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REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
TERÇA-FEIRA, 1 DE FEVEREIRO DE 2011: "GRAFISMOS"
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SEGUNDA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2011: "RAZÃO DE SER"
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DOMINGO, 30 DE JANEIRO DE 2011: "QUANDO"
domingo, 19 de dezembro de 2010
SEXTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2011: "ASAS"
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QUINTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2011: "MATER"
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
QUARTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2011: "ARGUMENTOS"
TERÇA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2011: "PROMOÇÃO"
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Se 'metáforas' são também 'codificações', já as 'alegorias', eu creio, são pouco menos que 'adornos', mais realce no inexpressivo carente de evidência. A Igreja, desvincula-se até mesmo dos ritos e dos mitos (suas antigas metáforas), reduzida à alegoria do'bem' (deus) contra o 'mal' (satanás). E assim adorna a psique coletiva, adulterando o sentido de 'alma' (como definida e conceituada no grego), para pretensamente "promovê-la" a 'espírito'.
Ave, Cesar!
Amém!
(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 24 DE JANEIRO DE 2011: "MEDIDA"
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
SÁBADO, 22 DE JANEIRO DE 2011: "PROGNOSE"
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Considerando que o coletivo de porco é 'vara'; e, mais, considerando que a alma quando cutucada vira uma onça; certamente há de tomar o remédio pelos seus efeitos colaterais quem cutucar a alma com vara curta. Em casos assim, entendendo a demência como veemência da personalidade, é indispensável livrar-se dos paradigmas, das referências. E de chofre, escolhendo dos 3 porquinhos o Prático, convém ingerir, em baldes alopáticos, todos os desfechos. Porque 'desfechar' é tirar o fecho, abrir o que se pensara ser o fim. Enfim, se já somos alguns dos tão poucos, isso é bom começo para uma Fazenda Modelo, "chicando" com Buarque, ao invés de exclusiva Revolução dos Bichos, no Orwell do antes muito depois "1984".
Afinal, qual prognose, a da vida? Nem isso nem aquilo, ela nem sabe que vida é, além dessa porcaria gostosa de sermos os porcos na vida dos homens.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2011: "SEREI?"
QUINTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2011: "INFLEXÃO"
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Dela assim eu ouvi: "-Amigo, foi apenas um comentário, sem um direcionamento". E assim falou Charles Ramuz: "A poesia não está nem nos pensamentos, nem nas coisas, nem nas palavras; ela não é nem filosofia, nem descrição, nem eloquência: ela é inflexão".
Ora, afirmam os gramáticos: não é raro as 'flexões' (que ocorrem sempre no fim dos vocábulos, e por isso comumente chamadas 'DEFLEXÕES'') serem acompanhadas de mutações internas do vocábulo, conhecidas como INFLEXÕES. Nas gramáticas é estudo sistematizado sob o nome de apofonia.
Tudo considerado, como poderei não imprimir direcionamento sem o risco de causar um curvamento? E notando o vínculo entre INFLEXÃO, ENTONAÇÃO e FONEMA, 'ideologia' pode ou deve ser compreendida por sons (fonemas) guturais entoados (e, pois, flexionados) de forma tônica? Ou, mutante, a 'ideologia' é "apofônica"?
A ela, então, eu respondi: "-Clareza' é artifício que não desvenda. Nem mesmo sei se tirar a venda possibilita enxergar luz alguma."
(Caos Markus)
domingo, 12 de dezembro de 2010
QUARTA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2011: "DOMINAÇÃO"
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SEGUNDA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2011: "ALERTA"
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Mesmo quem faz o jogo do poder é movido na crença ideológica de que ele existe. O mal denominado 'poder' não é mais que a institucionalização da força.
Se houver alerta, para 'reflexão', a própria filosofia será alertada, considerando que 'refletir' é intrínseco ao filosofar. E, por efeito, o alerta também será instrumento ideológico.
(Caos Markus)
DOMINGO, 16 DE JANEIRO DE 2011: "DESVARIO"
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Trata-se mesmo de um país barroco, o Brasil, na acepção primitiva deste vocábulo. A natureza humana, assim me parece, é essencialmente tolerante à humilhação. O opressor humilha a si mesmo, por não conseguir enxergar sua própria humanidade, reflexo, apenas, da humanidade alheia. A norma, trocando em graúdos, é então uma só para ambos: o desvario da imutabilidade.
