Comunicamo-nos porque temos carências, porque precisamos de muitas informações, preencher desejos, expectativas, acalmar nossos medos.
Comunicamo-nos na busca de integrar o eu dividido, as tensões que nos dispersam, os antagonismos que nos puxam em várias direções.
Comunicamo-nos na busca da integração de todas as dimensões dentro e fora de nós, do pessoal, passando pelo grupal até chegar ao estrutural.
Comunicamo-nos para fugir da solidão, porque nos sentimos sós, profundamente sós nos momentos decisivos - ao nascer, ao morrer e diante das muitas escolhas que vamos realizando ao longo da vida.
Comunicamo-nos para humanizar-nos, para conseguir tornar-nos mais equilibrados, abertos, sensíveis, positivos.
Comunicamo-nos para aprender, para desenvolver nossas melhores qualidades pessoais, profissionais, emocionais, familiares, estéticas.
Comunicamo-nos para sermos mais livres, menos dependentes do que nos escraviza: dinheiro, bens materiais, dependências emocionais, pessoas controladoras.
Comunicamo-nos para sermos felizes, para realizar as nossas verdadeiras possibilidades e ajudar para que outros também as realizem.
Comunicamo-nos para sentir o prazer de estarmos juntos; para realizar-nos em todos os níveis possíveis - no emocional, no intelectual, no familiar, no profissional.
Comunicamo-nos para mostrar aos outros que temos valor e para sentir-nos valorizados, acolhidos, produtivos.
Comunicamo-nos para inserir-nos, para sermos aceitos e interagir em vários espaços significativos, em vários tipos de "comunidades":
-comunidades de afeto e segurança (amizade, família);
-comunidades de trabalho, de aprendizagem, de lazer, de fé;
-comunidades locais, nacionais e internacionais;
-comunidades presenciais e virtuais.
Comunicamo-nos tentando entender o que estamos fazendo aqui na terra, na busca de um sentido para o caos e incertezas do nosso cotidiano.
Comunicamo-nos na busca das explicações fundamentais: De onde viemos? Para onde vamos? O que está além do que vemos?
Comunicamo-nos para tentar enfrentar a pedra de toque da nossa existência, que é a morte, ao percebermos a inexorabilidade do fim da nossa vida, apesar de tantos avanços da ciência.
Queremos saber se temos alguma chance de continuar existindo além da nossa vida física, se há uma lógica neste gigantesco universo que expresse de forma mais atual a ideia de um Deus, de uma grande Força.
(Caos Markus)
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