A relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas fundamentalmente, uma relação mediada. A criança no primeiro ano de vida desenvolve os movimentos sistemáticos, a percepção, o cérebro, as mãos, e também o uso de instrumentos mediadores, ou seja, seu organismo inteiro. À medida em que ela torna-se mais experiente, adquire um maior número de modelos. Esses modelos representam um esquema cumulativo refinado de todas as ações similares. E para atingir esse objetivo, utiliza instrumentos auxiliares na solução de tarefas. Os signos e as palavras constituem para as crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas.
Ao longo do desenvolvimento, o indivíduo passa a ser capaz de dirigir, voluntariamente, sua atenção para elementos do ambiente que ele tenha definido como relevantes. Quando a criança transfere sua atenção para outro lugar cria, dessa forma, um novo foco na estrutura dinâmica de percepção. Seus movimentos são repletos de atos motores hesitantes e difusos que se interrompem e recomeçam sucessivamente.
Acredita-se que o seu desenvolvimento é um processo dialético complexo, caracterizado pela periodicidade, desigualdade, no desenvolvimento de diferentes funções metamorfose ou transformação qualitativa de uma forma ou outra . Para a mente ingênua, evolução e revolução parecem incompatíveis e o desenvolvimento histórico só está ocorrendo enquanto segue uma linha reta . Onde ocorrem distúrbios, a trama histórica é rompida, a mente ingênua vê somente catástrofe, interrupção e descontinuidade. Parece que a narrativa pára de repente, até retomar, uma vez mais, a via direta e linear de
desenvolvimento. O pensamento científico, ao contrário, mediando signos, vê revolução e evolução como duas formas de desenvolvimento mutuamente relacionadas, sendo uma pressuposto da outra e vice-versa .
(Caos Markus)
(Caos Markus)
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