Anular a capacidade de reação, substituindo-a pela sujeição à modelos presunçosamente libertários, modernamente é mais que mera concepção, é antes de tudo instrumento de "condução". Assim é que os excluídos da "felicidade" devem procurar na "auto-ajuda" uma receita para aplacar a angústia, invariavelmente através do método anódinos, de curto alcance. A propaganda, atingindo níveis de superação crescente, cuida de regular a demanda dos necessitados, pela invasão sutil da privacidade, instituindo "linguagens" e "normas" a cada instante, padronizando a individualidade pela sua mais completa neutralização.
A liberdade, assim, não é mais direito, e sim "dever" de "conquista". A deturpação dos conceitos genuínos acarreta, então, o torpor característico do arroubamento do espírito e do desatino mental. Forjado na expugnação da própria alma, o intelecto nada mais engendra, produto que se torna da dissimulação. (Marcus Moreira Machado)
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