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Sendo tudo o que 'não é', eis que de fato o indivíduo será modelo da representação máxima, pela 'negação' que confirma o permanente. Porque a negação é a essência da revolta. E o revoltado dirá, agora, um 'não' em favor dos excluídos.
É em muito mais relevante o papel do revoltado, se comparado ao do revolucionário. Este último, uma vez alcançado o seu objetivo, aprenderá -com surpreendente rapidez- a dizer 'sim'. E logo será o mais novo opressor.
O protesto é sempre efêmero. A negação é permanente.
A revolução tem início, meio e fim. A revolta é 'meio' que não se presta a fins que o justifiquem. A
revolta é ela mesma justa, pois o seu tempo é - sempre- presente.(Marcus Moreira Machado)