REMETENTE e DESTINATÁRIO alternam-se em TESES e ANTÍTESES. O ANTAGONISMO das CONTRADITAS alçando vôo à INTANGÍVEL verdade.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
DOMINGO, 16 DE DEZEMBRO DE 2012: "QUSE SOMOS"
Por que essa idéia fixa de que o presente é tão marcante e passará, inevitavelmente, para a posteridade? Somos todos incapazes de lembrar que o pretérito sempre foi conjugado no futuro. E queremos acreditar que o último, o mais recente golpe é o derradeiro e o decisivo. Nada é definitivo, isto sim, como nada é definido, com certeza. Mas, não! tolos que somos enxergamos o auge naquilo que ainda é o primeiro passo, tanto quanto professamos o apocalipse no que não passa de um tumulto. É a ansiedade típica do homem, onde tudo deve sério e grave por existir.
Nessa linearidade, tornamo-nos visionários de fatos corriqueiros, na defesa intransigente da arrogância peculiar à nossa pequenez. Pois, então, tudo prometemos: o que os outros não cumpriram e o que também não cumpriremos. Um caminho curto para a discordia, e todos discordando por pura retórica. Alternadamente, pessoas, grupos sucedem-se uns aos outros na prerrogativa da verdade inconteste; simultaneamente dizem as mesmas coisas em linguagens aparentementes diferentes, uns acredianto que agora é a sua hora e a sua vez, outros na pausa dos que em breve estarão de volta. Não entende-se quem realmente já esteve e se já esteve; não se sabe quem retorna e se retorna mesmo. Ou, quase somos.
Muitos, qual mariposas, gravitam em torno da ofuscante luz do poder. Há os que pretendem irradiar luz própria, clareando a caminhada de quem almeja mas não sabe respirar mas aliviado. Há outros, aqueles que viram arcos-íris e vestem-se de camaleão, no inverno crepuscular das gentes opacas. Que diferença substancial pode distinguir este que assume um governo e aquele que o deixa? Nenhuma. Somente um lapso de tempo os separa, pois que nos bastidores se revezam em protagonista e figurante, a apresentarem a peça que os aplaudirá, a assistida por uma platéia que jamais perde uma encenação do seu próprio enredo. Quem deixou o segundo ato no pano de fundo, prepara a nova maquiagem do "avant-premier"; quem volta nunca se foi. Se não parece assim é porque o trabalho do contra-regras ilude, em sons mixados, os discursos escritos pelo único autor - o povo. Mas, o povo...! O povo não percebe a troca de cenário, habilmente manipulada para o show continuar. Entre ovações e apupos, êxtase e delírio, pranto e gargalhada, dá o povo o colorido do moto contínuo.
(Caos Markus)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário