Na "filosofia" do Pão e Circo, hoje falta o pão, porque são muitos os "imperadores" abocanhando o 'poder' da política circense.
(Caos Markus)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
Essa idéia pretensamente socialista de querer acreditar que todos os homens são iguais impregnou legisladores e juristas pátrios. E como tudo o que nós brasileiros consumimos, o fazemos com atraso de pelo menos vinte anos, ainda não se descobriu que 'competitividade' deveria ser a trajetória salutar dos 'competentes'. Essa visão esteriotipada coloca num balaio de gatos atores da megalomania e neo-colonizadores do ideário nacional.
Se há algo de admirável no norte-americano é, certamente, a sua inegável democracia interna. Os gringos não se envergonham de ser lobistas, quando isso deva ser o mais correto e sincero num político. Cá entre nós, o mesmo procedimento é condenado como conduta desonesta. Um absurdo! O parlamento não deveria existir se não existisse para grupos exercerem pressão uns sobre outros. Negar essa sistemática é ser o verdadeiro populista demagogo: aquele que não assume a benéfica qualidade de corretor dos interesses nacionais, vendendo o seu peixe por um bom preço, não é político, porque não sabe o que é 'polis'. E, no caso, todo bom político-corretor (ou lobista) necessita de espaço, como qualquer outro camelô que na Praça da Sé expõe e vende o seu artigo colocando a boca no trombone. Eis o desafio: informar e formar opiniões. No momento, a novela política está mais assemelhada aos melodramas mexicanos, sem nenhuma graça, sem nenhum encant
(Marcus Moreira Machado)
Parece insignificante, inútil, qualquer esforço para ser feliz. Digo da felicidade que não depende de pessoas a quem a gente ama, não se completa com o amor que recebemos. Eu falo da felicidade de almejarmos uma nação governada pela tradição de comuns aspirações; a de um povo vivendo sob a perspectiva de uma pátria auspiciosa. Mas... Quanta dissimulação! Basta o inútil pranto pela morte imediata de milhões de almas vítimas da sofreguidão!
E por que eu deveria me calar? Por que eu seria obrigado ao silêncio da conveniência? Já passei toda uma infância e juventude observando e assimilando a indignação e a perplexidade dos mais velhos, traduzida na "indiferença" estratégica, ou, muito mais, nas dissimulações ante ditaduras e populismos opressores. Afinal, hoje, com muita amargura, me percebo envolvido em cenas de mais formidável tragédia, num caos não imaginado sequer por Zoroastro, na barbárie consentida, estimulada e tolerada.
Ao longo da vida, sempre existirão os que pretendam irradiar luz própria, clareando a caminhada de quem almeja, contudo, não sabe respirar mas aliviado. Haverá outros, aqueles que viram arcos-íris, vestidos de camaleão, no inverno crepuscular das gentes opacas. Alguma diferença substancial poderá separar um do outro? Nenhuma. Somente um lapso de tempo os distinguirá, porque será nos bastidores o revezamento entre protagonistas e figurantes, no enredo dos aplausos de uma platéia que jamais perderá a encenação do sua própria peça. E quem deixar o segundo ato, no pano de fundo, preparará a maquiagem do "avant-premier" seguinte.
O 'potencial' (hoje já esquecido como sinônimo de 'virtual')ascende a realidades, se subordinado às interdependências; ou transcende ao surreal, quando vinculado a imaginários. A perpassá-lo, buscamos 'formas'. A vida, pois, é morfo-lógica !?