Se é para exorbitar, não exorto órbita alguma.
Eu quero a transgressão para trasladar movimento
ao entorno de qualquer eixo, distanciando-o
da translação, dia e noite, noite e dia.
Porque uma andorinha, só não faz verão.
Ou, nada disso, talvez esperando que
na próxima estação eu possa descer,
deixando prosseguir, livre, minha alma
o seu itinerário alheio a rotação.
Reflexo, a imaginação nas asas
de quem se perdeu da razão,
a caminho de latitudes, ao encontro meridiano
de paralelos concêntricos e não equidistantes.
Instantes, é o que tenho.
Dos instantes em que me des(re)conheço,
fora do alcance da procura desistente,
na jornada de apelo silente,
mais adentro, afastada do horizonte no centro.
(Caos Markus)
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