decimal do dízimo tachado de taxa, utilizado, contudo, como âncora monetária no padrão dos vencimentos governamentais? Assim: notificados a respeito. E porque quem sabe, sabe; sabemos todos o que dizer ao déspota : "- OS RATOS ROERAM VOSSA ROUPA, SOB O MANTO DA NOITE, NA ESCURIDÃO DO VOSSO GOVERNO!
Ó, Herculano! Pompéia... Oh!!
Até tu, ó, Brutus!? Não foste o RATO PREFERIDO. O eleito senador da República em lugar do cavalo? Porque nem romano nem troiano, equino não havia igual à majestade de um hábil roedor...!
Dizei-me, pois, Babilônia, se Sodoma e Gomorra, se todas juntas superariam a CALÍGULA CRUELDADE de tão SOBERANA CONSANGUINIDADE ?
Não! Definitivamente, não!!
Ora, ora! Quem foi para Portugal ou para Curitiba, perdeu o lugar.
Também assim foi nas Cruzadas: cavaleiros perdendo o quê para trás ficou, no galanteio de cavalheiros trovadores, com a ousadia de desbravadores que NÃO RUGIAM A PREGUIÇA DO LEÃO da Metro em sequer roíam realeza. Porque, enfim, descobriram melhor brado, inovando no slogan: "- ABAIXO A ROUPA DO REI ! ".
Marcus Moreira Machado, em 08 de agosto de 2007.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
TRAMA
É MESMO UM PROCESSO O PENSAR, UMA
TRAMA EM TRÂMITE, EU DIRIA, TRAMANDO.
Marcus Moreira Machado
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
O REAL IMAGINÁRIO
Busca-se explicação para toda sorte de implicação. Tudo como se nessa atitude possível fosse o provável determinar a solução; o concreto subjugado à mera presunção. Nada mais inconveniente, tão-somente pela transcendência do superveniente esboçado no complexo dissecado. O REAL, afinal, preterido pelo IMAGINÁRIO.
Agora, a INDIVIDUAL experiência, como se tragada por incerta 'convivência', repele-le como impedimento ao indeterminado COLETIVISMO.
E por isso a minha, a sua, a nossa consciência, todas devem absoluta conformação à inconsciência do gênero, já menosprezada a espécie. A MORAL circunscreve-se a delimitação que julga vil a tangente, que confina e segrega tantos quantos escolham não estar de um ou de outro lado; distantes de secções ou intersecções.
Eis que a ALDEIA GLOBAL em pouco tempo tornou-se BABEL. Na particularidade surpreendente, todavia, de que se ouve em unissono e ininteligível pluralidade de dialetos; tudo numa geografia definida na ESTRATÉGIA DO PODER.
Discordar não mais faz sentido. Concordar ainda é meio termo. Aderir é o verbo e é o substantivo.
Servil, qualquer um de nós poderá servir-se no fausto do lugar-comum, já superado o antagonismo, morta a dialética, no apogeu da UNIFORMIDADE a que se deu o nome de CONSENSO.
A miséria, a ser socorrida não mais pela bondade; pontualmente, contudo, alvo das resoluções igualmente imaginadas como divina perfeição -na unção de redentoristas extremados que apregoam liberdade como PEDRA FUNDAMENTAL do logo inaugurado CATIVEIRO. O banal sacralizado,fetiche da nova ordem, objeto de reverência da COMUNIDADE mal habituada à admissão de premissa única como predicado e sujeito da conclusão.
Por isso, o PODER (não mera faculdade) como a certeza de apoderar-se. A preterição, enfim, da possibilidade. E a inflexão da potestade através da vulgarização -agora,batizada CO-PARTICIPAÇÃO- imprimindo realidade à débil imaginação.
MARCUS MOREIRA MACHADO
terça-feira, 7 de agosto de 2007
CRÍTICA E INTRIGA
Palavras se desgastam no tempo. E tanto se consomem que, não raro, já distantes do seu étimo, tornam-se vocábulos com sentido contrário ao original.
Exemplo hoje muito comum, o termo 'crítica' tem sido muito mais 'usado' que 'utilizado'; ou seja, tal expressão -por mal aplicada- perde o préstimo, ganhando significado diverso a qualquer admissível sinônimo.
Ainda que não completamente arraigada na determinação dos limites da razão humana; afastada, assim, do "criticismo" sistematizado na filosofia; a 'crítica' -entendida enquanto arte do julgamento da produção cultural e científica, ou compreendida na missão de esclarecer e corrigir costumes 'nacionais'- é tarefa importantíssima, porém, difícil, vez que a ela cabe, a par da doutrina, buscar aprimoramento moral.
Não por mera coincidência, nota-se contemporaneamente a correspondência, a reciprocidade, entre a degenerescência da civilização humana e a DECADÊNCIA DA CRÍTICA. Esta não é, jamais, substituível por leis, normas positivadas. Porque a correção pelos dispositivos legais nem sempre é tão incisiva quanto o é através da Crítica.
Se a lei impõe, não conseguindo atingir na totalidade a transgressão; a Crítica, por seu turno, descortina em ação refletida sobre os hábitos sociais.
Por isso, 'criticar' não é "intrigar". A malícia e a má-fé não estão presentes nos comentários da crítica, mas são a própria essência da intriga. Uma quer edificar, a outra busca a destruição.
Se o avanço da técnica, se o processo científico, atingiram, ambos, patamar surpreendente na evolução do homem, nos últimos cem anos; o oposto ocorre em relação à Crítica. E, decorrência, prejudicados têm sido os seus postulados fundamentados na instrução, na moralização e na correção; enaltecidos, sim, somente os valores firmados em sentimentos torpes -no ódio, na inveja, na soberba.
A intriga passou a ser então chamda de crítica, quando, antes, deveria ser criticada com severidade.
Contraditoriamente, às luzes esperadas com o domínio humano sobre as forças naturais, contrapõe-se atualmente o obscurantismo do PODER MINÚSCULO de tantos quantos julgam por 'inimigo' um mero 'oponente', dos que tacham de 'nocivo' o simples 'adverso' , SEPULTANDO A CRÍTICA COM A PÁ DA INTRIGA.
MARCUS MOREIRA MACHADO
Assinar:
Postagens (Atom)