Partindo do pressuposto de que o mundo nasceu de um amor criador divino; sob a crença na evolução decorrente de um processo de 'amorização'; é de se inferir, por obviedade, que o amor é o primeiro (e muito possivelmente, o único) mandamento determinado ao homem. Mandamento nada fácil de obedecer, pela dificuldade em se amar, concreta e sinceramente, o próximo.
A hostilidade, de fato, parece ser algo adquirido ainda no nascimento de cada um de nós.
Afinal, não basta ser irmão em 'algo', mas em 'alguém', sempre, é onde e quando pode-se exercer a fraternidade. Trata-se de uma exigência capital: perceber a alegria nascida do amor no outro (maior que ele mesmo!); sentir-se presente na humanidade através do humano alheio. Importa em bem orientar essa 'potência', não desperdiçando-a em gestos estéreis, considerada possibilidade ilimitada, incansável, a trazer perspectivas de superação indefinida, numa significação realmente cósmica, em direção ao Universo avançando sobre cada um e em todos nós.
De outro modo, sequioso em saciar-se apenas na pequenez do gesto passional, emocionado mas ausente de sentimento; o humano ser seguirá por rota o 'todo', logrando, porém, preencher (pela materialidade ou multiplicidade crescentes de suas experiências) um desequilíbrio fundamental, exclusivamente.
O amor -essa reserva sagrada de energia-, nutre a evolução intelectual. A identidade humana de cada indivíduo só se completa, assim, na do outro, pois energia não se confina; ao contrário, expande-se.
(Caos Markus)
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