Dominantes na vida dos seres humanos, a angústia e a culpa são fatores mais poderosos e profundos que a fome e o amor. Em diversos lugares, não o amor nem a fome, mas sim esta dualidade angústia/culpa é considerada como aquilo que apreende o mundo no íntimo. E não por menos, admite-se que se o medo não tivesse impelido as primeiras formas de vida a se colocarem a salvo -através de reações de 'fuga'; se as inibições culposas não se opusessem à agressividade dos indivíduos para com os de sua própria espécie; então a vida teria se autodestruído, extinta mesmo, muito antes de conquistar a criação do ser humano.
Este mais recente congelamento, o pavor que encobre angústia e culpa, contemporaneamente, tem explicação, todavia. Ou, pode-se afirmar, a sua origem é localizada. Ele está associado à prepotência atual da tecnologia. Pois é ela que leva os homens a se compreenderem e a se considerarem como sendo tão-somente uma insignificante peça no aparelho de uma gigantesca organização social. Contudo, convem observar, peças de máquinas não gesticulam nem de modo normal nem de modo histérico; e muito menos podem dialogar abertamente. Até quando essas peças são agregadas coletivamente, no objetivo de constituir-se o conjunto de uma máquina funcional, ainda assim, elas só se acionam mecanicamente, sem parar de girar em torno do próprio eixo.
No entanto, parece haver no tempo presente uma incerta 'Pedagogia' orientada a adestrar o maior número possível de pessoas, por meio de 'didáticas' heterodoxas, a aderir à crença de uma indefinida premiação por integrarem a engrenagem do modelo social estabelecido.
Ora, efeito imediato desse 'aprendizado', não se diz mais "Amo, logo existo". Afinal, 'existir' já não é mais necessário.(Marcus Moreira Machado)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 5 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
DOMINGO, 6 DE ABRIL DE 2008: "AMOR JUSTIFICADO".
Aceitando o relativo, o homem admite a possibilidade. E sua liberdade, então, é disponibilidade.
Valorizando exclusivamente o que parte de si, enxergará a liberdade absoluta na criação. Daí, nada se impõe, porque ser livre é, assim, criar espontaneamente, como jamais se imaginara.
Ora, se a disponibilidade não é uma aceitação de tudo, é, por outro vértice, um poder de tudo averiguar. Nada é ignorado por antecedência.
Com o campo da possibilidade aberto, não há porta alguma impedindo a entrada. Pois a vida é a paixão de esgotar tudo o que se lhe oferece.
Afastado de valores absolutos, não buscará viver melhor, mas sim viver mais, em intensidade que agora já é qualidade.
Contudo, somente o finito da sua condição pode levá-lo a essa paixão. Afinal, só a morte justifica o amor intenso pela vida. É este amor justificado, a revelar lucidez, que torna a vida sensível, aproximando o ser do mundo que é.(Marcus Moreira Machado)
quinta-feira, 3 de abril de 2008
SÁBADO, 5 DE ABRIL DE 2008: "ABOLIÇÃO DO REDUCIONISMO".
Somos convocados pelo 'espírito' da tecnocracia a ser os seus
realizadores.
Libertar-se dessa concepção reduzida do mundo, negando-lhe exclusidade, é conquistar uma nova relação, de necessidade absolutamente vital a todos nós, tão importante como a purificação do ar e da água.
Abolir o reducionismo a que nos permitimos é revolucionar, garantindo não apenas a preservação da espécie, mas o resgate do espírito individual na emacipação da alma coletiva.(Marcus Moreira Machado)
segunda-feira, 31 de março de 2008
SEXTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2008: "BIPOLAR".
Paradoxo do poder, da sua essência surgem duas contraditórias conotações. De um lado, a existência política do homem desenvolve uma racionalidade original, que o torna contribuição inseparável à humanidade. De outro, o poder é uma grandeza humana eminentemente sujeita ao mal.
Racionalidade e maldade, eis a surpreendente bipolaridade do poder!(Marcus Moreira Machado)
domingo, 30 de março de 2008
QUINTA-FEIRA, 3 DE ABRIL DE 2008: "MINIMALISMO EXPRESSIONISTA".
Eu sou um 'não querer' constante, que, sugestivo paradoxo, leva-me a desejos intangíveis, algo a guardar similitude com identidade jamais definitivamente alcançada; desgarrada, por efeito de ideologia mentora e monitora... apesar de tudo. Apesar de você, é sem pesar que não sou 'incluso', porque assim me reservo o direito de não ser um 'excluído'. Aos rótulos há que se imprimir rotação, a fim de restar preservado o eixo dos emblemas.Nem fantástico nem surreal, talvez inclinado a minimalismo expressionista, o meu 'não querer' não sabe o quê é bem-querer e desconhece o adverso, ignora mal-querer. Sem qualquer dogma da francesa aliança "Liberdade, Fraternidade, Igualdade", retiro-lhes as acepções, dissociando-as para que co-existam preteritamente.(Marcus Moreira Machado)
QUARTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2008: "PENSANDO O SENSÍVEL".
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