Para que a História possa se subtrair ao massacre a que se intitula "progresso" é necessário o rompimento com tudo o que é histórico, ou seja, com o mal em sua temporalidade. É preciso cindir a noção de história enquanto sucessão de fatos num processo de continuidade marcado pela progresso científico-tecnológico linear, da forma estabelecida pela racionalidade de dominação.
A racionalidade científica, admitida por exclusiva forma de verdade, reprime a sensibilidade, num contexto de outros importantes aspectos da razão. Pois, a sensibilidade implica no 'sensorial', campo onde sensualidade e sensação têm sido compreendidas, pela sociedade repressiva, num absurdo eixo de antagonismos; e, por isso mesmo, preteridas no máximo reducionismo da racionalidade analítica.
Sob o deslumbramento das conquistas técnicas e científicas, no pragmatismo constata-se a regressão da sociedade, confirmada pela frequente periodicidade das recaídas, no auge da civilização, na ignominiosa selvageria, entendida esta na acepção mais vulgar do termo, qual seja, enquanto aberração a qualificar atos e gestos do homem contemporâneo.
(Caos Markus)
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