O golpe de 64, no Brasil foi o marco zero de uma ofensiva econômica e política do imperialismo e da sua aliança local, ampliada no panorama de toda a América do Sul.
A partir de então, mais acentuadamente em 1968, o Brasil passou a ser o alvo preferencial dos investidores de empresas multinacionais, considerados todos os demais países sul-americanos.
Com efeito, não por menos, o Brasil assumiu a função de guardião continental.
Através de uma coalizão com a burguesia nacional, tanto militar quanto econômica, os Estados Unidos, aqui, disseminaram a idéia da responsabilidade brasileira na luta contra-revolucionária pelo continente afora, para, em troca, 'permitir-nos' ser o pólo a partir do qual a organização imperialista estabeleceria seu planejamento de integração econômica e de exploração subcontinental.
No final dos anos 60, a maior parte dos investimentos das multinacionais americanas, européias e japonesas foi concentrada no Brasil, impulsionando a economia do país, ao passo em que as economias da Bolívia, Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai, os paíse ditos 'periféricos', experimentaram pouco progresso, ou, em alguns casos, até mesmo quadros recessivos.
Perceptível, nos bastidores desta 'evolução', acentuada tendência de procura, pelas multinacionais, de uma 'racionalização' das economias latino-americanas, visando, sim, a conquista do hemisfério com a hegemonia norte-americana.
A "integração", enfim, realizável somente com a destruição das economias nacionais.Evidente restou o objetivo dessa política: nova divisão internacional do trabalho ao sul do continente americano, utilizado o Brasil como meio na consecução da empreitada, e limitado cada um dos nossos vizinhos a especialização de determinados produtos, dirigidos a equilíbrio no mercado regional, como reflexo direto das metrópoles do imperialismo.
Via de consequência, confirmou-se um enfraquecimento das burguesias locais no controle relativizado das suas próprias economias, em favor da dominação sempre maior dos Estados Unidos, acompanhada da "superioridade" para cá trazida pelos norte-americanos.
Nota-se, pois, que houve no período um 'subimperialismo' brasileiro, traduzido por sua supremacia em relação aos demais países da latino América.
A 'lógica' na procura do máximo lucro, percebe-se, enfraquece o capitalismo, caracterizando o imperialismo atual a inevitável contradição. Porque, de um lado, ele deve ampliar sua base de acumulação (explorando um maior número de trabalhadores). Mas, de outro, a fim de pôr na prática o seu objetivo, o imperialismo faz da super-exploração a sua norma, com a queda de poder real de compra dos trabalhadores.
O resultado é a contração de mercados nos quais o capitalismo deveria vender as suas mercadorias.
Muito do que atualmente se vê na debilitação da economia norte-americana é consequência, a longo prazo, do seu anterior enriquecimento a curto prazo.
Infere-se, o imperialismo tem o seu "calcanhar de Aquiles". Contudo, o surpreendente é que a queda desse domínio imperialista ocorra pelo passo em falso do 'gigante', torcendo o 'calcanhar'.
Até que, uma vez no chão, o seu próprio peso o impeça de se levantar.
Talvez uma 'ironia', a constante preocupação dos EUA com a contra-revolução limitou a sua ocupação em instrumentalizar meios para impedir uma "contra-evolução" da sua hegemonia.
(Caos Markus)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sábado, 4 de agosto de 2012
QUARTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2012: "SATURAÇÃO"
De maneira ampla e contundente, a linguagem impregna a experiência direta.
Para a maior parte das pessoas, toda experiência, real ou potencial, é saturada de verbalismo.
Isso talvez explique porque tantos amantes da natureza não sentem que estão verdadeiramente em contato com ela até que tenham dominado os numerosos títulos de flores e árvores.
Tudo como se impossível fosse aproximar-se da natureza, a não ser dominando, apreendendo, antes, a terminologia, que, de algum modo mágico permita então expressá-la.
É esse constante intercâmbio entre as 'linguagens' e a 'experiência' que afasta a própria linguagem da fria posição de sistemas pura e simplesmente simbólicos, tais quais a simbologia matemática ou as demais espécies de 'sinalização'.
O valor social primário da 'fala' reside, pelo que se constata, na eficiência do conjunto de indivíduos em sintonia com o alívio das tensões sociais.
(Caos Markus)
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2012: "AS IDEIAS NO SISTEMA MATERIAL DE PRODUÇÃO"
Discutir e chegar a conclusões sobre a origem dos fenômenos é essencial à análise científica, porque possibilita a explicação da causa do fenômeno.
No que diz respeito às ideias, geralmente há mais do que uma teoria (o acervo discriminado de ideias) para explicar fenômenos importantes.
