A compreensão de um 'objeto de conhecimento' surge estreitamente vinculada à possibilidade de o 'sujeito do aprendizado' reconstruir este mesmo 'objeto', por ter compreendido quais são as 'leis de composição'. Esta compreensão não é 'figurativa', mas sim 'operatória'. Não se trata de uma forma de conjunto, aceita por definitiva, porém, a de transformações que engendram essas 'configurações', em concomitância com as 'invariáveis' que lhes são próprias.
Uma 'prática pedagógica' não deve, pois, temer o 'erro' (sob a condição de distinguir entre erros edificantes e os que em nada contribuem para uma construção). E não deve, tampouco, ter receio algum em relação ao 'esquecimento', porque o importante não é o esquecimento, e sim a 'incapacidade' para 'restituir o conteúdo esquecido'.
Se o 'sujeito' de fato compreendeu o 'mecanismo de produção' do conhecimento, poderá então restituí-lo por si mesmo; não de uma maneira apenas, contudo, por múltiplas formas.
Ou há um 'sujeito' continuamente dependente de outros indivíduos (detentores de conhecimento, e que podem outrogá-lo), ou haverá um 'sujeito' independente, considerando ter compreendido os mecanismos de produção do conhecido. Este último converte-se, por consequência, em 'criador de conhecimento'.
Entre uma concepção do 'sujeito da aprendizagem' como 'receptor de algum conhecimento de fora para dentro', e a desse 'sujeito' enquanto seu 'produtor', constata-se enorme fosso.
Qualquer progresso no 'conhecer' (inserido num 'processo') somente será obtido através do 'conflito cognitivo', ou seja, sob a condição de um 'objeto' não assimilável forçar o 'sujeito' a modificar seus 'esquemas' de assimilação, levando-o a realizar um esforço de acomodação tendente à incorporação do até então não identificado (o tecnicamente denominado 'pertubação'). Igualmente, todavia, não será considerada 'intelectual', aleatoriamente, imprecisa 'atividade', tanto quanto não é qualquer um o 'conflito cognitivo factual' a permitir real 'progresso no conhecimento', causador do aprendizado que se constrói e se renova.
(Caos Markus)
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