Eis o dilema: como romper o ciclo fatal de uma História que se naturalizou, perdeu seu papel humano, e o de uma natureza hoje artificializada, espectral, alheia ao ser humano que nela vive?
Vitimado pela transcendência de um 'suis generis' expatriamento, o homem atual (desprovido de fundamentação calcada em suficiência racional a garantir-lhe pertencer ao mundo), distante de qualquer estabilidade referencial permanente, duvida da sua própria identidade. Desguarnecido dos princípios lógicos identitários, o indivíduo é forçado a construir sua própria história, repensando a si mesmo enquanto sujeito que deve agir para confirmar-se.
Inserido ou tragado por circunstâncias de tão singular especificidade, a esse homem é indispensável uma outra representação do racional, capaz de reconciliar seus aspectos dominadores e calculistas com sua passividade e receptividade. Ele necessita de uma racionalidade apta a incluí-lo nas incertezas da História.
O enfoque, por efeito, é o redirecionamento da razão fundada no domínio, buscando ampliá-la em sua redefinição, de maneira a abranger suas característica controladoras e emancipatórias.
Apenas uma nova apreensão do tempo, não restrita ao do período histórico progresso, poderá proporcionar a reconciliação do racional com os objetivos dos sentidos.
(Caos Markus)
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