(Caos Markus)
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
SÁBADO, 15 DE JANEIRO DE 2011: "ORBITANDO"
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SEXTA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2011:"BOIADA"
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(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2011: "RABO-DE-ASNO"
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É da estirpe, a índole da indolência. É a teoria do acaso confirmando-se ocasionamente em sucessivas (re)descobertas de um país onde a terra à vista é anunciada quando se viu o que ainda se vê: a herbácea -nas vagas litorâneas- cujo nome, 'rabo-de-asno', cunhou a idiossincrasia nacional.
(Caos Markus)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
TERÇA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2011: "GUIA"
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Amados irmãos! Vós que estais desesperançado, pessimista, com titica de galinha na cabeça... Deixeis de cacarejar igual a uma broaca velha! O poder desta oração vos libertará, e então podereis alcançar a divina graça de enxergar mais de um palmo além do próprio nariz! Vós andareis novamente de quatro, deixando de se rastejar qual um réptil, e voltando a ser o símio de sempre! Oremos, todos! Oremos àquele a quem já chamamos de corrupto, apenas porque por nós jamais ele tenha levantado um dedo sequer... É ele o nosso único guia, quem nos devolverá o paraíso na farta distribuição de milagres das foices e dos martelos! Glória, irmãos! Ele veio nos buscar! Ele nos ama, e quer todos sentados à sua esquerda, porque a esquerda é o caminho da vossa libertação...! Caríssimos! O demônio capitalista será expulso, agora ! "-Vade retro, porco capitalista selvagem!!! Abandone nossos amados irmãos, eles não lhe pertencem, ó senhor banqueiro das trevas!!!".
Que nenhum de vós seja escravo da insanidade inescrupulosa de 'sua', de 'tua', de 'vossa' sede de lucros... Todos os que estão no meio de nós, protegidos pela luz de nosso amado mestre!
Para todo o sempre, desde ontem até amanhã.
(Caos Markus)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JANEIRO DE 2011: "PERSPECTIVA HUMANÍSTICA"
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DOMINGO, 9 DE JANEIRO DE 2011: "PURGAÇÃO"
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Conheçam os sábios que o indubitável é sempre questionável, segundo o livre convencimento adquirido através de provas refutáveis. Afinal, ninguém pode afirmar um conceito sem antes ter uma tese. O que faz de todo tratadista um festejado preconceituoso. Por isso esse nó na garganta, essa eloquência sempre consentida, mas jamais admitida se o grito é de alerta. Aliás, não cabe mais qualquer ingenuidade no trato particular da coisa pública.
Porque é público e notório o alto teor de fumaça no fogo das paixões, dessas que por si só arrasam sistemas econômicos inteiros, levando consigo ímpios governantes ao calor abrasador da purgação.