As ideias têm a sua origem na base real ou material da sociedade, de tal forma que não seria nenhuma surpresa descobrir que elas também tenham forte vínculo com a posição das pessoas, no sistema material de produção na sociedade.
Essa relação das ideias e, portanto, da ideologia (um conjunto organizado de ideias que expressa os interesses de determinado grupo social, especialmente classes sociais), com a posição do indivíduo no sistema material de produção, leva à conclusão de que determinadas teorias são fortemente relacionadas a classes sociais precisas.
É sempre possível, portanto,vislumbrar nas teorias pontos de vista que servem aos interesses de determinada classe social, mesmo que a teoria forneça uma explicação lógica de um tema sob investigação e, à primeira vista, possa parecer isenta.
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2012: "FENOMENOLOGIA DA GÊNESE ESTATAL"
As teorias burguesas sobre as origens do Estado podem ser divididas em duas
variantes. Segundo uma delas, muito popular, sempre houve a instituição social do
Estado, enquanto, de acordo com a segunda, o Estado é presente apenas em
'sociedades complexas'. Apesar da aparente diferença, a primeira versão e a segunda têm algo muito importante em comum: o Estado é uma necessidade por causa de características
gerais da sociedade. Enquanto, na primeira, o Estado é necessário para controlar
e regulamentar o comportamento social de todos os habitantes, na segunda, este
controle só se torna necessário depois de a sociedade alcançar um grau
específico, em número e densidade, de relações entre os habitantes. Em ambos
os cenários, a sociedade é vista como algo coeso, sem divisões fundamentais.
A respeito da função, embora haja diferenças neste quesito também, mais uma
vez não são significantes. A idéia mais difundida é a de que o Estado representa
os interesses de todo mundo – a sociedade inteira. Ele existe para chegar a
soluções que levem em conta os interesses da população como um todo, o que
pressupõe, evidentemente, que não haja nenhum conflito de interesse
fundamental entre as pessoas. Isso corresponde à idéia da sociedade unida.
Outra teoria da função afirma que o Estado não representa a sociedade inteira,
mas é necessário para evitar o caos social gerado pelas diferenças de interesses
sociais. O significado de “diferenças de interesses sociais” é interpretado à luz da
teoria reacionária que pressupõe que o povo é selvagem, isto é, ele tem uma
camada fina de “civilização” que pode desaparecer a qualquer momento por
motivos imprevisíveis e triviais, assim gerando a desordem social. Na realidade,
percebe-se que este pensamento também se baseia na idéia do bem estar geral,
porque o controle da maioria “ignorante e inculta” pela minoria “desenvolvida e
inteligente“, de acordo com as suas normas, supostamente funciona em beneficio
de todo mundo, já que, se não for assim, a massa selvagem criaria problemas
para si mesma. Então, segundo a teoria burguesa, as principais características do Estado são as de garantir o bem estar de todos e a ordem numa sociedade que deve sempre se
apresentar de forma unida e não conflituosa.Obviamente, uma teoria classista, posto que, na prática, constata-se exclusivista, em absoluto.
(Caos Markus)
DOMINGO, 19 DE AGOSTO DE 2012: "ÓTICA MARXISTA DA ORIGEM DO ESTADO"
O pensamento marxista sobre a questão da origem do Estado é incisivamente singular. A respeito da sua função, Marx e Engels, no Manifesto do Partido Comunista, afirmam que o governo do Estado moderno não é mais do que uma junta que administra os negócios comuns de toda a classe burguesa. Sobre sua origem, Engels escreveu, em 'A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado': " (...) um produto da sociedade, quando esta chega a um determinado grau de desenvolvimento; é a confissão de que essa sociedade se enredou numa irremediável contradição com ela própria e está dividida por antagonismosirreconciliáveis que não consegue conjurar. Mas para que esses antagonismos, essas classes com interesses econômicos colidentes não se devorem e não consumam a sociedade numa luta estéril, faz-se necessário um poder colocado aparentemente por cima da sociedade, chamado a amortecer o choque e a mantê-lo dentro dos limites da 'ordem'. Este poder, nascido da sociedade, mas posto acima dela, e distanciando-se cada vez mais, é o Estado”. Como resta evidente, conforme essa abordagem, o Estado nasce como o resultado do aparecimento de classes sociais. Portanto, não é uma instituição que sempre existiu. Tampouco representa o interesse geral da sociedade. A ordem imposta pelo Estado contemporâneo, por exemplo, é bem específica. É a da classe dominante capitalista, a exercer permanente pressão contra os interesses da classe trabalhadora. O Estado é, com efeito, um