Hoje, inegável, o advogado também se proletarizou. Nada mal, não fosse a “remuneração” aviltante, escorchado o profissional por “honorários” insignificantes que, mesmo assim, o governo ( ou a falta dele, seria o mais correto ) paga quando bem entende, reservando-se o direito de tão somente “assumir” a sua própria falência, como se estivesse isento de dever, imune. Ora, sabe-se que muitos “beneficiados” pela Assistência Judiciária a procuram no intuito de isentarem-se do pagamento de custas processuais e até mesmo de perícias; e, de sobra, levam de graça essa figura híbrida, nem funcionário nem servidor público, nem autônomo nem liberal, uma ficção de assistencialismo estatal, uma vítima também da mendicância institucionalizada. Pois, igualmente ao número mais reduzido do que, verdadeiramente pobres, procuram e obtém a justiça gratuita, os advogados prestadores desse serviço tropeçam também no comodismo já tão peculiar aos profissionais da Educação, depauperados por vencimentos que são o reflexo da mais espetacular indiferença e hipocrisia de sucessivos governantes. Assim o advogado passa a não contar com os seu honorários pelos serviços que presta na Assistência Judiciária, tratando-os como uma “poupança” incerta que eventualmente poderá servir para cobrir alguma despesa. E a Justiça, por seu turno, torna-se um evento adiado.
(Marcus Moreira Machado)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 16 de maio de 2009
SÁBADO, 23 DE MAIO DE 2009:"OUTROS BRIOCHES"
Na pauta do dia , os órgãos de comunicação social alardeiam a derrocada da saúde no Brasil, enfatizando sempre o descaso com que as autoridades do setor administram o crucial problema a afligir centenas de milhares de pessoas. O sistema descentralizado, forma adotada como maneira a proporcionar um bom atendimento em hospitais e clínicas conveniadas junto ao governo federal, está falido, dizem; afirmam, em uníssono, que as fraudes constantes provocaram o atual descalabro, pelo rombo nos cofres públicos. As afirmações, se não exclusivas, indubitavelmente têm procedência em fontes fidedignas. Porém, muito mais que uma lamentável constatação, deveriam refletir um alerta aos ardis do assistencialismo do Estado que, a partir do empobrecimento da nação, vitimada por administrações perdulárias, pratica uma atividade tão remota quanto a prostituição, ou seja, a “filantropia”, e o faz buscando confundi-la com um execrável e inapropriado sinônimo, a mendicância.
Esteriotipando, estigmatizando, o Estado confere acepção incorreta e inidônea às relações em sociedade, e trata o seu virtual cidadão como um plebeu inferior que, embora com direito a voto, ainda vive sob o império da discriminação do “aparthaid social”. Assim é que, restrito ainda à figura do velho coronelismo colonial e republicano, a “res publica” aqui é “privatizada” , disfarçando-se à no nocivo hábito da mendicidade escamoteada. E já incapaz até mesmo de cumprir o lamentável papel de altruísta abnegado a distribuir brioches à multidão faminta, o Estado “confere” agora à iniciativa particular através do convênio de medicina privada, o “direito” de desproteger a saúde pública. O que se observa é a proliferação e a “proletarização” do suposto atendimento médico, em criação de uma sub espécie de “concessão” do serviço público.
(Marcus Moreira Machado)
SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2009:"À VENDA"
Dorothy Parker blasfemava ao dizer “O dinheiro pode não comprar a saúde, mas eu me contentaria com uma cadeira de rodas cravejada de diamantes”? Hein?! Diga lá você que está em seu esconderijo de centrais únicas e filiais múltiplas do pensamento nacional das bases trabalhadoras. Você que tanto apregoa combater as oligarquias, você já parou e refletiu na possibilidade oligárquica do seu governo de poucas pessoas e poucas idéias?!
Pois, eu me vendi, confesso. Houve e há quem queira me comprar pelo preço que eu peço; e é muito mais do que o reivindicado nos vãs discursos febris em fabris comitês da “mais-valia”. Não dividirei a minha competência com ninguém; não socializarei a incompetência de alguém que - eternamente vítima - não se dispõe a trabalhar e só vive a reclamar.
Um mercenário das idéias eu sou, se preferirem assim. Sou pago para pensar por quem não tem tempo ou capacidade ou vontade de o fazer. Elaboro teoria para a práxis do meu “cliente”, mais ou menos como se faz em propaganda e marketing. Não sou megalomaníaco nem prepotente, muito pelo contrário, eu me contrario, me desfaço sempre dessa onipotência tão comum nos preguiçosos, o que certamente me assegura estar acima da arrogância dos mais vulgares.
Eu me venderei tantas vezes quantas puderem me pagar, observando que a contradição e o máximo da criatividade.