(Caos Markus)
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
SEXTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2011: "ALCANCE"
domingo, 28 de novembro de 2010
QUINTA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2011: "FORÇAS NO PODER"
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O conhecimento da origem do Estado tem o seu valor na medida em que, informados dos pressupostos, das conveniências e necessidades humanas, certamente se poderia partir para uma concepção de Estado que atendesse efetivamente a realidade jurídico-social-econômica da contemporaneidade. Assim, por exemplo, para Friedrich Engels, a força pública é tão velha quanto o Estado, ou seja, um dos traços característicos essenciais do Estado, segundo Engels, é a existência de uma força pública separada da massa do povo, razão pela qual os franceses do século XVIII não falavam de nações civilizadas, mas sim de nações policiadas.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO DE 2011: "MORFO"
TERÇA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2011: "FALÊNCIA"
SEGUNDA-FEIRA, 3 DE JANEIRO DE 2011: "DESNORTEADOS"
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Eis os limites a que nos reduziram: externamente, a pressão do neocolonialismo; aqui dentro a evidência do coronelismo por mandato, confundindo lei com ordem-de-serviço. A aritmética -de um e de outro é ficção- é surreal, ilusionista, é Steven Spielberg, Salvador Dali, David Coperfield. Valor nominal e valor real são tratados como uma coisa só, o mesmo número; comemora-se a queda vertiginosa da inflação a percentuais mínimos, enquanto a miséria grassa em progressão geométrica. Os indicadores econômicos orientam contribuintes na desorientada bússola da reivindicação social; e o movimento sindical senta no rabo porque não aprendeu a fazer outras contas senão as do patrão. O país tropical, que tanto se orgulha de não ter terremoto nem morro de ventos uivantes , faz vista grossa ao “abalo sísmico” com “C” de cebola, e provoca fendas e grotas na sua sociedade “extratificada” com “X” de “maucon-néx” róliudiano. O que fisiologicamente obriga a nação a ser ‘rép’; falando e escrevendo sem vírgulas , ansiosa por chegar lá , aonde a classe operária vai ao paraíso. Temos visconte - biscoito e chocolate; temos felino - gato siamês, xifópago, sete vidas e um destino; de cinema temos o novo, ainda que por aqui deus e o diabo estejam na terra do sol; do italiano, temos uma certa inclinação mafiosa para desejar ter nascido na Calábria e comer o espaguete alheio; do francês, nem Godard, apenas a vaga lembrança de um 14 bis sobrevoando Paris pelas mãos de um refinado Dumont. Você já foi à Bahia ? Então não vá. Barra por barra, farol por farol, o Rio de Janeiro continua lindo ( Alô, alô, aquele abraço ! Alô, alô, eu me desfaço ! ), tem Teresa da praia que não pode ser minha nem sua também. E a garota de Ipanema, mora hoje em Vigário Geral, lava roupa todo dia, que agonia ? Ou não sabe mais pra que lado vai, quando tanto corpo cai? Nem palaciana nem miliciana? Tanto faz!
São Paulo, meu irmão de fé, meu amigo, meu camarada lenitivo ( nada, mas nada mesmo a ver com Lenin), não é mais da garoa, é submersa nas torrentes das paixões políticas que vão para o esgoto entupido da plebe rude. Não fume quando vier para cá. Nem pise na grama do Pacaembu, nem se esqueça, jamais, de fazer aquilo a que já está habituado desde o primeiro plano sazonal da temporada de caça aos famintos: aperte os cintos e sinta (nuncassabe!) uma-lufada de ar oxigenando os seus pulmões ecológicos como a rosa de Nagasáki, sempre que descer na liberdade. Liberdaade, liberdaade... abre as asas sobre nós...nas chuvas, nas tempestades, nas inundações...!!
Que horas são? Que dia é hoje? Que ano? Que século? Que era a nossa, neopaleolíticos?
(Caos Markus)
DOMINGO, 2 DE JANEIRO DE 2011:"HOJE COMO ONTEM"
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SE A HISTÓRIA NÃO É CÍCLICA, O CAPITALISMO NÃO É MAIS QUE ISTO
Também outrora o poder e a ganância destruiram as concepções estóicas de um estado de natureza, no qual inexistiriam fronteiras e distinções entre os homens. Época em que, paradoxalmente, o poder ideal do Estado Universal prestou-se à busca da felicidade coletiva, e ao mesmo tempo à ânsia e manutenção dos privilégios dos que nesse período histórico detiveram para si o poder, longe de beneficiar a todos igualmente. Ora, somente no Direito Natural, revestido da essência da idéia do direito, é possível a racionalidade, mesmo encarnando tendências à codificação e ao entendimento da jurisprudência como dogmática. Pois, presente também a concepção de que o direito é o justo, quer no 'justo natural' quer no 'legal'. Os preceitos, enfim, que impregnariam o conteúdo do direito ocidental. Direito esse inserido no Estado-império, fruto da evolução histórica, onde a 'Cidade-Estado', idealizada pelos filósofos gregos Platão e Aristóteles, sofreu drásticas mudanças. A nova espécie de Estado evolui ao tempo da evolução política de Roma. A fase original dos negócios romanos foi a de uma aristocracia de tipo muito pronunciado; e a história interna de Roma, por dois séculos e meio (desde a expulsão do último rei etrusco,Tarquínio, o Soberbo, até o início da primeira guerra púnica, em 264 A.C.), consistiu na luta pela supremacia de duas ordens: a patrícia e a plebéia.
