REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
TERÇA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2012: "A REALIDADE DO DESEJO HUMANO"
A má-fé é uma tentativa frustrada de negar a liberdade, pois o ser humano só pode negá-la à medida que ele é livre. É por ser liberdade que o homem escolhe ser de má-fé, porque ele a escolhe como estratégia de 'fuga da angústia da decisão' e das consequências desta, ou seja, o homem quer negar, ao ser de má-fé, a responsabilidade, que é a condição básica da liberdade.
Trata-se de liberdade a supor ideia de movimento, visto ser o homem um processo permanente de constituição de si mesmo, que -enquanto tal- é livre para projetar-se, a todo momento, ao futuro. Assim, de forma a poder negar o presente, tanto quanto nega a si mesmo.
Esta liberdade orienta esse projetar-se na proporção em que, ao escolher uma dentre um sem número de possibilidades, o sujeito simultaneamente define o caminho a seguir para a constituição de si.
A busca inelutável em 'ser' explica a conduta da má-fé, considerando a necessidade do ser humano de atingir a sua essência, porquanto 'deseja ser' e, por conseguinte, almeja 'ter a estabilidade do ser-em-si'. Entretanto, isso é impossível: ter a estabilidade do 'ser-em-si' mais a consciência que o 'em-si' não possui. Por isso, o homem é uma paixão inútil, observado a sua cobiça fundamental -a de ser-, equivalente ao desejo de ser deus. Afinal, este último é, metafisicamente, o 'ser-em-si-para-si'. E, confirma-se, o homem jamais terá a sua ambição realizada.
(Caos Marcus)
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