Cuidou Mohandas Gandhi de listar o que ele próprio chamou de 'os sete erros capitais do mundo'. Neste rol, incluiu o "conhecimento sem caráter" e a "política sem princípios", dando mostras de que, por mais diversificadas as culturas, e delas o seus efeitos em cada povo, há algo de comum, de universal nos homens, seja qual for o lugar onde eles nasceram ou se criaram. Então, transcendendo tempo e espaço, um indiano empresta, ao que parece, a sua lição de vida a determinados segmentos da sociedade brasileira. Basta conferir.
Aqui no Brasil, as duas máximas de Gandhi servem no mínimo como séria advertência a pessoas que, enveredando no dito mundo da política, convenceram-se da não provada intermediação entre o céu e a terra, numa aproximação entre Deus e César. E, pior, crêem mesmo que "foi Deus quem quis assim", escolhidas elas próprias como mensageiras divinizadas.
Dão a isso o rótulo fácil de "engajados". E para a consecução das suas desvairadas metas, esbulham partidos políticos, ocupando-os por "vias legais" e doutrinando-os pelas vias subliminares.
Desta espetacular e consentida conduta, fac-simile da 'Nova Era', adotando a 'unanimidade' como comportamento ideológico, tais indivíduos ilustram o antagonismo hoje observado neste país, e tão bem definido por Roberto Mangabeira Unger: "O país se dividiu entre o salve-se quem puder e o idealismo inconformado".
(Caos Markus)
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