Essa luta apresentava uma estreita semelhança com a que se processou entre a aristocracia e a democracia nas Cidades-Estados da Grécia. Como na Grécia, classes inteiras da comunidade, os escravos, os libertos, os homens livres pobres ou sem propriedades , os estranhos ou estrangeiros, jamais participaram da luta, deparando-se completamente alheios ou abaixo do conflito. Os patrícios fizeram uso mesquinho de sua vantagens políticas, enriquecendo-se através das conquistas nacionais, à custa não somente do inimigo derrotado como também dos plebeus pobres que, tendo abandonado as suas terras, endividaram-se durante o serviço militar. Os plebeus foram excluídos de qualquer participação nas terras conquistadas; os patrícios as dividiram entre si. A existência do dinheiro, por outro lado, aumentou consideravelmente as facilidades do usuário e as dificuldades do devedor por empréstimo.
E A HISTÓRIA NÃO É CÍCLICA?! ENTÃO, ELA REFLETE -NÃO SE PODE DUVIDAR-'ANALOGIA' ENTRE OS SEUS FATOS, NO DECORRER DOS SÉCULOS.
(Caos Markus)
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
SÁBADO, 1 DE JANEIRO DE 2011: "MURALHA"
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Ao som de um bolero vienense, valsavam todos um maxixe na corte do rei na barriga. No frenesi, ninguém suspeitava que a seca já não era mais nordestina, castigando agora toda a democracia racial irmanada no projeto de redenção do ser desumano. E chovia tanto lá fora, mas chovia tanto, a ponto de não perceberem que os tempos eram outros, não mais os bons tempos da felicidade geral da nação; se dançavam conforme a música, bailavam sem melodia, pois a orquestra cochilava, exausta de repetir economicamente as mesma seleções. Eis que a voz do Brasil emudece. Geléia geral. Afinal, por que silenciara o brado? E o bardo, por que não trovava as canções à formosura feminina das tropas entrincheiradas no golfo da baía da Guanabara? Estácio de Sá e São Sebastião bem que serviram de exemplo aos incautos sobre o pouco ou nenhum valor das flechas de cupido. Somente um motim explicaria aquelas naus à deriva, sem socorro algum, perdidas no triângulo de vértice apontado para baía dos porcos latinos! Desesperadamente, ao alerta estrondoso acorreu a multidão para o abrigo anti-eleição evitando ser torpedeada pelos napalms de gases paralisantes. Os sobreviventes, lembrando Orwell, revolucionaram em perfeita coalizão com um admirável mundo novo, todo cheio de expectativas, prometedor e cumpridor dos básicos direitos dos sem vale-refeição.
Como explicar o surto de febre verde-amarela contagiando de progresso a desordem na plantação de bananas da república? Obra de acaso? Não. Definitivamente, não. Não se permitiam interpretações doutrinárias, ainda que alicerçadas em decisões jurisprudenciais; o retrocesso seria expurgado a todo custo, exilado aos confins da reduzida mata atlântica, sem direito a verde, sem passagem na ponte aérea dos zepelins e dos "gatos" de TV fechada e da Net. A própria lei da gravidade, bem como a sua irmã siamesa, a da oferta e procura, foram abolidas, para coibir os que levitavam na demanda. Aquela enfermidade, certamente, aparentava ser um resquício de miliciana ditadura, ou melhor, de todas as ditaduras adormecidas no extinto vulcão da cordilheira do planalto do centro-oeste, leste-sul do Trópico por onde morreram na praia tantos projetos faraônicos, inclusive o da muralha separando o gueto favelado da cidadania urbanizada. Ao longe alguém cantarolava despreocupadamente uma nova cantiga de ninar, inspirada, talvez, nos cânticos gregorianos, dos mais modernos papas da mídia eletrônica. Anunciava-se a vinda celestial das ondas sonoras captadas nas antenas de retransmissão dos mais íntimos impulsos passionais, avizinhava-se a salvação pelo sagrado direito à mediação de todo homem livre.
