Um casal, uma família, entidade ou instituição; seja qual for esse 'sistema social', ele não é jamais a somatória de individualidades.
Embora bastante conhecido enquanto conceito, o 'sistema social' raramente é reconhecido na 'práxis de atividades associativas'.
Sabe-se, um 'sistema' não é mesmo mero resultado da soma de suas partes. Este é um 'princípio' sinalizador da importância de se considerar a constituição do agrupamento humano a partir de peculiaridades observadas apenas na essência de existências singulares, cujo perfil psicodinâmico não pode sofrer o reducionismo consequente dos vetores psicológicos de seus componentes.
O fenômeno centralizador da atividade de qualquer grupo é a interação entre seus membros, co-partícipes de uma relação. Na dinâmica dessa reciprocidade deve-se dirigir o interesse das averiguações e dos questionamentos, independentemente da máxima teórica desse ou daquele posicionamento, de modo a se compreender tanto os aspectos construtivos quanto os obstrutivos da atuação coletivizada dos indivíduos.
Em geral, define-se o homem como um ser gregário, em alusão à sua inata tendência a associar-se para assegurar sua identidade e sobrevivência, confirmando-as em espécie distinta das demais. Todavia, resta invariavelmente prejudicada a 'interação' humana face a obstrução ocasionada por um traço só presente no caráter desta mesma espécie: ao contrário de outros, o homem é animal que não se agrupa apenas para defender-se dos perigos naturais ou a fim de multiplicar sua capacidade de prover sustento e proteção para a sua prole. Ele também agrega-se com o objetivo de instrumentalizar seu domínio e poder sobre seus pares, mesmo quando essa subjugação não está vinculada a questões de sobrevivência ou preservação da espécie. E é quando isso ocorre que todos nos defrontamos com os mecanismos obstrutivos nos sistemas sociais, quer na dimensão do núcleo familiar, quer na órbita mais ampla das suas instituições.
(Caos Markus)
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