(Marcus Moreira Machado)
QUINTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2009:"O ENREDO DA POMPA"
"De onde viemos, onde estamos, e para onde vamos?" Se há uma indagação constante e comum a todos quantos questionem a existência humana, sem dúvida ei-la. Por humanidade, aliás, deveríamos entender muito mais a nossa peculiar "natureza" do que a mera questão racial, contida esta num gênero da criação. E, a prevalecer aquela "essência", é de se notar que a civilização, compreendida como um estado de progresso e cultura social, tem relegado o próprio homem a inferioridade jamais imaginada, reduzindo-o a um mutante que age ao acaso, despreocupado e descomprometido com a razão como atributo singular, e desapegado da sua transcendental condição.
A sociedade contemporânea, marcada por profundas transformações, tem na insegurança intelectual e moral a causa maior da sua degeneração, exigindo, pois, corresponde transformações na educação e seus planos, Sob esse aspecto, muito corretamente advertiu Piaget, para quem a vida coletiva se revela indispensável ao desenvolvimento da personalidade, inclusive em relação aos característicos mais intelectuais, sendo certo, então, que somente uma comunidade de trabalho, com alternâncias entre o trabalho individual e o trabalho de grupo é capaz de revitalizar uma agregação desarticulada pela ausência de idéias e de sentimentos coletivos.
Se por um lado a educação é um fenômeno eminentemente social - como já Emile Durkheim -, por outro temos, como experiência inconteste, o caos como nefasta conseqüência da omissão num imprescindível "ensino em profundidade", a substituir, necessariamente, o "ensino em extensão". Suprimiu-se, hodiernamente, a concepção racional de Voltaire, numa abordagem mais abrangente de todos ao assuntos da cultura humana, pela pressuposição de que o conhecimento é sempre mais aprimorado quanto maior for dividido em "especialidades". Naturalmente, essa a divisão estanque contribuiu apenas para o progresso técnico, prejudicando a evolução da moral que, por sua vez atrofiada, mais retrocede à barbárie típica dos primórdias do homem na terra.
Desprovidos de amplas filosofias, já nem menos perguntamos "onde estamos", ansiosos por uma sobrevivência estéril e, por isso mesmo, frágil. E não alcançamos nada além de abreviar a própria existência, decretando a morte como "garantia" da vida. Porém, por demais inconfessável, projetamos um cenário de epopéia, atuando em espetáculo magnífico e dissimulado, voltado para platéia de atônitos espectadores, todos pagantes no enredo em que são coadjuvantes.
(Marcus Moreira Machado)
QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2009:"ONDE É"
A "direita" (se é que ela existe) acha que eu sou um impostor; a "esquerda" (se é que ela existe) acha que eu sou um traidor. Ninguém me ama, ninguém me quer! Será que todos são assim tão felizes, que não precisam de mim, um infeliz? Ou, será, tão únicos que um outro menos é ainda ,menos que isso, não é ninguém? Eu tenho as minhas dúvidas. E tenho as minhas certezas.
Eu sei que a certeza de cada um está em imaginar que o outro, além de cada um, nada sabe; porque é a melhor maneira de não se admitir a própria incerteza. Mas, em comum temos todos os dias todos, todos iguais, cheios de esperadas e não desejadas surpresas. Como essa mais comum, em que você programa uma noite daquelas, com direito a tudo e algo mais; e vem a noite; e você querendo que a noite nem tivesse vindo, que jamais tivesse existido, tão ruim que ela é. E você pensa em ir embora para lugar nenhum, pois que o seu lugar nunca existiu, depois do sonho breve, do delírio vulgar.
Ou será que eu sou um peixe fora d'água. Ou, será que eu não preciso de água, porque não sou peixe algum? O que será, que será? Será que eu já era, e vocês também? E, porque jamais fomos ou conseguimos ser, inventamos isso tudo? Inclusive que há divisão, demarcação pela idéia (que ninguém tem), pela cor (que todos têm), por isso e mais aquilo (a mais pura falta de ser)?
Eu espero você aonde não estaremos juntos: em mim e em você. Você se capacitando para ser uma possibilidade; eu me possibilitando a sua incapacidade.
Ora, ora bolas! Que mania é essa, a de precisar de diferenças, para no fim sermos assim tão iguais! Bolas, ora! Que inexplicável compulsão, cheia de razões a inexplicar tudo o que é mais simples, como é o medo, como é a breve loucura de não chegar lá porque não se sabe onde é e nem se é, ou porque é, ou deva ser!