Dito e feito. Nunca mais os trocadilhos seriam a máxima expressão da realidade nacional. Afinal...!
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2010: "HESITAÇÃO"
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Sócrates...
Ele e Jesus prefaciaram os sofistas, no posfácio dos cínicos.Em comum, muita retórica a servir de nota de rodapé para Platão, Lucas, João...os evangelistas todos.Alguma semelhança com a preguiça de outros INcomodados, a exemplo de "To be or not to be, that is the...". A questão é que lideram. E o fazem porque hesitam, e de tal maneira que, superando qualquer antinomínia, aproximam inércia e movimento, induzindo, na eloquência de reflexão, o gesto sem ação.
(Caos Markus)
QUINTA-FEIRA, 30 DE DEZEMBRO DE 2010: "PROLE PLEBE"
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Filhos da mãe, gentil Portugal
Brasa infernal, vermelha tinta do pau
que mata a cobra...
E... nada sobra
Espanha moura no meu quintal,
arriba ao interior, afinal.
Sou jaçanã, um bastardo do Tio Sam.
Mas se ergue a clava
o teu braço ao norte...
É dependência, é morte!
Pois, és tu a mil
num sonho vívido, raio que aparta
em duas a prole plebe do Brasil
nesta terra firme deste estado-Esparta.
Já podeis a Pátria, de repente,
ver ordem unida, jamais será vencida.
Mãe gentil, abre as asas sobre nós,
iberdade, liberdade, deitada eternamente.
(Caos Markus)
QUARTA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2010: "SHOPPING CENTER"
Uma grande fonte do poder das empresas transnacionais nos países de frágeis economias é o controle da ideologia, ou, por equivalência, dos valores que condicionam a maneira como vive um povo. Nesses casos, a propaganda governamental não se iguala ao poder da publicidade. São dos conglomerados empresariai...s a decisão do que será assistido na televisão e nos cinemas, qual a programação no rádio, o conteúdo dos jornais e revistas; e, generalizadamente, de tudo o que é oferecido nos meios mediáticos, com destaque à internet. Para a imensa maioria da população, o contato com a escola é passageiro, porém, perdura por toda a sua vida a estreita proximidade com esse "mercado livre".
Pela vastidão do subdesenvolvimento, as empresas -no contexto do processo da globalização- comercializam, como enorme sucesso, os mesmos sonhos que vendem ao mundo industrializado. Estimular o consumo em países de baixa renda e adaptar preferências locais a produtos distribuídos mundo afora, este é o propulsor de um crescente "Shopping Center" sem fronteiras. Em suas "lojas", a prioridade da política desenvolvimentista (destinada a atenuar os mais cruciantes problemas verificados na precariedade do ensino e na inconsistente cultura dos países consumidores) se resume a um artigo: a transferência de ideologia do mercado produtor, assegurando o lucro fácil gerado pela facilitada demanda.
(Caos Markus)
TERÇA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2010: "BINÔMIO"
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Ainda que fenômenos distintos, o poder e a violência constantemente aparecem juntos. Associados, o poder é fator principal e predominante. A usual identificação de violência e poder provém da consideração de que o governo se exerce como domínio, aparente ou dissimulado, do homem sobre o homem, através da violência explícita ou tácita. Todavia, o poder não se reduz à dominação nem à imposição da força, porque violência e poder não são fenômenos naturais, mas pertencem a outro domínio, ao dos assuntos políticos, cuja qualidade -essencialmente humana- é a garantia da faculdade de ação do homem, considerada a sua capacidade de iniciar um novo processo, abordando outros contextos.
'Agir' tem por genuína acepção o significado de 'trazer', 'criar', 'Agir' se traduz, portanto, em 'movimentar-se', em expressão de sua atividade por meio de contínuo exercício.
Nesse sentido, o Estado não é um produto do pensamento mas sim da ação. Então, quando limitado à idealização, restrito à ideologia, esse mesmo Estado é violento.
De igual maneira, qualquer revolução calcada taõ-somente no pensar contínuo, em desprezo à ação sistemática, não é revolução, é a inércia do homem no reducionismo da sua inócua prática, circunscrita à confirmação da violência no binômio opressor-oprimido.