aparelho de domínio; tem ao seu serviço grandes grupos de pessoas, partidos políticos, agremiações paralelas (muitas vezes armadas, como é o caso das "milícias", hoje tão comuns no Brasil). Entidades que reclamam para si o exercício exclusivo do poder. Em proveito de quem o Estado cobra impostos? A serviço de quem recruta soldados, forma contingentes policiais no exercício do poder e da dominação? O Estado não é um fenômeno natural;não existiu sempre. Os primeiros homens passavam bem sem ele. Podiam impedir qualquer transgressão da ordem existente na comunidade primitiva sem recorrer a um Estado. Somente numa certa etapa do desenvolvimento econômico, quando a sociedade encontrou-se dividida em classes, é que se tornou possível (e por isso necessário) um instrumento especificamente destinado a reprimir os explorados. A apropriação pela classe dominante de uma parte dos valores criados pela classe trabalhadora apenas é possível se a primeira for capaz de obrigar a segunda a produzir para ela. O Estado torna-se, assim, uma necessidade. A classe dominante (tanto os escravagistas quanto os senhores feudais ou os capitalistas) precisa do Estado para garantir a seu prevalecimento econômico, isto é, o seu sistema de apropriação de mais-valia, o seu domínio sobre o trabalho não remunerado, o seu sistema de exploração do homem pelo homem. Necessita, portanto, do aparelho que lhe permita, pelos mais diversos meios (inclusive o da coação física), assegurar a aplicação das 'regras jurídicas' e 'morais' referentes à manutenção da sua "ordem". A repressão que se abate sobre a classe dominada, quando esta tenta livrar-se do jugo econômico da classe dominante, traduz a verdadeira essência do Estado nas sociedades de classes antagônicas. O Estado nasceu, sim, das lutas de classes, e constitui o aparelho a garantir a opressão de uma classe sobre outra.Isto significa: o Estado não é eterno, considerando já ter havido uma época em que ele não existia. E ainda mais importante é constatar que ele não existirá sempre. Senão, vejamos.O Estado na Antiguidade era, sobretudo, o aparelho utilizado pelos senhores de escravos para reprimí-los; o Estado medieval era o aparelho dos senhores feudais para repressão dos camponeses, mantendo a sua exploração; o Estado burguês é, destacadamente, o aparelho usado pelos capitalistas para subjugar e preservar a exploração de operários e outros assalariados. Sendo assim, o Estado tem necessariamente de adquirir uma certa autonomia, que pode ser maior ou menor. Porque ele tem de estar em condições de contrariar os interesses deste ou daquele membro da classe dominante que lese os interesses de toda a classe.O fato de o Estado atuar de forma muito dura, algumas vezes, contra membros isolados da classe dominante, dá origem, frequentemente, à ilusão de que esse mesmo Estado age objetivamente. No entanto, o Estado burguês somente impõe os interesses objetivos (e a longo prazo) da burguesia, até mesmo a esse ou àquele capitalista. Assim, o Estado unifica os interesses divergentes (por vezes contraditórios) de cada um dos membros da classe dominante. As "novas" oligarquias brasileiras são hoje máximo exemplo dessa atuação.
(Caos Markus)
SÁBADO, 18 DE AGOSTO DE 2012: "SOCIEDADE E PSICOSE"
É justificável a considerar o termo "doença" como pertencente não à turbulência aguda, mas a personalidade psicótica de pré-pé, como ele faz na necessidade de reorganização profunda. Neste caso, o processo de renovação que ocorre no episódio psicótico agudo pode ser considerado a maneira da natureza de definir as coisas direito.
A psicoterapia sugere que é no momento exato em que o indivíduo se sente como se sua vida inteira é desabar ao seu redor, que ele é mais provável de alcançar uma reorganização interna que constitui um salto quântico em seu crescimento em direção à maturidade. Nossa esperança, nossa crença, é que é precisamente quando o futuro da sociedade parece tão assediado - quando os seus problemas parecem quase surpreendente em termos de complexidade, quando tantas pessoas parecem alienados, e assim muitos valores parecem ter-se deteriorado - que é mais provável de alcançar uma metamorfose no crescimento da sociedade em direção à maturidade, para mais verdadeiramente melhorar e cumprir o espírito humano do que nunca. Assim, podemos vislumbrar a possibilidade de um salto evolutivo para uma sociedade trans-industrial que não apenas tem know-how, mas também um conhecimento mais profundo do que vale a pena fazer.
Sanidade implica em uma forma ou de outra a dissolução do ego normal, que a auto falsa competência ajustada à nossa realidade alienada social e através desta morte um renascimento ea eventual re-estabelecimento de um novo tipo de ego-funcionamento, o ego agora a ser o servo do divino, não mais o seu traidor.
