Uma grande fonte do poder das empresas transnacionais nos países de frágeis economias é o controle da ideologia, ou, por equivalência, dos valores que condicionam a maneira como vive um povo. Nesses casos, a propaganda governamental não se iguala ao poder da publicidade. São dos conglomerados empresariai...s a decisão do que será assistido na televisão e nos cinemas, qual a programação no rádio, o conteúdo dos jornais e revistas; e, generalizadamente, de tudo o que é oferecido nos meios mediáticos, com destaque à internet. Para a imensa maioria da população, o contato com a escola é passageiro, porém, perdura por toda a sua vida a estreita proximidade com esse "mercado livre".
Pela vastidão do subdesenvolvimento, as empresas -no contexto do processo da globalização- comercializam, como enorme sucesso, os mesmos sonhos que vendem ao mundo industrializado. Estimular o consumo em países de baixa renda e adaptar preferências locais a produtos distribuídos mundo afora, este é o propulsor de um crescente "Shopping Center" sem fronteiras. Em suas "lojas", a prioridade da política desenvolvimentista (destinada a atenuar os mais cruciantes problemas verificados na precariedade do ensino e na inconsistente cultura dos países consumidores) se resume a um artigo: a transferência de ideologia do mercado produtor, assegurando o lucro fácil gerado pela facilitada demanda.
(Caos Markus)
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