O mundo está evoluindo rapidamente, e a educação é uma das prioridades políticas de primeiro plano. O capital humano de alta qualidade só pode se desenvolver em sistemas educativos de elevada qualidade. A generalidade da comunidade internacional acredita que uma abordagem sócio-político-econômica sem focalizar o ensino superior pode deixar as sociedades perigosamente despreparadas para sobreviverem num futuro próximo.
Hoje, mais do que nunca na história humana, a riqueza ou a pobreza das nações depende da qualidade do ensino superior.
Atualmente, a riqueza global está menos concentrada em fábricas, na terra e nas máquinas, mas sim no capital financeiro. O conhecimento qualificado e uma maior capacidade de aprendizagem são determinantes cada vez mais importantes para a economia internacionalizada.
Cada país pretende ter seus cidadãos bem informados, com uma força de trabalho competitiva, pois estes são uma garantia do seu desenvolvimento. As universidades são, por essas razões, sempre mais vistas como recursos críticos na educação e formação desses cidadãos e trabalhadores.
Em muitos países, as crescentes preocupações com o nível educacional e sua melhoria nas instituições de ensino superior, além da reconhecida necessidade de demonstrar perante terceiros sua responsabilidade e comprometimento enquanto gestoras eficazes e eficientes dos seus recursos (desempenhando corretamente as suas funções e contribuindo de forma efetiva com o desenvolvimento da sociedade onde estão inseridas), conduzem a frequentes discussões acerca da possibilidade de aplicação dos referenciais de início concebidos exclusivamente ao setor empresarial, como os modelos baseados nos princípios e conceitos da Gestão da Qualidade Total.
Nas últimas décadas, no Brasil, o número de estudantes nas universidades cresceu substancialmente. A esse aumento nem sempre correspondeu uma maior diversidade nas suas preparações anteriores (os pré-requisitos), verificando-se ainda o decréscimo do financiamento disponível, situação que levantou questões acerca da qualidade do ensino, pesquisas e serviços; e sobre o modo como esta pode ser aprimorada ou, mesmo, mantida.
Uma instituição realmente empenhada na implementação da Gestão da Qualidade Total aceita a necessidade permanente da melhoria contínua.
Apesar de se dirigirem aos negócios e às empresas, seus princípios, através de uma correta aplicação, podem ser instituídos no processo de reformulação universitária, pois permitem realizar ações necessárias ao alcance dos padrões de excelência já agora indispensáveis.
Criar, assim, analogamente, 'constância de propósito' será conseguir a lapidação do produto e do serviço, com o objetivo de se tomar competitivo, manter-se no negócio, e criar empregos. Em relação ao ensino superior, a 'constância de propósito' será alcançada através da definição da 'missão da instituição', considerando confirmar-se, a maioria, com objetivos mal definidos; outras, com concepções confusas; ou, mesmo, totalmente defasadas da realidade, facilmente compreendidas mas desprovidas de sentido; além das distantes de qualquer conceito que as justifique.
(Caos Markus)
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