Eu fui criado nos preceitos da T. F. P. - a Tradição, Família e Propriedade. Agora a propriedade acabou, a família acabou, a festa acabou... E agora José? O que fazer? Somente restou a Tradição e esse meu nome escrito em sangue azul. Pois, vendo o meu nome para algum novo rico que precise justificar a propriedade com a tradição que ele não tem.
Quem dá mais? Eu ouvi 10.000?! Quem dá mais? Alguém disse 25.000!
É pouco. Observem que não é um nominho qualquer, descende de Fernão Dias, é nome de logradouros, de ruas, avenidas e marginais nesse beco sem saída da minha vida inteira.
Eu ouvi 50.000? Quem dá mais? É nome com estirpe, dos fundadores da cidade, ou quase isso. Quem adquirir esse nome o terá garantido em certidão pública, com direito a criar nova dinastia.
Ah! Raimundo... Mundo, vasto mundo... Se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, mas não uma solução! Vocês querem dinheiro?! Vocês querem dinheiro?! Então cuidado, porque não existe bicho papão, mas existe papa-tudo na telinha da TV, baú "vem que aqui tem".
(Marcus Moreira Machado)