Afinal, possui razão suficiente a assertiva:"nossas maiores bênçãos vêm até nós por meio da loucura, desde a loucura nos é dada por dom divino. "
Sobrevivendo a raça humana, no futuro os homens olharão para trás, em nossa época supostamente esclarecida, enxergando-a como uma verdadeira idade das trevas. Verão que o então considerado "esquizofrênico" era, muitas vezes, somente uma das formas através da qual, em pessoas comuns, a luz começou a invadir as nossas mentes absolutamente fechadas.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2012: "O NIILISMO EM NOSSA MODERNIDADE"
Há em nossa cultura um ponto comum entre os envelopes formais dos sintomas e os modelos psicopatológicos que tentam apreendê-los.
Esse ponto comum não é nada além do que um desmentido do Outro ao qual o sintoma se endereça e que, de certa maneira, ele inclui.
O lugar do Outro na fabricação dos sintomas e em seu endereçamento mantém-se como o ponto cego, tanto nos novos diagnósticos psicopatológicos quanto nos modelos heurísticos voltados para sua inteligibilidade e tratamento.
O desmentido procederia tanto da substância de uma civilização quanto das formas de expressão de suas patologias. E é o adicto que vem hoje testemunhar, como mártir, esta solidariedade entre uma forma de civilização e suas patologias, o niilismo de nossa modernidade.
Se cada cultura tem a patologia mental que merece e a psicopatologia que lhe convém, o que é hoje da nossa, que não cessa de insistir sobre as perturbações do comportamento e suas determinações neurogenéticas?
O que é hoje dessas psicopatologias, e dos sofrimentos que elas supostamente diagnosticariam, enquanto reveladoras da substância ética da cultura da qual elas emergem, e que elas contribuem, em retorno, para recodificar?
Há em nossa cultura um ponto comum entre os envelopes formais dos sintomas e os modelos psicopatológicos que tentam dar conta deles.
Este ponto comum não é outro do que o de um desmentido do Outro para qual o sintoma se endereça e que, de certo modo, ele inclui.
O lugar do Outro na fabricação dos sintomas e no seu endereçamento mantém-se como o ponto cego, tanto dos novos diagnósticos psicopatológicos como dos modelos heurísticos que visam sua inteligibilidade e tratamento.
Este desmentido parece proceder tanto da substância de uma civilização como das formas de expressão de suas patologias.
Este impasse sobre o lugar do Outro no sintoma me parece predispor os indivíduos à reificação dos outros e deles mesmos, a esta coisificação pela qual eles expressam preferencialmente seu sofrimento e da qual, em retorno, eles contratransferencialmente se tornam as vítimas no jogo dos diagnósticos e dos cuidados que os tomam a cargo. Para dizer de outra forma, se os sintomas atualmente são diagnosticados preferencialmente dentro do modelo das patologias do agir, isso talvez se deva menos à natureza dos indivíduos que os expressam do que aos vetores da civilização que participam em sua construção.
Porque há uma verdadeira isomorfia entre os envelopes formais dos sintomas pelos quais os sofrimentos psíquicos e sociais se exprimem e os modelos heurísticos que os teorizam: negação do Outro para o qual se endereça a queixa, negação da realidade interior do sujeito, assim como de seus parceiros, negação da representação mental, do sentido e da história, negação dos afetos em proveito das experiências emocionais e dos desempenhos comportamentais.
É menos a violência que aumenta do que nosso limiar de tolerância social que se reduz, e isto tanto mais que, na solidão extrema de nossa cultura hiperindividualista e empresarial, a "almofada" social que a amortizava se torna cada vez menos eficiente. Há um apagamento antropológico dos sofrimentos psíquicos e sociais em proveito de uma concepção da psiquiatria muito associada à segurança pública.
Fazendo isso, essa medicalização dos desvios que não acredita mais no cuidado, nem no caráter redentor da punição e no que a sanção implica como perdão e como promessa, essa medicalização do desvio social fabrica também populações de excluídos nas quais ela localiza os determinantes neurogenéticos das violências.
A exemplaridade das dores individualizadas, projetada segundo o modelo das empresas em liquidação de bens, mascara o retorno do conceito de "classes perigosas", no seio das quais o indivíduo é um exemplar da espécie.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 16 DE AGOSTO DE 2012: "MARKETING VERDE: O FALSO SUSTENTÁVEL"
No balaio do falso sustentável, há pelo menos dois comportamentos distintos que têm em comum o fato de não contribuírem de verdade para uma mudança de paradigmas.
Um é o do empresário "ingênuo", que até quer fazer algo, mas não se informa sobre o assunto, age de modo equivocado e acaba não contribuindo para uma modificação do processo.
Outro é aquele que, apesar de adotar um discurso em que se define como sustentável, não age de acordo, mantendo velhos padrões de produção voltados apenas para o lucro dos acionistas.
