O poço dos desejos abriga tantos comuns anseios. Que gênio da lâmpada realizará ao menos um único desejo meu? Na ausência de moedas para o poço, exijo presença do meu Gênio!(anônimo)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
SÁBADO, 29 DE NOVEMBRO DE 2008: "OUVIR"
Deixa eu dizer, peço-lhe, que a amo. Ouça, somente. Eu não busco ouvir o mesmo, pois que é minha a necessidade de amar. E você, ouvindo-me, apenas me satisfaz o que a mim próprio já é indispensável. Eu não devo crer que do tempo possamos fazer tão pouco -deixá-lo partir, como se de fato ele fosse 'meio' que a todos nos conduzisse ao destino imaginado. Ouça, então, o quanto eu amo você. Porque não é pedido nem oferta; sou eu dizendo a mim mesmo: só posso ouvir o meu coração se dele os sentimentos forem ouvidos também por outra pessoa. Porém, ouvinte do meu amor será sempre quem de si conhece tudo o que eu busco vida afora.(Marcus Moreira Machado)
SEXTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2008: "ESPETÁCULO"
QUINTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2008: 'APRENDIZADO"
QUARTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2008: "MEIO A MEIO"
Cada um é metade/ Não metade 'assim' e uma outra 'assado'/ A gente pode até ser meio 'isso' e meio 'aquilo'/ mas ainda assim, em uma só metade/ Porque se fossemos de fato constantes em coerência/ distantes de contradições/ se acordássemos como nos deitamos ao dormir/ mantendo a bondade primacial/ ou conservando a crueldade original/ 'uma coisa e outra', mas não uma coisa e outra.../ Só então seríamos um 'inteiro', íntegros/ e não duas metades/ ora alternadas, às vezes, circunstancialmente mescladas / E por reduzidos que somos, é essa a nossa inteira parte: a metade de cada um/ Nessa metade, o meio multiplica-se em quantos necessários/ seja para firmar crença de sincera colaboração com o crescimento do semelhante/ seja ainda mais reduzir aquele que para nós já é pequeno/ o suficiente para deixar de incomodar/ A verdade, sim, é que temos por companhia a ausência da outra metade/ a que imaginamos possuir/ aquela que pretendemos ser 'o lado bom', quando essa é 'a banda ruim'/ Porque cada um é protagonista de seu peculiar enredo/ a todos, a mera sugestão de que a história é única, versão ímpar/ Nem eu nem você/ nenhum de nós todos pretende ao menos se convencer do muito que somos/ quando a simples existência dos demais deixa de ser apenas figuração.(Marcus Moreira Machado)
TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2008: "MEIO-TEMPO"
No meio da vida/ em meio à fuga, à margem/ espreitando, então, a própria morte/ sem ousar, todavia, a ela se entregar/ mas dela desejando o rumo ignorado/ ante a certeza do sofrimento antecedente/ eis que o infeliz de outro a tira/ Desafio de quem se sabe inferior/ porém, não pode suportar outra dimensão/ Alcançá-la, pois, somente por meio de/ através do outro, a quem ceifa a respiração/ de quem subtrai o 'anima'/ por quem ultrapassa a fronteira/ sem superar, no entanto, a angústia que espreita / permanecendo à deriva em sua própria vida, dividida/ -a dívida dos que carregam na inconsciência a demência/ adquirida no meio-tempo do descompasso entre a efetiva existência/ e, cego, a máxima valorização do super ego.(Marcus Moreira Machado)
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