Políticos simbióticos propagam por este Brasil afora as suas virtudes parasitárias. Na imensa maioria, eles estão convictos de que nos fazem falta, de que a nossa sobrevivência depende da deles. E para justificarem-se, os espécimes desta intrigante raça reunem supostos atributos, colecionados, todos, na efemeridade de vaga militância.
Como ainda subsiste nas multidões essa quase inexplicável predisposição para o fascínio em geral, entende-se porque não há grandes dificuldades na contínua formação de próceres.
E como há muito em que se acreditar, acaba-se por acreditar em qualquer coisa, num curto passo para se acreditar em todas as coisas, independentemente da sua maior ou menor veracidade.
Neste sentido, Caramuru continua vivo entre nós, formidável legião de boquiabertos, puro êxtase ante os encantos de muitos sapos que chiam.
Pensar ou dizer algo contrário a isso é correr o risco de significar alguma anomalia, anormalidade de um reduzido número de descontentes e impoliticamente incorretos.
Enfim, o fim.
A vigência é a da política do corpo, ou melhor, do corpo-a-corpo, no cenário globalizado da dependência em metamorfose, adquirindo cores, texturas e matizes vários, mas que de pluralidade só tem a multiplicidade nas formas de dissimulação.
(Caos Markus)
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