Em notável velocidade, o mundo está se transformando. Com essa mudança, à sociedade é lançado o desafio de alterações extremas, quer na ciência e tecnologia, quer nas comunicações ou nos relacionamentos sociais. E qualquer modificação não poderá ser efetivada se mantidas as respostas legadas do passado. Diversamente, é imprescindível confiar em processos que conduzam aonde estão os novos problemas. Pois, quanto mais rapidamente ocorre a mudança, tanto mais as respostas, a metodologia e as habilidades, o conhecimento se tornam obsoletos, anacrônicos quase que em concomitância com o momento de sua aquisição.
Esta disposição enseja, para a educação, não apenas técnicas mais modernas, porém, um novo objetivo, o que contemple o desenvolvimento de indivíduos abertos à mudança verificada. Porque somente essas pessoas podem, construtivamente, ir ao encontro das irresoluções deste mundo em que os problemas se propagam mais rapidamente que suas respostas. Pessoas que, pela educação, desenvolvam uma sociedade onde se possa viver de maneira mais suscetível à transformação do que à inflexibilidade. No mundo de um futuro muito próximo, a capacidade de enfrentar adequadamente o novo será mais importante do que a aptidão de conhecer o velho e repetí-lo.
Neste processo, impõem-se, a um só tempo, a manutenção e transmissão de conhecimento e valores fundamentais do passado, bem como a imediata admissão das inovações que se façam necessárias à preparação diante das incertezas futuras. Enfim, construindo decisões, há que se criar meios ao desenvolvimento sem temor a inovações. O quê implica em maior relevância à aprendizagem do que ao ensino, com destaque à criatividade do indivíduo, aberto, então, à totalidade da sua própria experiência, capacitando-se ao processo de mudanças que, ciente, serão contínuas.(Marcus Moreira Machado)
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