Certeza há de que o futuro da civilização em muito depende do encontro de soluções para os problemas psicológicos atualmente manifestos. É verdade inquestionável afirmar que o homem fez grandes progressos em se tratando de questões materiais da sua existência. Mas não é menos real o reconhecimento de que o ser humano poderá ver-se derrotado, ou até aniquilado, como consequência de sua demonstrada incapacidade em resolver esses dilemas psicológicos com que vem se defrontando -desde os atritos interpessoais, interraciais e internacionais; passando pela delinquência, pelos distúrbios classificados como doenças mentais; até a crescente perda do senso de propósito e a inaptidão para aprender, em nível que possa a todos manter à altura do conhecimento geral em expansão.
Destarte, a lógica de nossa cultura exige que as ciências do comportamento desempenhem, cada vez mais, função relevante ao futuro previsível da sociedade em confronto com essas contradições. Trata-se de um desafio à seleção e treinamento de indivíduos voltados a uma eficiência criativa na procura e descoberta do novo e significativo conhecimento, já agora imprescindível.
Todavia, sem dúvida, o acesso à pesquisa cumulativa de informações sobre aprendizagem e criatividade deve ter como pressuposto a autonomia nessa expansão do conhecimento. E para isso, faz-se indispensável que, analogamente às chamadas ciências do comportamento, se considere a Educação como meio interveniente nos problemas que afligem a comunidade, conduzindo então a sociedade à superação dos conflitos gerados exatamente pelo menosprezo à sua inata capacidade.(Marcus Moreira Machado)
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