PROXIMIDADE PLANEJADA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Cogitando as dificuldades encontradas no sentido de promover um ensino cuja exigência imposta ao aluno são a autonomia e a autodisciplina, os profissionais envolvidos na Educação à Distância devem ter amplo conhecimento das ferramentas disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, garantindo assim a seriedade e a credibilidade das instituições e dos cursos oferecidos. A qualidade dos recursos tecnológicos, no que tange à facilidade de sua utilização, o conteúdo didático e acessibilidade, são pontos especialmente consideráveis, requerendo redobrada atenção, por configurarem-se esses métodos exatamente nos artifícios que permitirão ao aluno visualizar, participar, interagir, cooperar e, finalmente, construir a o Educação pretendida. Aprende-se melhor quando se vivencia, experimenta, sente, relaciona-se, estabelecendo laços entre o que estava disperso, dando-lhe significado, e encontrando um novo sentido.
Nos ambientes virtuais de aprendizagem tem-se à disposição algumas ferramentas aptas a promover a construção do conhecimento. Este instrumental viabiliza o contato diário entre professores, alunos e tutores, assegurando então a aprendizagem significativa. Quanto à interação aluno-aluno e aluno-professor, há uma série de mecanismos eficientes na comunicação nesses ambientes, proporcionando o ensino-aprendizagem de conteúdo expressivo e reconhecida qualidade. Um dos componentes desta ampla equipe, o tutor, no passado, alguns programas de Educação à Distância apresentavam-no como aquele que dirigia, orientava a aprendizagem dos alunos. Essa função estava de acordo com o significado habitualmente atribuído à palavra tutor. Oriunda do latim, ela remete para a idéia de proteção. Na atual realidade educacional, a palavra tutor tem seu significado substituído por facilitador na orientação da aprendizagem.
Não importam as formas ou o recinto onde ocorre a aprendizagem no Ensino à Distância, se a comunicação estabelecida for baseada no respeito e na reciprocidade entre os participantes. A partir do discernimento contextualizado dos alunos, o professor poderá orientar suas ações de maneira a instigar o compartilhamento e a interação do grupo, assimilando os diferentes perfis de expressão do pensamento, colaborando na construção de uma rede humana de aprendizagem, resultante de Planejamento da produção e organização de um material didático que dê suporte teórico-metodológico ao curso, Trata-se de didática subordinada a diversidade de adequações, originadas e evidenciadas durante a progressão do curso ministrado. Estas adequações buscam aperfeiçoar o referencial teórico, bem como aprimorar as atividades práticas desenvolvidas no ambiente virtual de aprendizagem, que, incluindo material de apoio à formação de professores/tutores, apresenta linguagem dialógica, possuindo característica didática priorizando a integração entre o aluno, o ambiente virtual e o conteúdo, no objetivo de se alcançar a proximidade planejada na Educação à Distância.
Quanto à escolha dessa modalidade de ensino, pelo aluno, deve-se salientar, é decisão, na maioria das vezes, de pessoas sem disponibilidade para dedicação aos estudos em tempo integral, por trabalharem, deparando-se, por isso, com profundas restrições no seu deslocamento a uma universidade. Assim, a Educação à Distância evolui no suprimento dessa demanda, principalmente, não excluindo diversos outros motivos justificadores da opção por essa modalidade. Neste contexto, a Educação à Distância deve ser planejada observando-se os parâmetros das carências desse público.
Dessa maneira abordada a temática, o aluno é privilegiado em sua relação com a tecnologia. Ele aprende rapidamente a navegar, empenhando-se e prestigiando a participação em grupo, a caminho da superação da passividade habitual do mero executor de tarefas ou, quando muito, desenvolvedor de informações.
De ambos, educadores e educandos, observados como figuras centrais no processo de ensino e aprendizagem virtual, se requer a compreensão de que tais ferramentas só têm as potencialidades interativas desse sistema quando condicionadas à predisposição ao desempenho conjunto das atividades, destacada a permuta constante. O êxito do processo de ensino-aprendizagem compete exclusivamente aos protagonistas -professor e alunos-, ocupados em construir um convívio, consolidando a confiança enquanto premissa dessa relação, a fim de suplantarem dificuldades, assumindo a posição de intérpretes principais numa conjuntura de comunhão de princípios e recíproca assistência. Com incessantes mudanças na Educação, dos professores espera-se a frequente e continuada formação, com o objetivo de, em parceria com os alunos, dialogar nos campos virtuais de aprendizagem e, através das tecnologias da informação e comunicação, promover a instrução, estimular o exercício e a experiência, abordados com o tirocínio da prática. Sob este enfoque, as atribuições alteram-se radicalmente. De um lado, o aprendiz se distancia, sim, da figura de mero receptor de informações ou de conteúdos destinados à sua reprodução. De outro, o educador atua como um mediador comprometido com a aprendizagem do educando. Aluno e professor assumem parceria em uma comunidade virtual de estudo e pesquisa.
(Caos Markus)
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