(Marcus Moreira Machado)
TERÇA-FEIRA, 19 DE MAIO DE 2009:''QUALQUER DIREITO"
Você tem o direito de ir e vir; você tem o direito de permanecer calado; você tem garantida, indistintamente e independentemente de sua cor, de sue credo, de sua consciência, de seu pensamento, e de sua convicção filosófica ou política, a sua liberdade, a sua propriedade, a sua expressão artística, intelectual ou científica.
Das duas uma, ou três: ou você tem direitos demais, porque além de todos aqueles outros ainda se acha no direito de não ter dever algum; ou você nem sabe o que é direito, e por isso segue o seu próprio, ainda que por causa disso outros como você façam o mesmo; ou você não deveria nem ir e nem vir, porque você, ficando sempre num lugar só, é um perigo menor, porque calado você diz menos besteira e, por conseqüência, evita o prejuízo maior de manifestar, sem distinção de qualquer natureza, "filosofias", "políticas" e "credos" tão inconscientes e inconsistentes.
Sendo você uma daquelas pessoas que leu tantas vezes quando pode ou conseguiu o livro do Fernando Moraes, "A Ilha", provavelmente já se tornou a própria, e, do alto da casa "cultura" forjada na atividade intelectual alheia (pelo seu sagrado direito de imitar a tudo e a todos; também este inviolável), é justamente contra a propriedade e a favor da segurança, entendo esta última de maneira peculiarmente privada.
Como para você "asilo" é muito mais um abrigo para os desvalidos e psicopatas, ou contrário de um lugar onde se protege a família, você acaba por discordar da inviolabilidade dos manicômios e dos albergues noturnos, propugnando pela liberdade do livre exercício do direito de resposta ainda não constituído aos loucos genericamente expurgados da sua convicção, da sua honra, da sua intimidade, da sua imagem e semelhança. E, para tanto, quer internações coletivas para assegurar o livre exercício dos cultos religiosos que, por serem assim tão "cultos" quanto você é, deverão professar as suas liturgias no claustro e no anonimato, sempre com o direito de resposta proporcional às entidades civis e militares. Certamente, você dirá que leu Basaglia, confundindo-o com um jurista italiano; e não menos certo, você defenderá que, pelo princípio constitucional da "função do orgasmo", do dissidente de Freud, é livre a criação de associações e conjunções inspiradas em Reich.
Pelo seu direito de herança - que você exercerá até os tribunais de últimas instâncias -, definitivamente qualquer trabalho, ofício ou profissão não estará subordinado às qualificações profissionais, e sim, nos termos da sua lei, à livre locomoção no território nacional dos bóias-frias sujeitos à fiscalização do aproveitamento econômico para resguardar o interesse público de iminente perigo. E, tendo em vista o desenvolvimento tecnológico do país, você acredita que tem o direito de receber dos órgãos públicos informações do seu interesse particular, desde que a lei assegure a participação individual em obras coletivas.
Como sua pretensão é atender a função social, você e seus amigos-da-onça poderão reunir-se pacificamente para garantir a utilidade pública, decretando por pequena propriedade rural toda fazenda em que trabalhe a família dos seus colonos, admitindo, então, a pena de morte ou trabalhos forçados, conforme o caso, aos que não sejam condenados em caráter perpétuo à prestação alternativa.
Por remuneração superior do serviço extraordinário, jamais haverá fundo algum inferior a indenização compensatória equivalente à participação na gestão das estatais, como forma de remuneração a pessoas que, como você, visem a melhoria de sua condição social.Você tem até o direito de chamar a Constituição de "Constituinte", porque, quem sabe não tem razão, ela, ainda hoje, não está de todo concluída, fragmentada por um também longo processo revisional visto e revisto de acordo com a oportunidade (ou seria aportunismo?) político; você também tem mais esse "direito" - a de confundir o substantivo feminino com o adjetivo. Ora, escreva a sua própria Constituição. E por que não? Afinal, toda nova Constituição é, de início, inconstitucional, se comparada à sua predecessora.
(Marcus Moreira Machado)
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2009:"BRASILZÃO"
Ao tempo de Dona Maria Leopoldina, primeira esposa de Pedro I, não havia no Brasil nenhuma Delegacia da Mulher. Infelizmente. Caso contrário, não teria a nossa primeira dama, digo, imperatriz, sofrido as sevícias que sofreu, constantemente espancada que foi pelo consorte, vítima mesmo de pontapés no ventre quando grávida, o que teria ocasionado a sua morte.
Mas, por outro lado, o país, durante o período administrativo do príncipe Maurício de Nassau, possuiu um tipo de câmara municipal que parece ter servido de modelo a muitos atuais vereadores. os 'escabinos' (expressão equivalente a uma determinada categoria de magistrados) já àquela época tinham a reputação de ambiciosos, avarentos e tirânicos, e, embora sua gestão tenha sido considerada eficiente, a 'Câmara dos Escabinos' era muito mais temida que respeitada.
