Classicamente, a 'verdade' é definida como a conformidade de nossa inteligência com o objeto ("Veritas est adaequatio intellectus et rei").
Para uma melhor conceituação da 'verdade', distinguindo-a do 'erro', considerando a marcha natural do espírito humano, recomenda-se partir da ignorância e do desconhecido; da dúvida e da possibilidade; da opinião e da probabilidade; desse modo alcançando-se a certeza e a evidência.
Ante a multiplicidade de opiniões antagônicas e em campos extremos das ciências, a compreensão da 'verdade' traz consigo, de imediato, a contradição.
Com efeito, ora a nossa inteligência tende à unidade, aos conhecimentos necessários e universais; ou seja, à certeza. Noutra oportunidade, desde que admite a probabilidade, reconhece um critério da 'verdade'.
Em socorro ao ceticismo, então, vêm as correntes doutrinárias do 'dogmatismo', realçando o valor da razão humana na afirmação da verdade.
É, enfim, o 'racionalismo' que reconhece como verdadeiro tudo o que a razão humana afirma.
Se a 'verdade' é a conformidade da inteligência (da razão) com o objeto (mundo exterior); e se ficarmos tão-somente com a razão -para concebermos um mundo racional- estaremos nos afastando, indubitavelmente, da própria realidade objetiva.
Certeza e evidência terão que aguardar complementação que se impõe.
(Caos Markus)
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