No mundo pós-moderno, o neoliberalismo gerou a globalização da tecnologia e da educação. Assim, tudo deve ser padronizado, globalizado. Por que não globalizarmos a conduta dos professores diante da avaliação, por exemplo? Por que se fala tanto em mudança, transformação pedagógica, quando o que se vê é a repetição de antigos modelos de aula e avaliação?
É simples. Nossos professores temem a mudança, pois receiam não estar preparados para tal. Os mestres habituaram-se a repetir os manuais aprendidos por eles, repassando-os sem o menor pudor a seus alunos. Não estarão, obviamente, formando sujeitos pensantes, autônomos como prioriza a nova pedagogia.
Os professores desconhecem o que é aprender. Reside aí, talvez, a contradição mais comprometedora: os professores são o que os alunos jamais deveriam ser; desconhecem o esforço reconstrutivo pressuposto da aprendizagem, com base em pesquisa e elaboração própria, individual e/ou coletiva, prendendo-se em amenidades e futilidades já fazem pertencentes ao universo do folclore pedagógico.
Pouco vale criticar sem propor; quando se exige proposta e percebe-se não tê-la, experimenta-se o desespero de quem se sente desprotegido. A pedagogia se acostumou a falar alto, sobretudo a prometer a transformação histórica, mas, quando colocada contra a parede, só expressa crítica desconexa, exacerbação mental, brados e clamores desorganizados; todos defendem o projeto pedagógico, mas poucos, muito poucos, o tem elaborado, resultando continuamente em discussões alongadas e inúteis, tendo como passo final e certeiro jamais chegar a beneficiar o aluno, até porque não se alcança lugar nenhum. Raros são os educadores com vivência do que falam, a transformarem teoria em prática e, depois, sua prática em teoria.
Resta claro, a preocupação central da Educação é o mero ensino ministrado por professor que só sabe ensinar.
Não por sua culpa, porque culpa não é critério explicativo, mas por deficiência de formação, ao lado do desprestígio flagrante da própria profissão. Assim, o educador não pode fazer o aluno aprender se ele mesmo não sabe aprender. A convicção da necessidade de mudança é menos forte do que o medo de mudar.
Certamente, a Pedagogia transformadora incomoda a quem está na estabilidade medíocre de um sistema educativo defasado, mas eficaz. Interessa ao mercado que as pessoas tenham poder de consumo de tecnologia, não de conhecimento, não de autonomia.
É importante ressaltar, o medo da mudança, superado, dá lugar ao medo do êxito, do sucesso e, consequentemente, ao medo de romper de vez com a pedagogia tradicional.
Esses mitos da educação obrigam a avaliar a condição dos profissionais do ensino diretamente ligados ao processo de ensino-aprendizagem de milhares de pretensos cidadãos, despossuídos, em determinado momento, da consciência de estar sendo feito o melhor ou o pior, por eles e para eles, na escola.
Na concepção Construtivista, a aferição ocorre subjetivamente através da auto-avaliação, vista de 'forma qualitativa', preocupando-se tanto com o método a ponto de desconhecer ou desqualificar os resultados. Em contrapartida, na concepção Positivista, a avaliação ocorre objetivamente através do julgamento final dos alunos, caracterizada pela 'forma quantitativa', apresentando função classificatória, baseada em padrões (científicos ou culturais); preocupando-se tanto com o ‘fim’, desqualificam o ‘meio’.
É equívoco pretender confronto dicotômico entre qualidade e quantidade, pela simples razão de que ambas as dimensões fazem parte da realidade da vida. Não são coisas estanques, mas facetas do mesmo todo. Por mais que se possa admitir qualidade como algo ‘mais’ e mesmo ‘melhor’, quando justaposta à quantidade, no fundo, uma jamais substitui a outra, embora seja sempre possível preferir uma à outra.
É certo que o modelo de avaliação utilizado pela maioria das escolas continua por valorizar a função classificatória, desconhecendo a incumbência prognóstica e diagnóstica, tendentes a demonstrar tanto a situação do aluno como a do professor. Entretanto uma mensuração, para considerar os aspectos qualitativos e quantitativos, deve fazer uso dos três encargos a si atribuídos: função prognóstica, atividade diagnóstica e ocupação classificatória.
Por todas estas evidentes razões, torna-se imprescindível desconstruir o já existente para reconstruí-lo mais forte e coerente com uma pretendida estrutura educativa de qualidade, valorizando aluno e professor, mas no contexto da reformulação de todo o processo ‘ensino-aprendizagem’ no Brasil. Afinal, o sistema não teme pobre que tem fome; teme pobre que sabe pensar.
