Eu sempre entendi que se alguém estiver sinceramente comprometido com a Educação, somente poderá autodenominar-se professor se de fato professar algo. O contrário disso, aquela condição em que o indivíduo é meramente uma extensão do quadro-negro, onde ele deposita um conhecimento alheio retirado dos compêndios, não merecerá, jamais, igual designação. O título, então restará restrito a tantos quantos puderem e quiserem enxergar na figura do professor uma similaridade com a de um ourives: assim como este último, a lapidar a pedra que por si só já é fundamental, reunidos todos os atributos da excepcionalidade, destacando-se pela potência, também aquele outro - o professor - deverá identificar, reconhecer as potencialidades inerentes a cada aluno, individualmente, estimulando, apenas, o seu aprimoramento, convicto de que a pessoa humana readquire essa humanidade que a faz tão singular através do desenvolvimento da sua virtualidade.
(Marcus Moreira Machado)