As distorções no 'pensar', consequências, todas, do peso da muito mal compreendida 'opinião pública', não somente poderão como devem ser corrigidas pela Crítica.
Tendo por exclusiva missão esclarecer e alterar o quê equivocado se mostra, a Crítica recai sempre sobre os costumes. De modo indireto, também nas doutrinas sociais, científicas, religiosas que influenciem a sociedade em quem vivemos. De forma direta, sobre os próprios hábitos culturais de uma nação.
A tarefa da Crítica, por efeito, é difícil e de altíssima importância, porque o seu destacado objetivo assim o exige, sob a consideração de que os costumes nacionais, de uma família, ou de um indivíduo apenas, são a real alavanca da sua prosperidade ou da sua decadência. Afinal, as leis positivadas (as normas escritas) poderão tão-somente corrigir em parte os abusos, e mesmo assim desde que criteriosas.
A ação dessas regras, deixará, contudo, muito a desejar se, frouxa, não puder atingir muitos dos transgressores. Ou, ao contrário, se arbitrariamente empregada.
Deve-se notar, enquanto a doutrina educa e instrui, a Crítica corrige e esclarece. E como tal se faz imprescindível, porque -se é certo que ninguém pode ter a justa medida da sua capacidade moral- é intuitivo que o homem civilizado procura constantemente atingir o mais alto grau de perfeição.
Nesse contexto, o ser humano sente o reflexo da inteligência, porém, não assimila sua exata e inteira compreensão.
Antes de exercer a sua função, a Crítica necessita empunhar um delicado estilete, para que a "autópsia", quer seja no corpo social, quer no indivíduo, possa ser correta e justa.
Essa intervenção ocorrerá através da elevação do nível intelectivo e moral, pela reforma cultural (no sentido que a Sociologia a conceitua), por meio da Crítica publicista em co-autoria com ensinamentos doutrinários.
Nesse estágio, confirmando-se a inteligência como seu elemento estrutural, o processo da Crítica desempenhará o papel de fiel da balança da consciência.
Só então será o ponto de equilíbrio nesta equação suprema entre o objetivo (o objeto) e o subjetivo(o sujeito), na qual se trava a luta desmedida do dever e da vontade, da justiça e da paixão.
(Caos Markus)
REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
terça-feira, 17 de maio de 2011
SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2011: "MENOS"
Não obstante todo o desenvolvimento da humanidade, desde os primórdios da civilização, a única forma de 'pensar' do gênero humano continua sendo, inexoravelmente, o raciocínio binário.
Para nós, a cada caso vertente sempre correspondem duas diferentes e únicas hipóteses. Portanto, quando qualquer 'questionamento' nos é formulado, a resposta restringe-se (pura obviedade!) a uma 'afirmativa' ou a uma 'negativa'. Profundas são as raízes binárias do nosso raciocínio, a ponto de também na relativização verificar-se absoluta obediência a esta virtual limitação humana. Certamente, o homem sempre pretendeu ultrapassar tão rigorosa contenção mas, não menos verdadeiro, jamais alcançou forma alternativa de 'pensar', a conduzí-lo além da fronteira do binarismo.
Ainda assim, quando possível a terceira hipótese, reiteradamente ela é traduzida como simples combinação das duas admissíveis suposições básicas, não possuindo, de modo algum, característica de autêntica e genuína teoria provável, capaz de superar a simultaneidade funcional da restrição binária.
Enfim, somos 'menos', ao contrário do 'muito' que acreditamos ser.
(Caos Markus)
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