A questão da participação está centrada na busca da justiça, da liberdade, democracia e coletivismo nas decisões. Trata-se de colocar em prática a atuação dos pais nos debates escolares, sem perder a eficácia de qualquer sistema educacional.
Significa, ainda, unir aqueles que pensam sem fazer, com aqueles que fazem sem pensar, de tal forma a produzir subsídios à escola, no campo das teorias e metodologias científicas, aplicando-as na prática, sempre a buscar uma Educação de qualidade.
Significa, ainda, unir aqueles que pensam sem fazer, com aqueles que fazem sem pensar, de tal forma a produzir subsídios à escola, no campo das teorias e metodologias científicas, aplicando-as na prática, sempre a buscar uma Educação de qualidade.
Passar do discurso à prática deve ser o caminho, com ações viáveis à aproximação entre a escola da comunidade.
Essa escola pode e deve trabalhar para atender às aspirações populares, seus problemas e o encaminhamento de possíveis soluções, revendo valores, desativando mecanismos possivelmente inúteis, e ativando novos, aptos a consolidar a estreita relação escola-povo no cotidiano das ações ‘intra’ e ‘extra’ escolares.
Esses anseios carregam em si a força de causar mudanças nas injustas condições sociais, tornando-se, portanto, grande perspectiva de, conjuntamente, conquistar frutos, se houver construção da vivência participativa.
Se o povo sentir respeito por sua cultura e valores na sua escola, a teoria se transformará em práticas democráticas. Por isso, ‘entrada’ e ‘permanência’, são as primeiras condições de valorização do aluno e da comunidade.
A escola precisa rever suas ações para não "expulsarem" os pais e alunos do processo educacional. Com efeito, é necessário diagnosticar o ‘saber’ e o ‘pensar’ do povo, que quer, sim, escolas públicas bem qualificadas.
Não se permite confundir ‘colaboração’’ com participação’. Chamar os alunos e pais a contribuir com algo fechado e vago não é a participação desejada. Conclamá-los, ainda, para decidir alguns pontos já previamente escolhidos pela direção ou pelos professores, também não é transformar realidades.
Participar é estar presente na deliberação dos rumos da ‘instituição-escola’; é de fato dar condições de formação onde todos se sintam construtores dos encaminhamentos pedagógicos de uma escola e, então, entender que a escola lhes pertence.
Comunicação é a ‘palavra chave’ no envolvimento da efetiva participação. Impõe-se garantir às famílias amplas e constantes informações escolares, caracterizando essa comunicação enquanto elemento imprescindível na cooperação mútua da comunidade/escola, guardando-se, obviamente, a especificidade dos diferentes papéis por ambas representadas, sem, contudo, relegar à inferioridade a meta comum.
Os conteúdos das mais diversas disciplinas podem e devem, aproveitando os temas transversais, ser os meios de estabelecer relações significativas entre quem aprende, quem ensina e os todos os demais indivíduos que vivem em comunidade.
Usar os bairros, vilas, ruas, moradores, lideranças, festas religiosas, questões ambientais, jogos, no envolvimento motivador, levará a cultura local para dentro da sala de aula, o que dará como eco, sentido nas aspirações da comunidade, favorecendo a integração escola/comunidade, promovendo a efetiva cidadania de todos os segmentos.
De fundamental importância, deve-se, durante o Planejamento, convocar uma reunião de pais, expondo-lhes o conteúdo das disciplinas a serem trabalhadas com os alunos e as técnicas para se chegar a um bom resultado. Nesse dia, eles serão questionados e estimulados a sugerir mudanças no próprio Planejamento.
Após debates, tais propostas integrarão o Projeto Pedagógico da escola. Dos pais, se bem motivados, surgirá rico manancial de proposições, viáveis em sua aplicação, levando a escola a pensar e criar situações incluindo a comunidade. Dessa compreensão, nascerá não a esperança por contumácia adiada, mas sim a escola melhor, já desde então uma realidade em construção, através de outra metodologia, pela qual quem ensina também aprende.
(Caos Markus)
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