É o que em inglês recebeu o nome de greenwashing, ou seja, lavar sua imagem dizendo que é uma empresa verde, mas que continua provocando impacto ambiental.Um dos modos mais comuns de fazer isso é, por exemplo, financiar uma ONG com alguma atividade ambiental para esconder que promove impactos pesados, como desmatamento, poluição.
Nesses casos costuma-se investir em um marketing agressivo, mas ele é descolado da gestão. Essas informações não aparecem nos relatórios de sustentabilidade, não há transparência.No exterior, em especial nos países desenvolvidos, esse movimento já é tão disseminado que resultou numa lista dos seis principais pecados do greenwashing, elaborada pela agência canadense de marketing ambiental TerraChoice.
Há 20 anos observando propagandas de apelo verde, a equipe da agência percebeu que o greenwashing cresceu à medida que aumentou o interesse do público por questões ambientais.
A análise das promessas nas embalagens de mais de mil produtos disponíveis em mercados americanos serviu de base para a definição dos pecados.
O primeiro e mais comum é o dos malefícios esquecidos - produto destaca um benefício ambiental, como ser reciclável, mas não menciona quanta energia é gasta para sua produção, ou diz que é feito sem testes em animais, mas sua decomposição pode prejudicar a cadeia alimentar.Outros problemas observados pela equipe são: falta de provas (como lâmpadas que anunciam maior eficiência energética sem apresentar qualquer estudo comprovando); promessa vaga (produto traz dizeres como "verde", "ambientalmente produzido" ou que é "livre de químicos" sem detalhamento); irrelevância (destaca um benefício que é uma obrigação, como ser livre de CFC, substância banida do mercado americano) e a mentira mesmo.
O último é o chamado "pecado de dois demônios", que até traz alguns benefícios reais, mas em produtos cuja categoria é questionada, como cigarros orgânicos.
Entre os "equivocados", é comum a empresa confundir sustentabilidade com filantropia e assistencialismo, como adotar uma creche ou uma praça e dizer com isso que é sustentável.
Não adianta, por exemplo, plantar árvores, sem rever o nível das suas emissões de gases de efeito estufa, fazer gestão de resíduos ou diminuir o consumo de água.Muitas estão ainda mais longe disso, porque nunca inventariaram suas emissões para identificar fontes onde é possível fazer reduções. Outras têm o dever de reduzir emissões estabelecido por órgãos ambientais, mas anunciam isso como se fosse uma posição inovadora da empresa.
Nessa linha de contar vantagem em cima do cumprimento da lei também é comum ver empresas se vangloriando de respeitar a reserva legal e as matas ciliares.
Ainda mais grave é fazer apenas algumas mudanças consideradas "cosméticas" sem observar o impacto de sua cadeia de produção. De que adianta uma construtora, por exemplo, fazer um prédio com captação da água de chuva e aquecimento solar da água de chuveiro sem olhar para seus materiais.
A madeira vem de desmatamento?
A fabricação do aço tem trabalho escravo, a olaria usa trabalho infantil?
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2012: "LIBERDADES ESTRATÉGICAS"
Considerando o quê professam não apenas os cristãos, mas ainda sequazes de outros credos e de variadas doutrinas, toda a estirpe humana teve única gênese.
Por nascerem os homens todos da mesma divina fonte, seriam irmãos, muito além da fraternidade restrita aos laços consanguíneos, ou por pertencerem a um determinado segmento social.
Seriam irmãos num conceito afastado dos limites da internacionalização por nós criada no decorrer dos séculos.
Dessa mais ampla irmandade dependeriam o princípio, a construção e a consolidação de matura idade da civilização humana; a ponto de então essa disposição proporcionar a cada um e a todos simultaneamente o bem-estar individual e coletivo -a partir da concelebração da identidade comum, em radical supressão do egocentrismo, a fim de, por acréscimo, preparar o "homo-sapiens" ao advento de uma nova era, em novo horizonte para a humanidade.
Assim, experimentaríamos os benefícios celestiais em terra prometida e cumprida; sob os auspícios da elevação espiritual e com os subsídios da sublimação da paixões puramente terrenas, essencialmente temporais.
Contraditoriamente, entretanto, os prosélitos dessa 'comunidade de irmãos' apregoam que "cada homem é um ser novo no mundo, chamado a realizar a sua peculiaridade".
E como solução ao suscitado impasse -ante a individualidade a ser preservada e a pluralidade a ser conquistada (no objetivo de instituir-se assim o "mundo novo)-, indicam a si mesmos o trato das relações interpessoais que, através de extenso rol de componentes e caminhos, visam preparação à chegada do amor recíproco.
