SOMENTE 3% DOS INQUÉRITOS ENCONTRAM CULPADOS PARA ASSASSINATOS
Mutirão nacional lançado com o objetivo de retomar investigações de assassinatos ou tentativas de assassinatos que estavam abandonadas teve pouco efeito prático.
A meta estabelecida por governo federal, Justiça e Ministério Público era concluir até o fim do ano passado 143 mil inquéritos abertos antes de dezembro de 2007 e que estavam sem solução.
Até dezembro de 2011, apenas 28 mil, 20% do total, tiveram um fim. E esse fim não resultou em apontar culpados. Cerca de 80% desses 28 mil inquéritos SÓ FORAM CONCLUÍDOS PORQUE OS CASOS FORAM ARQUIVADOS, SEM QUALQUER SOLUÇÃO.
O número de casos remetidos para o Ministério Público para que uma denúncia formal fosse oferecida à Justiça é de 4.652. Ou seja, pouco mais de 3% dos 143 mil casos que eram alvo do mutirão tiveram um culpado apontado.
Para um inquérito policial ser arquivado é preciso um parecer do Ministério Público e a concordância da Justiça.
O número de arquivamentos em todo o país só não foi maior porque 69 mil casos que a polícia queria arquivar foram mandados de volta às delegacias pelo Ministério Público sob o argumento de que as investigações eram insuficientes para que culpados não fossem apontados.
O ESTADO QUE MAIS ARQUIVOU INQUÉRITOS FOI O RIO DE JANAEIRO: CERCA DE 96% DAS INVESTIGAÇÕES FORAM ENCERRADAS SEM A DESCOBERTA DO CRIMINOSO.
FALTA INVESTIR EM ESTRUTURA E EM PERÍCIA
BAIXA CONDENAÇÃO
Para o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari, especializado em realizar mapeamentos de crimes, "está comprovado historicamente que impunidade gera violência".
O sociólogo Waiselfisz estima que em apenas 8% dos casos de homicídio o assassino acaba condenado.
Os Estados não investem nas perícias, que estão com equipamentos obsoletos. E o número de peritos é muito pequeno.
(copydesk, Caos Markus)
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