A capacidade cognitiva tem enorme influência na postura do indivíduo em relação às metas por ele buscadas nas mais diversas situações ao longo da vida, vinculando-se diretamente ao uso de formas de representação e de comunicação, envolvendo a resolução de problemas, de maneira consciente . A contínua assimilação de códigos de representação e a possibilidade de instrumentalizá-los interferem diretamente na aprendizagem do idioma, da matemática, da reprodução espacial, temporal e gráfica, influenciando ainda na leitura de imagens.
Assim compreendida a cognição, em seu mais amplo contexto, deve-se enxergá-la como básico pressuposto na construção interna de princípios válidos individualmente, de modo a instituir, pela auto-crítica, um sujeito em meio a outros sujeitos. O desenvolvimento de tal aptidão permite apreciar e procurar razões, matizes, condicionantes, efeitos e propósitos. Trata-se de articulação a proporcionar a superação da rigidez moral, no julgamento e na atuação pessoal, na relação interpessoal e no discernimento das permutas realizadas em instituições componentes da sociedade aberta.
Esta atuação é nuclear ao exercício da efetiva cidadania, fruto de conquistas, jamais uma concessão oficial outorgada às massas populares, desguarnecidas do único poder dotado de imensurável valor, qual seja, o poder da reflexão.
(Caos Markus)
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