A infelicidade atual, generalizada, é a melhor e extraordinariamente importante prova de que (para a visão de outros relacionamentos sociais possíveis, além dos repressivos; e para um poder envolver-se em procedimento co-humano criativo) é preciso a completa libertação do vínculo com o mundo subjetivista, cartesiano, técnico, capitalista ou marxista. Entretanto, esse panorama abolutamente diverso, apto a resgatar o ser, não será adquirido apenas através dos livros. E, também, não poderá ser derivado de deduções lógicas de conceitos anteriores. Para se alcançar esta nova e salutar compreensão é indispensável a superação radical. O 'pensar', 'sentir' e 'enxergar' dos homens terá que saltar, do subjetivismo e psicologismo abstrato e possessivo das anteriores ciências humanas, para a dimensão concreta na qual já existimos em permanência precedente, ainda que sem o saber.
O que se passa neste salto a um novo relacionamento com o mundo é o desaparecimento absoluto do subjetivismo presunçoso, possessivo. Porque algo só pode tornar-se presente -e com isso "ser"- , quando possível fazer isso para dentro de um ambiente de 'claridade', resgatado então o essencial nesse novo relacionamento, que permite mostrar-se com significados muito mais ricos e fartos.(Marcus Moreira Machado)
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