A comunicação e o diálogo são meios dessa pretendida 'finalidade'; representam instrumentos de consecução, como gesto de "assumir" o desgarrado, de "levantar" o caído, "acolhendo-o" para torná-lo "melhor". E é exatamente por isso que o paradoxo se instala.
A fragilidade intrínseca à noção do que é bom e do que é ruim (sempre que o conceito destes valores é avaliado fora dos limites essenciais a cada ser); a relatividade acima da generalização, no desejo daqueles que se acreditam dotados de superiores condições para "resgatar" o outro (isso porque crêem que o outro é o seu "irmão caído"); tudo somado; daí à discriminação, e desta à segregação dos opositores; então, muito mais rapidamente a planejada "irmandade" cede lugar e tempo ao nascimento de inimitável "confraria", criando inesperada espécie de parentesco, onde a comunidade integral é substituída por clã dos novos dirigentes.
A anterior premissa (já agora interpretada restritivamente na vaidade dos 'iniciados') sucumbe às estratégias de libertação, assemelhando-se nesse outro estágio com o remoto conhecimento a respeito de 'redenção', e confundindo-se com o "auxílio que se dava para libertar escravos".
Diante das limitações impostas constitucionalmente, o novo agrupamento precisará abrigar-se em instituições já consolidadas e legalmente reconhecidas. A única maneira de -parasitariamente- utilizar recursos e estruturas preexistentes para mediar, enfim, a aproimação entre o céu e a terra, saneando o mundo através do expurgo de quem recuse a salvação que se lhe é imposta; e sanando os problemas que jamais seriam resolvidos, se fosse identificada a facção.
A dualidade presente, não percebida a tempo, conquistará associações de toda sorte, não poupando sequer partidos políticos, notadamente quando um destes destaque-se por seu caráter de proximidade popular -no apelo da militância de doutrina libertária.
O mal feito, de nada adiantará qualquer advertência. E não será mera coincidência a identificação com personagens ou fatos reais. Porque o imaginário, mais que o real, será a ordem vigente; e banidos os que a ela não se curvarem.
(Caos Markus)
terça-feira, 31 de julho de 2012
TERÇA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2012: "METAFÍSICA NO DIREITO DO PODER"
Conforme a tese da soberania, a obediência é um dever, posto que tal obrigação existe e somos forçados a reconhecê-la como um 'direito' de mandar, ao extremo, na sociedade'. Soberania que é, pois, o direito de dirigir as ações dos membros da sociedade. Direito que é revestido com força de obrigação, à qual todos os indivíduos são submetidos.
Com efeito, a 'obediência' é vista como 'dever' e a 'soberania' como um 'direito' ,o de comandar.O 'Poder' lança mão desse direito, embora ele não lhe pertença por princípio.
Porque, transcendendo todos os integrantes da comunidade, sendo absoluto e ilimitado, jamais poderia ser propriedade de uma só pessoa ou de um grupo de homens.
De fato, oculta no conceito jurídico de soberania, há uma máxima metafísica, formulada na indagação: quem é o titular originário deste direito?
Deve existir uma vontade suprema a reger a comunidade humana, vontade boa em sua essência, e que por isso impõe a obediência; a vontade 'divina' ou a vontade 'geral'. Da supremacia -Deus ou a sociedade- deve emanar a concretude do poder que, por seu turno, tem de encarnar essa vontade.
Será 'legítimo' se efetivar essas condições. Essa noção de soberania comporta duas vertentes: a do direito divino e a do direito popular.
Nas duas, presente o caráter original do poder soberano. Fundamento de si próprio, é por isso 'original'.
E por sua capacidade de determinar regras de sujeição, é 'absoluto'.
Assim abordada, há que se considerar a soberania como um conjunto de prerrogativas precisas, não pertencentes a mais ninguém, cujo usufruto confere a quem delas é investido no grau supremo da dominação.