Se diferença existe com os contemporâneos edis, é que esses não demonstram competência alguma, ineficientes que são, só guardando semelhança com os seus antigos pares no que diz respeito à ganância.
E hoje, quando tanto se fala em separatismo, forçosamente temos na lembrança uma "República de Piratinim", instalada na Serra dos Tapes, por dez anos. ou, também, uma "República Juliana", proclamada pelos insurrectos gaúchos, no movimento farroupilha, na Vila de Laguna, Província de Santa Catarina. Ou, ainda, uma "República Baiense", dos partidários do Dr. Francisco Sabino Alves da Rocha Vieira. E, convém lembrar, não se imaginava à época qualquer concepção nazi-facista, como o hodierno movimento separatista no país, ou - mais corretamente - 'A Revolta dos Ricos', em que 'as regiões mais ricas querem jogar as mais pobres para a periferia', como assevera Mário Maestri, ao explicar o fim provisório dos ideais universalistas, com a queda do Muro de Berlim.
À sua maneira um tanto peculiar, Portugal, ao tempo do Brasil colonial, promovera a 'reforma agrária' (hoje parte integrante dos discursos da esquerda política nacional), ou seja, a ocupação de terrenos incultos ou abandonados por tantos quantos fossem favoritos da Coroa, constituindo-se as 'sesmarias', tudo através da repartição de uma gleba através de 'sêsmas', o equivalente a sexta parte. Nesse caso, se há distância na forma e no tempo, há, também, similaridade entre os 'agraciados' de ontem e os 'apaniguados' de hoje. Ou não?Nesse aspecto, a cautela em nossos dias deveria ser redobrada, pois não vai muito tempo para os proclamadores da um tanto vaga 'nova ordem' recorrer ao loteamento brasileiro em minifúndios ou pequenos feudos, instituindo nova modalidade de 'capitanias hereditárias' - o início de propriedade privada para os 'socialistas' pobretões que nada possuem. O cuidado seria ainda mais necessário se pensarmos que o regime das antigas 'Capitanias Hereditárias' era o de pleno domínio, a conferir autonomia a cada lote. Podemos imaginar um Brasilzão todo dividido em centenas ou milhares de 'quinhões' aos fiéis colaboradores da Internacional?! O caos? Talvez não. Quem sabe socialistas e fascistas vissem os seus sonhos distintos realizados num único projeto!
(Marcus Moreira Machado)
DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2009:"PRESA SÉRIA"
John Steinbeck, prêmio Nobel de Literatura de 1962, procura, em sua magistral obra "A Leste do Éden", fazer com que nos defrontemos com o Mal que está em nossos próprios corações, indagando: "Quem não sondou as águas escuras de sua mente?"
Embora refletindo o espírito norte-americano de um período histórico, o da depressão de 1929 e a subseqüente política de recuperação econômica, atravessando o pós-guerra até o estabelecimento da Guerra-Fria, "A Leste do Éden" é, na verdade, uma ênfase da 'individualidade'. Essa preocupação mais abrangente de Steinbeck aflora em sua epopéia, permitindo-se à observação não restrita à época e local. Nesse sentido, o romance destaca-se ao considerar: "... há técnicas da mente humana pelas quais, nos recessos mais profundos, os problemas são analisados, rejeitados ou aceitos. Tais atividades envolvem às vezes facetas que um homem não imagina possuir. Em muitas ocasiões se vai dormir perturbado e cheio de angústia, sem saber qual é a causa. Pela manhã há um novo rumo e lucidez, talvez resultados do raciocínio nas profundezas. E há também as manhãs em que o êxtase borbulha no sangue, a barriga e o peito estão tensos e eletrizados de alegria, sem que nada no pensamento possa justificar ou causar tal estado."
Essa instabilidade a caracterizar o ser humano torna-o presa fácil dos seus instintos mais remotos, é de se notar. Mas, admitir essa fragilidade como ponto de partida para o auto-conhecimento não tem sido padrão para nenhum de nós. Muito pelo contrário, aparentar um equilíbrio sustentado por condutas supostamente mais de acordo com o "homem civilizado "é fingir seriedade repondendo a um modelo fundamentado na farsa e sua conseqüente inversão de valores. Dessa maneira garante-se credibilidade aos que de fato não a possuem, mas que projetam a imagem desejada pelo cinismo a que se resolveu intitular sobriedade.
(Marcus Moreira Machado)
quarta-feira, 13 de maio de 2009
SÁBADO, 16 DE MAIO DE 2009: "LADOS"
segunda-feira, 11 de maio de 2009
SEXTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2009:"QUANDO"
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