(Caos Markus)
É simples. Nossos professores temem a mudança, pois receiam não estar preparados para tal. Os mestres habituaram-se a repetir os manuais aprendidos por eles, repassando-os sem o menor pudor a seus alunos. Não estarão, obviamente, formando sujeitos pensantes, autônomos como prioriza a nova pedagogia.
Os professores desconhecem o que é aprender. Reside aí, talvez, a contradição mais comprometedora: os professores são o que os alunos jamais deveriam ser; desconhecem o esforço reconstrutivo pressuposto da aprendizagem, com base em pesquisa e elaboração própria, individual e/ou coletiva, prendendo-se em amenidades e futilidades já fazem pertencentes ao universo do folclore pedagógico.
Pouco vale criticar sem propor; quando se exige proposta e percebe-se não tê-la, experimenta-se o desespero de quem se sente desprotegido. A pedagogia se acostumou a falar alto, sobretudo a prometer a transformação histórica, mas, quando colocada contra a parede, só expressa crítica desconexa, exacerbação mental, brados e clamores desorganizados; todos defendem o projeto pedagógico, mas poucos, muito poucos, o tem elaborado, resultando continuamente em discussões alongadas e inúteis, tendo como passo final e certeiro jamais chegar a beneficiar o aluno, até porque não se alcança lugar nenhum. Raros são os educadores com vivência do que falam, a transformarem teoria em prática e, depois, sua prática em teoria.
Resta claro, a preocupação central da Educação é o mero ensino ministrado por professor que só sabe ensinar.
Não por sua culpa, porque culpa não é critério explicativo, mas por deficiência de formação, ao lado do desprestígio flagrante da própria profissão. Assim, o educador não pode fazer o aluno aprender se ele mesmo não sabe aprender. A convicção da necessidade de mudança é menos forte do que o medo de mudar.
Certamente, a Pedagogia transformadora incomoda a quem está na estabilidade medíocre de um sistema educativo defasado, mas eficaz. Interessa ao mercado que as pessoas tenham poder de consumo de tecnologia, não de conhecimento, não de autonomia.
É importante ressaltar, o medo da mudança, superado, dá lugar ao medo do êxito, do sucesso e, consequentemente, ao medo de romper de vez com a pedagogia tradicional.
Esses mitos da educação obrigam a avaliar a condição dos profissionais do ensino diretamente ligados ao processo de ensino-aprendizagem de milhares de pretensos cidadãos, despossuídos, em determinado momento, da consciência de estar sendo feito o melhor ou o pior, por eles e para eles, na escola.
Na concepção Construtivista, a aferição ocorre subjetivamente através da auto-avaliação, vista de 'forma qualitativa', preocupando-se tanto com o método a ponto de desconhecer ou desqualificar os resultados. Em contrapartida, na concepção Positivista, a avaliação ocorre objetivamente através do julgamento final dos alunos, caracterizada pela 'forma quantitativa', apresentando função classificatória, baseada em padrões (científicos ou culturais); preocupando-se tanto com o ‘fim’, desqualificam o ‘meio’.
É equívoco pretender confronto dicotômico entre qualidade e quantidade, pela simples razão de que ambas as dimensões fazem parte da realidade da vida. Não são coisas estanques, mas facetas do mesmo todo. Por mais que se possa admitir qualidade como algo ‘mais’ e mesmo ‘melhor’, quando justaposta à quantidade, no fundo, uma jamais substitui a outra, embora seja sempre possível preferir uma à outra.
É certo que o modelo de avaliação utilizado pela maioria das escolas continua por valorizar a função classificatória, desconhecendo a incumbência prognóstica e diagnóstica, tendentes a demonstrar tanto a situação do aluno como a do professor. Entretanto uma mensuração, para considerar os aspectos qualitativos e quantitativos, deve fazer uso dos três encargos a si atribuídos: função prognóstica, atividade diagnóstica e ocupação classificatória.
Por todas estas evidentes razões, torna-se imprescindível desconstruir o já existente para reconstruí-lo mais forte e coerente com uma pretendida estrutura educativa de qualidade, valorizando aluno e professor, mas no contexto da reformulação de todo o processo ‘ensino-aprendizagem’ no Brasil. Afinal, o sistema não teme pobre que tem fome; teme pobre que sabe pensar.
(Caos Markus)
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