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2012: "A VERDADE IDEALIZADA"
Na análise dos dogmas é imprescindível verificar o entendimento relacionado à 'extensão' do conhecimento humano, em justaposição à sua 'compreensão' -a compreensão da verdade. Do empirismo ao realismo, concepções diversas enxergam a maior ou a menor dimensão da 'verdade', esta passando por diferentes critérios de determinação. Pois, para o empirismo, a fonte única do conhecimento será sempre a experiência. Porém,genericamente, nota-se que o conhecimento experimental é particular e contingente, de âmbito limitado e restrito. Enquanto isso, o espírito científico procura estabelecer verdades universais, de maior amplitude que a simples experiência.Em tentativa de avanço, o 'positivismo' surge enquanto concepção filosófica a estabelecer os seus princípios nas leis fundamentadas em fatos generalizados; crê que a 'certeza' é adquirida pelas leis oriundas da experiência, não admitindo qualquer raciocínio "a priori", porque entende que só nos é possível afastar do erro mantendo contato permanente com a 'experiência', cabendo então aos nossos pensamentos a função de estudar os fatos, relacioná-los e estabelecer normas (leis). Noutro parâmetro, a 'verdade' é pleiteada no 'Idealismo' através da 'idéia' como critério do conhecimento, negando a objetividade dos dados sensíveis; atendo-se -na concepção da verdade e do mundo- à idéia que deles faz o nosso espírito. Ainda oculta nas escolas da filosofia ocidental, certamente, a 'unidade transcendental da percepção'; a idéia da consciência acima de todos os fenômenos e ligada a nenhum deles; são a causa daquilo que cedeu lugar à 'vontade', ao 'indivíduo', ao 'sujeito', à 'personalidade', ao 'ego'. A causa, enfim, do que -tendo sido vitimado por "queda de cima abaixo"- conhecemos até então por 'caráter'. Desde que a 'opinião pública' passou a ser espelho necessário a uma ficcionada 'realidade comum', a capacidade individual inerente ao ato de interpretar deixou de integrar a unidade pessoal para dar lugar à incerta, porém, mais "convincente" 'pluralidade' -numa relação de causa e efeito concomitante à morte do caráter.Hoje, seria muito difícil que um indivíduo formasse uma opinião isoladamente, porque, na origem, a opinião pública (vinda de debate público, de um processo de discussão coletiva, implícito ou explícito) influenciaria -ou até mesmo decidiria- esse indivíduo, de forma tal que este levaria sempre em conta o quê lhe ensinaram os pais, o quê pensam as pessoas de suas relações, as informações que recebe da mídia,e, ainda, a análise de um formador de opinião. A grave consequência dessa concepção é que muito dificilmente nos entregamos ao exercício da interpretação plena, aquela absolutamente livre do jugo do condicionamento ao "aprendizado", que se nos é imposto, e que de bom grado aceitamos e reproduzimos.
(Caos Markus)
DOMINGO, 12 DE AGOSTO DE 2012: "PARADOXOS DO PODER"
No fundo da essência do poder surgem conotações um tanto contraditórias.
De uma lado, o Poder deve assegurar uma ordem pacífica de convivência, mediante a aplicação de uma norma justa.
Por outro, o afã desmedido pela conservação do poder pode levar a atitudes e condutas em que a finalidade prioritária do bem coletivo acha-se abalada por interesses pessoais.
Eis, com efeito, o paradoxo do poder: a dupla circunstância de que, simultaneamente, a existência política do homem desenvolve uma racionalidade original que torna o poder uma contribuição inseparável para a humanidade, e, em outra extremidade, o poder é uma grandeza humana eminentemente sujeita ao mal, é a origem mesmo de grandes males.
De modo que concorrem no poder racionalidade e maldade.
Eis a sua surpreendente bipolaridade.
Assim, a natureza que se atribua ao poder muito dependerá tanto do momento em que se estime que ele deve surgir, como do mecanismo mediante o qual possa ser apresentado por quem o detenha.
(Caos Markus)
SÁBADO, 11 DE AGOSTO DE 2012: "REDUCIONISMO E RENOVAÇÃO"
Nestes últimos tempos, o homem não se sente satisfeito consigo mesmo, e deseja renovar-se. Mal suporta o fato de os liames do passado o prenderem e sustentarem.
Ele responsabiliza o Estado social pelo mal-estar que o incomoda, como também pela servidão ou todos os horrores que deve sofrer.
Com alguma ingenuidade, vincula a sua ideologia a esse Estado social, sonhando então com uma revolução a ser desencadeada pela modificação do regime e da pessoa.
Há os que aconselham, para depois impor, uma internacional proletária e um homem proletário, cuja dupla característica seria uma solidariedade de massa, estendida até as raízes do sentimento e do espírito, e uma atividade limitada à terra, acompanhada pela integral eliminação de toda oligarquia e de todo valor 'sobrenatural', inclusive Deus e a partir de Deus. É o suficiente este último ponto, para grave reflexão.
O homem reduzido a si próprio sofre tal amputação que, em verdade, deixa de existir; e nessas palavras já existe tão grande absurdo que ela mesmas se destroem por si, logo que proferidas. Pois, como o que não é coisa alguma por si mesmo poderá reduzir-se 'a si próprio'? Todavia, o erro não deixa de produzir os seus frutos, e ameaça os povos com a mais 'aperfeiçoada', isto é, a pior das selvagerias.
Por outro lado, impõe-se reconhecer que o mundo chegou a tal estado de desordem social e de baixeza mental a ponto de não ser mais suportável, ou, na melhor das hipóteses, não poderá suportar-se por longo tempo. Então, por que não se propor um homem, senão novo, ao menos renovado?
