Esparsos, porém não escassos, há muitos textos de pesquisa que confundem os atos de ensinar e aprender com o de avaliar. Ensinar é propor ao ‘aprendente’ desafios novos, estimulando-o ao conhecimento, isto é, à aquisição de ainda desconhecidas compreensões da realidade, assim como de condutas até então não assimiladas (modos de agir, de fazer, hábitos).
O ato de avaliar incide sobre a qualidade do fruto da aprendizagem, estimulada, por sua vez, pelo ensinamento. Mesmo levando-se em conta a ideia de processo, importa inferir que há no aprendizado uma sequência constante cujos procedimentos apresentam certa unidade, se desenvolvendo de modo regular, constituído por sucessivas conexões entre certos estímulos e determinadas respostas, cujo resultado acrescenta a adaptação do aprendiz ao seu ambiente.
Diversas são as leituras tratando da aprendizagem colaborativa, sem dúvida uma excelente forma de socializar o processo de aprender enquanto também se aprende. Nela se fazem presentes a apresentação de conteúdos, seja por um professor, seja pelos próprios colaboradores desse sistema, com abertura do diálogo na permuta de interpretações e transmissão de práticas.
Contudo, vários textos confundem o ato de aprender com o de avaliar, pois, a mera ocorrência do ato colaborativo traz consigo a confirmação da aprendizagem. Ela somente será autenticamente reconhecida com a confirmação da posse do conteúdo (informação somada a habilidades) por parte do educando.
Esse discernimento não reduz a eficácia do método em questão nem desvia o olhar sobre o confirmado valor desta pedagogia. Apenas sinaliza a eventualidade de haver um processo colaborativo desprovido da existência concreta do ensino correspondente. A sua manifestação efetiva se expressa no desempenho do aluno, tornando evidente que aprendeu. Noutras palavras, o ato colaborativo é ‘processo’, o aprendido é ‘produto’. Pode ser até mesmo parcial, mas sempre será ‘produto’.
A distinção entre os atos de ensinar, aprender e avaliar permite aos educadores evitar a falsa concepção acreditar que um educando aprendeu o que necessitava aprender, exclusivamente devido por ter participado de ‘atos colaborativos de aprender’. Mesmo com a excelência desses atos colaborativos, o avaliador necessita testar o seu resultado, ciente da qualidade do novo modo de agir do aluno.
Hoje, com o ensino à distância, cada vez mais colaborativo, por vezes, na literatura, vê-se o descuido com estes princípios, como se eles já revelassem a aprendizagem satisfatória. Afinal, a implantação do método, por si só, não garante aprendizagem com a qualidade desejada.
Por outro lado, vale observar, os resultados de atividades colaborativas não necessariamente se traduzem em competências individuais. Revelam, sim, competências coletivas de um determinado grupo.
Se o objetivo for identificar se cada estudante (participante do grupo), individualmente, aprendeu o necessário, os desempenhos coletivos não são suficientes como indicadores. Porque importa diagnosticar a sua atuação, e não investigar o cumprimento das ações do conjunto de membros condicionados à coesão pelos objetivos comuns.
Se o foco for, todavia, o coletivo, bastará avaliar a somatória dos resultados em determinada tarefa, num trabalho produtivo com expressão material ou numa atividade cognitiva (fazer uma operação mental, planejar, por exemplo).
Enfim, importa não confundir ‘processo’ com ‘produto’ e, no caso, quando utilizada a expressão ‘processo de aprendizagem’, ter a clareza de se relacionar à sucessão de raciocínios ou operações que oferecem a solução de certos problemas; sempre ciente, pois, da distinção entre os três atos -ensinar, aprender, avaliar-, não menosprezando a sua vinculação por co-reciprocidade, a ponto de avaliação e educação assumirem ambígua posição.
(Caos Markus)
O ato de avaliar incide sobre a qualidade do fruto da aprendizagem, estimulada, por sua vez, pelo ensinamento. Mesmo levando-se em conta a ideia de processo, importa inferir que há no aprendizado uma sequência constante cujos procedimentos apresentam certa unidade, se desenvolvendo de modo regular, constituído por sucessivas conexões entre certos estímulos e determinadas respostas, cujo resultado acrescenta a adaptação do aprendiz ao seu ambiente.
Diversas são as leituras tratando da aprendizagem colaborativa, sem dúvida uma excelente forma de socializar o processo de aprender enquanto também se aprende. Nela se fazem presentes a apresentação de conteúdos, seja por um professor, seja pelos próprios colaboradores desse sistema, com abertura do diálogo na permuta de interpretações e transmissão de práticas.
Contudo, vários textos confundem o ato de aprender com o de avaliar, pois, a mera ocorrência do ato colaborativo traz consigo a confirmação da aprendizagem. Ela somente será autenticamente reconhecida com a confirmação da posse do conteúdo (informação somada a habilidades) por parte do educando.
Esse discernimento não reduz a eficácia do método em questão nem desvia o olhar sobre o confirmado valor desta pedagogia. Apenas sinaliza a eventualidade de haver um processo colaborativo desprovido da existência concreta do ensino correspondente. A sua manifestação efetiva se expressa no desempenho do aluno, tornando evidente que aprendeu. Noutras palavras, o ato colaborativo é ‘processo’, o aprendido é ‘produto’. Pode ser até mesmo parcial, mas sempre será ‘produto’.
A distinção entre os atos de ensinar, aprender e avaliar permite aos educadores evitar a falsa concepção acreditar que um educando aprendeu o que necessitava aprender, exclusivamente devido por ter participado de ‘atos colaborativos de aprender’. Mesmo com a excelência desses atos colaborativos, o avaliador necessita testar o seu resultado, ciente da qualidade do novo modo de agir do aluno.
Hoje, com o ensino à distância, cada vez mais colaborativo, por vezes, na literatura, vê-se o descuido com estes princípios, como se eles já revelassem a aprendizagem satisfatória. Afinal, a implantação do método, por si só, não garante aprendizagem com a qualidade desejada.
Por outro lado, vale observar, os resultados de atividades colaborativas não necessariamente se traduzem em competências individuais. Revelam, sim, competências coletivas de um determinado grupo.
Se o objetivo for identificar se cada estudante (participante do grupo), individualmente, aprendeu o necessário, os desempenhos coletivos não são suficientes como indicadores. Porque importa diagnosticar a sua atuação, e não investigar o cumprimento das ações do conjunto de membros condicionados à coesão pelos objetivos comuns.
Se o foco for, todavia, o coletivo, bastará avaliar a somatória dos resultados em determinada tarefa, num trabalho produtivo com expressão material ou numa atividade cognitiva (fazer uma operação mental, planejar, por exemplo).
Enfim, importa não confundir ‘processo’ com ‘produto’ e, no caso, quando utilizada a expressão ‘processo de aprendizagem’, ter a clareza de se relacionar à sucessão de raciocínios ou operações que oferecem a solução de certos problemas; sempre ciente, pois, da distinção entre os três atos -ensinar, aprender, avaliar-, não menosprezando a sua vinculação por co-reciprocidade, a ponto de avaliação e educação assumirem ambígua posição.
(Caos Markus)
Nenhum comentário:
Postar um comentário