TRÁFICO DE DROGAS É CAFÉ PEQUENO: 'PODER' É O CRIME QUE MAIS ENTORPECE
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Chega a R$ 1 bilhão o volume de recursos que a Polícia Federal suspeita ter sido desviado do Tesouro por meio de fraudes, corrupção, licitações dirigidas, convênios fictícios e compras superfaturadas de administrações municipais, autarquias e repartições estaduais em todo o País. Pela primeira vez na história, segundo o comando da corporação, as investigações de crimes do colarinho branco suplantaram as ações contra o tráfico de drogas e o contrabando.
Entre janeiro e agosto deste ano, a caça aos malfeitos com verbas públicas foi responsável por 20,7% do total de missões desencadeadas pela PF nos Estados e em Brasília - os dados não abrangem falcatruas na Previdência. Ações contra o narcotráfico somam 16,9% dos casos. Hoje, há R$ 1 bilhão sob investigação: 28 operações especiais de combate a desvios de recursos do Tesouro apenas este ano. Pode-se afirmar que, em 2013, inúmeras organizações criminosas foram desarticuladas pela PF. O avanço dessas ações policiais consta do histórico do departamento: em 2011, elas representavam 15,3% do total dos casos. Um ano depois, chegaram a 16,1%. O combate ao tráfico de drogas, que vinha sempre no topo das ações da PF - 24,9% das missões em 2011 e 27% em 2012 - caiu em 2013 para aquém dos 20%. Além de ultrapassar os casos de tráfico, a corrupção deixou para trás também outra tradicional área de atuação dos federais, os crimes fazendários. Em 2012, eles responderam por 21% das operações no País (62 casos). Até agosto deste ano, somavam 13,8% das ações e haviam provocado a prisão de servidores. SÃO PAULO CONCENTROU O MAIOR NÚMERO DE OPERAÇÕES NOS 8 PRIMEIROS MESES DE 2013.
O Rio Grande do Sul, com 10 casos, ficou em segundo. Minas (8 operações) está em terceiro lugar.
Recentemente, um juiz recusou pedido de prisão de uma prefeita, mas impôs a ela medida cautelar: proibiu-a de entrar na prefeitura. A queda do número de prisões tem como contrapartida o aumento do número de conduções coercitivas e outras medidas substitutivas das prisões já no contexto da recente alteração da legislação processual penal. Ao todo, 8484 inquéritos estão em andamento na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, que aloja o Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos. Os inquéritos sobre peculato são 2.034, inserção de dados falsos em sistema de informação público (112), concussão (143), corrupção passiva (522), tráfico de influência (48), corrupção ativa (94) e fraudes em licitações (2.060). OS CRIMES DE RESPONSABILIDADE PRATICADOS POR PREFEITO MOTIVARAM 3.471 INQUÉRITOS.
(copydesk, Caos Markus)
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