Não o cidadão comum, nem o discípulo de uma igreja (compreendido como alguém que faz questão apenas da exterioridade dessa instituição); nem o operário nem o burguês; tampouco o "fariseu". Contudo, o 'homem' que deixa de ser tudo isso, passando a ser o contrário, desaparecendo dentre qualquer dessas categorias.
Por concepção, que seja 'universal'. Porque, assim, não poderia constituir um governo de classe e nem dele participar, sem compromisso algum com forma de regime e de governo; inversamente, dominando ambos, impondo-se-lhes a sua efetiva liberdade.
Esse homem continua a ser livre porque considera as coisas que o poderiam impedir de ser livre como 'coisas acessórias', contingentes, suspeitas e, afinal, frívolas. Esse homem reconhece no valor a existência. E por isso suprime toda tirania, posto que destrói a própria legalidade. É a mística que se transforma, daí, em política, sem que haja razão para deixar de ser mística. Diversamente, a lei ou a experiência mais bem deduzida ou conduzida sempre deixa a inteligência inerte, desembocando, com o uso, numa gelada burocracia, desprovida do valor intrínseco à existência real.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 10 DE AGOSTO DE 2012: "SACRALIDADE E EXCLUSIVIDADE"
Considerado o mundo cada vez maior, constantemente inacabado, projetando-se ainda mais à frente, o esforço humano tem sido direcionado a uma conquista sem fronteiras, não apenas do Universo, contudo, do próprio homem, a fim de atingir o seu amor, isto é, a união universal que se pretende consumar.
Porque, alimento da evolução espiritual, esse amor é reserva sagrada de energia. Da libido na concepção freudiana de 'ligação', essa energia é essencial à coesão da coletividade, unidos todos os seu membros pelo vínculo do amor que dela provem.
Aqui, não mais a exclusiva libido narcísica, mas sim a extensão de seu conceito a cada partícula, resultando em somatória de todas as células, numa libido plural que busca unificar as frações da substância viva.
Coesão e dinâmica , afinal, enquanto força motriz do Universo; a evidente manifestação desse amor que - desde a junção dos átomos, da mútua aproximação dos planetas uns aos outros, até a atração do homem para o homem- faz convergir o mundo inteiro para um centro único.
O quê, no individual e no comum; no sensível e no insensível; se expressa sob forma de atração, é efeito direto desse impulso universal.
(Caos Markus)
domingo, 29 de julho de 2012
QUINTA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE 2012: "RUGIDOS E VAGIDOS"
O rato roeu a roupa do rei de... De onde foi mesmo? E foi por isso que o rei ficou nu? Seja lá qual for a razão, ao que tudo indica, a ratoeira não funcionou. Nem adiantaria, então, súditos fingirem admiração pelo manto real, restando-lhes somente a confirmação das ruínas onde o monarca absolutamente padecia.
E tu, duvidas? Hoje só há lugar para incertezas na cabeça de quem pretende usá-la a fim de sustentar coroa, apoiado fragilmente em cetro carcomido pelos podres poderes.
Porque é ido o tempo em que havia tempo para passatempo.
Agora, plenipotenciária é a horda conclamando nomadismo ao capital sedento e insistente em permanecer sedentariamente no bolso dos fabricantes dos bolsões da cigana miséria.
Tudo facilmente inteligível, no curto-circuito-raciocínio de todos os chocados com o vertiginoso crescimento crepuscular do capim-gordura.
Não é público e notório que o mato, à noite e de dia, imita publicistas (os especializados em políticos), em nome de Deus e da rosa!?
E quem não sabe o valor decimal do dízimo tachado de taxa, utilizado, contudo, como âncora monetária no padrão dos vencimentos governamentais?
E porque quem sabe, sabe; sabemos todos o quê dizer ao déspota : "- Os ratos roeram vossa roupa, sob o manto da noite, na escuridão do vosso governo".
Ó! Herculano e Pompéia... Ó! até tu, Brutus! ? Não foste o rato preferido, o eleito senador da República em lugar do cavalo? Afinal, nem romano nem troiano, equino não havia igual à majestade de um hábil roedor.
Digas, pois, Babilônia, se juntas, Sodoma e Gomorra superariam a calígula crueldade de tão soberana
"consanguinidade". Não! Definitivamente, não!
Ora, ora! Quem foi... ... perdeu o lugar. Nas Cruzadas, o mesmo aconteceu: cavaleiros perdendo o quê para trás ficou, no galanteio de cavalheiros trovadores, com a ousadia de desbravadores que não rugiam vagidos na indolência do leão da Metro, nem sequer roíam realeza.
E não !!?
(Caos Markus)
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