(Caos Markus)
sábado, 20 de novembro de 2010
SEGUNDA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2010: "TRANSGREDIR"
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010
DOMINGO, 26 DE DEZEMBRO DE 2010: "IMPOSITIVO"
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Se a norma deve corresponder a uma realidade concreta, também, a um só tempo, não se pode relegar a plano secundário a natureza da ciência jurídica, qual seja, 'normativa', em absoluto. Todavia, no Brasil, hoje, é tendência que se consolida explicar o mundo jurídico tão-somente através da Sociologia, em exage...ro muito próximo a desvio doutrinário; ou, dando "nome ao bois", atalho denominado "Sociologismo Jurídico". Ora, inegável, é de se reconhecer a vantagem ao jurista de não perder contato com a realidade histórico-social. Condenável, entretanto, é o Direito excluir toda especulação ideal sobre a justiça e acerca dos valores éticos, visando, assim, transformar 'fatos' em 'valores'.
Com efeito, a impositiva "cultura da conciliação", prática usual em todas as instâncias do Judiciário, traduz-se em negação dos nossos fatos históricos-sociais, subverte o Direito, e oculta a concretude de outra realidade -a epidemia do corporativismo na magistratura; fenômeno este que se presta a apartar o cidadão 'jurisdicionado' da 'casta judicante', ficcionando "direitos" àquele apenas para a preservação dos privilégios desta.
É o Estado-Juiz, fac-simile do Estado Político-Administrativo institucional, a proclamar 'emancipação popular' (mesmo com recusa ao Direito Alternativo, a via típica dos movimentos sociais), enquanto mantém para si patrimônio que nem 'de fato' nem 'de direito' lhe pertence: a nação brasileira.
(Caos Markus)
SÁBADO, 25 DE DEZEMBRO DE 2010: "FUTURISMO"
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Eis que somos do futuro a vanguarda:
na supressão do antagonismo, positivamos o consenso, institucionalizando a cultura da conciliação; sacralizando o profano, celebramos o paganismo abençoado; no coloquial, toda a erudição da nossa retórica; e na mímica, a exclusiva manifestação gestual do amor.
Eis que fomos ao futuro sem o pretérito e o presente na bagagem.
(Caos Markus)
domingo, 14 de novembro de 2010
QUINTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2010: "APÓCRIFA"
QUARTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2010: "LIÇÃO"
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
TERÇA-FEIRA, 21 DE DEZEMBRO DE 2010: "FADÁRIO"
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(Caos Markus)
SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2010: "QUEM FALA E O QUÊ FALA"
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DOMINGO: 19 DE DEZEMBRO DE 2010: "MUROS"
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SÁBADO, 18 DE DEZEMBRO DE 2010: "FORMATO APOLÍTICO"
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A propaganda assumiu função antes pertencente ao setor público. Hoje, notícia e anúncio não mais se diferenciam, forjando uma unanimidade estruturada na dinâmica do consenso. Este, agora, é a boa vontade estimulada pela publicidade; e os cidadãos tornaram-se consumidores do Poder Público, diante da ar...tificialização da esfera pública.
Frente ao marketing político, nota-se a falsidade das discussões, tendentes apenas a reforçar as "opiniões". Em vez de 'esclarecimentos', os partidos políticos querem persuadir, convencer, retomando o objetivo da ideologia, embora apoliticamente formatada para caracterizar-se como venda política.
A ausência da publicidade crítica impede a opinião pública de ser real expressão de concreto fato público.
(Caos Markus)
SEXTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2010: "SAPIÊNCIA-SAPIENS"
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QUINTA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2010: "PERMUTA PARA O REENCONTRO"
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010
QUARTA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2010: "MANDANTES"
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Quanto mais eu repenso e mais convicção eu tenho acerca desta necessidade humana: preservar a psique através de toda e qualquer 'realidade' ficcionada; manutenção da 'alma' por representação, com outorga de mandato a divinizada superioridade. Todavia, ou por isso mesmo, somos nós mesmos os 'mandantes' do deus 'mandatário'.
(Caos Markus)
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