Não apenas as línguas influenciam o processo de reminiscência, mas as estruturas dos idiomas podem facilitar ou dificultar o aprendizado de coisas novas.
A maneira como se pensa influencia no padrão da fala. Contudo, também age na direção contrária. A linguagem realmente desempenha papel causal na formação da cognição
As pessoas confiam na língua, mesmo quando fazem coisas simples. Ao se limitar a capacidade de acesso às faculdades linguísticas fluentes de um indivíduo, dando-lhe uma tarefa verbal que exige competência (como repetir uma notícia, por exemplo), tal restrição prejudica a capacidade de executá-la. Isso significa que as categorias e as distinções existentes em determinados idiomas interferem amplamente na vida mental. O chamado 'pensamento' parece ser, na verdade, uma reunião de ambos: processos linguísticos e não linguísticos. Assim, pode não existir grande quantidade de 'pensamento humano adulto', quando a linguagem não desempenha um papel significativo.
Uma característica marcante da inteligência humana é a sua adaptabilidade, a capacidade de inventar e reorganizar os conceitos do mundo de modo a se adequar às mudanças de metas e ambientes. Uma consequência dessa flexibilidade é a enorme diversidade de idiomas surgidos ao redor do mundo. Cada um oferece o seu próprio conjunto de ferramentas cognitivas, englobando visão e conhecimento próprios, elaborados ao longo de milhares de anos dentro de uma cultura. A noção de que diferentes idiomas possam transmitir diferentes habilidades cognitivas remonta a séculos. Cada um tem uma forma de perceber, classificar e imprimir sentido -um guia inestimável desenvolvido e aperfeiçoado desde os antepassados de um povo. A investigação sobre a forma como o idioma falado molda o modelo do pensar auxilia a desvendar os métodos de criação do conhecimento e da construção da realidade. Essa percepção é, com certeza, responsável pela essência do homem transformado em ser humano.
(Caos Markus)
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