Dela assim eu ouvi: "-Amigo, foi apenas um comentário, sem um direcionamento". E assim falou Charles Ramuz: "A poesia não está nem nos pensamentos, nem nas coisas, nem nas palavras; ela não é nem filosofia, nem descrição, nem eloquência: ela é inflexão".
Ora, afirmam os gramáticos: não é raro as 'flexões' (que ocorrem sempre no fim dos vocábulos, e por isso comumente chamadas 'DEFLEXÕES'') serem acompanhadas de mutações internas do vocábulo, conhecidas como INFLEXÕES. Nas gramáticas é estudo sistematizado sob o nome de apofonia.
Tudo considerado, como poderei não imprimir direcionamento sem o risco de causar um curvamento? E notando o vínculo entre INFLEXÃO, ENTONAÇÃO e FONEMA, 'ideologia' pode ou deve ser compreendida por sons (fonemas) guturais entoados (e, pois, flexionados) de forma tônica? Ou, mutante, a 'ideologia' é "apofônica"?
A ela, então, eu respondi: "-Clareza' é artifício que não desvenda. Nem mesmo sei se tirar a venda possibilita enxergar luz alguma."
(Caos Markus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário