Construímos redes cada vez mais complexas de comunicação pessoal, interpessoal e grupal. Elas são as nossas reservas familiares, profissionais e ideológicos, a partir das quais percebemos, nos comunicamos, vivemos, agimos. É importante examinar essas malhas, essas redes, formadoras do nosso 'capital humano', nosso valor pessoal e social, para, daí, observar qual espécie de pessoas atraímos, como elas interagem conosco e nos percebem. O exame dessas redes nos fornecerá uma demonstração de nossas condutas, indicando o estágio de amadurecimento individual. É possível aferir a nossa credibilidade (como as pessoas nos vêem), nossa competência (em quais campos somos reconhecidos), nossa comunicação (a mensuração dos intercâmbios). Se nos reconhecem como pessoas equilibradas e competentes, maior será a aproximarão, seremos mais frequentemente requisitados, ampliando a rede de inserção em espaços de interação e, efeito decorrência natural, mais influentes, considerável acréscimo repercutirá em nosso capital humano. Se, no entanto, nos vêem como indivíduos problemáticos, egoístas, de reduzida competência, deixam-nos de lado, relegando à inferioridade o que dizemos, circunscritos a interações superficiais ou, no máximo, permitindo um intercâmbio desprovido de riqueza intelectual e emocional, limitado a permutas comerciais.Vivemos formas diferentes de comunicação, algumas dinâmicas, a evoluírem, modificando-se, modificando-nos e modificando os outros. Processos, superficiais, ressaltam a exterioridade das coisas; outros, de acentuada profundidade, correlacionam exterior e interior, desvendando quem somos, como pensamos, as causas de agirmos de determinada maneira. Outros sistemas de comunicação, cuja principal característica é a autenticidade, manifestam coerentemente como nos percebemos, até onde nos percebemos, e o quanto outras pessoas nos são perceptíveis. E há processos de comunicação inautênticos, sem correspondência com o discernimento, distantes de pensamentos e sentimentos, utilizáveis restritamente a propósitos facilmente conducentes à deturpação, mais ou menos propositadamente, da alheia leitura das realidades individuais. Na interação real os parceiros estão abertos ao compartilhamento de ideias, vivências, experiências, das quais ambos saem enriquecidos. O discurso é franco, objetivo, participativo. As falas individualizadas têm recíproca repercussão, proporcionando mútuas mudanças. São diferentes os graus de interação real, mas o importante é a atitude de busca, de querer comunicar-se, de trocar, crescer, de sair do auto-confinamento. É este o legítimo diálogo, , onde não há jogos rituais, nem jogos de poder, mas atitudes de comunicação honesta, crescente e dinâmica. É este o desafio: admitir-se no comodismo da facilidade ou, superando-o, desejar e atuar em direção à realidade mais complexa, porém, não estereotipada e sim interpessoal, do indivíduo ao coletivo e vice e versa, num percurso cíclico sempre aberto a reflexões até então sequer conjecturadas.
(Caos Markus)
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REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
QUINTA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO DE 2014: "COMPARTILHANDO PERCURSOS"
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