REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 30 de abril de 2011
TERÇA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2011: "SUJEITO: SUBSTÂNCIA PERMANENTE"
SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2011: "ABSTRAÇÃO: ESTRATÉGIA DO INTERVENCIONISMO"
Na economia, como nas demais ciências humanas, os conflitos de valores ocupam um lugar destacado, a ponto de ser praticamente impossível, atualmente, afirmar-se onde termina a teoria econômica (científica) e onde começa a doutrina ideológica ou política. Em geral, os economistas com maior frequência intervêm, de maneira cada vez mais direta, nos assuntos privados e públicos. Equivale dizer: a economia-ciência está intimamente integrada ao seu contexto social e político.
Abordada sob a análise do grau de certeza do conhecimento científico, a economia se faz notar pela sua característica de duplo movimento: no plano tecnológico, ela constrói complexa estrutura abstrata, progressivamente renovada face uma instrumentação original; ao nível da determinação de seu objeto, orienta-se em direção a uma concepção que, de forma crescente, a vincula às ciências humanas. Entretanto, a análise aprimorada dessas duas dimensões leva ao reconhecimento de que, enquanto ciência teórica, a economia já não está dissociada de suas técnicas de aplicação. Com efeito, 'teoria' e 'prática' não somente dão sentido uma à outra, mas também se determinam reciprocamente.
Por isso mesmo, a economia é hoje programaticamente intervencionista, ou seja, reflete uma praxeologia, posto que intervém na medida em que busca prever fatos econômicos. E de maneira ainda mais radical, intervém ao racionalizar planos desenvolvimentistas, atuando na escala de uma grande unidade econômica, para então organizar, ao seu modo, sua estrutura e seu funcionamento. Organiza e controla as relações de produção e de distribuição em uma sociedade inclinada à satisfação de delimitados ideais humanos.
(Caos Markus) DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2011: "PODER E MORTE"
Sistemas sociais, instituições e grupos, generalizadamente, são (paralelamente à especificidade dos seus objetivos) instrumentos de busca e manutenção do 'poder'. Este desejo de 'poder' sempre está vinculado à originária condição humana. E, por isso, adquire qualidade de substrato dinâmico às adversidades de cada um de nós na relação com a vida.
Seres humanos são, contudo, capazes de inibir seu próprio desenvolvimento psíquico (comprometendo gravemente a realização de projetos que justificariam a sua existência), a partir de mecanismos autodestrutivos, desde as mais comuns somatizações até a extremada e singular conduta do suicídio.
De maneira análoga, também os sistemas sociais aniquilam-se, ou "suicidam-se".
Foi assim com a desintegração do Leste Europeu. Hoje, à semelhança desse passado ainda próximo, é igualmente o que se verifica entre os países árabes, sem discussão, aqui, das múltiplas causas externas e dos escusos interesses presentes nessa cisão.
Tão-somente em menor proporção, também os grupos se autoflagelam. E o fazem tanto por meio das fragmentações institucionais quanto através das dissidências.
O poder que mata é, pois, o mesmo que se mata.
(Caos Markus)SÁBADO, 18 DE JUNHO DE 2011: "RECUSA NO REGRESSO"
A fragmentação do nascimento e a consequente necessidade de adaptar-se às exigências de uma realidade que confronta o ser humano com a evidência de sua limitação (e, posteriormente, com a sua finitude) o levam a desejar o retorno ao estado de 'onipotência original', numa representação mental do paraíso, sem angústias e conflitos, sem ambições a demandar plena satisfação e, por efeito, com o imaginário condão de admitir a vida como se dela ausentes estivessem as vicissitudes que se lhe são intrínsecas.O impulso, então, se opõe à vida e às suas manifestações, mormente, ao desejo de crescer e aceitar os desafios do percurso existencial. Essa pré-cognição busca ocultar o incômodo instinto da morte. Portanto, seu objeto será o regresso àquele primário estado de 'onipotência original', cujo paradigma traduz-se pelo narcisismo primitivo, presente na fase anterior mesmo aos primeiros meses de vida do ser humano.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
QUINTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2011: "MÃO DUPLA"
TERÇA-FEIRA, 14 DE JUNHO DE 2011: "DUAS FORMAS DE UM SÓ REGIME"
Considerando-se 'legitimidade' e 'legalidade' como dois distintos requisitos do 'Poder', a legitimidade é pressuposto da 'titularidade', enquanto a legalidade é premissa do 'exercício do poder'. Os dois constituem-se modos diversos de 'justificar' o poder: o primeiro é usado na justificação do 'título' do poder; o segundo é utilizado para avalizar o 'exercício' desse poder. Ao se exigir que um poder seja legítimo, deve-se concluir, pois, que ele possua um justo título para detê-lo, porque quando se invoca a sua legalidade, é esperado que venha exercitado justamente. A 'legitimidade', por efeito, refere-se ao titular do poder. A 'legalidade', ao governado. Neste sentido, tal distinção corresponde à tradicional diferença entre duas formas de um só regime: o da tirania. (Caos Markus)


